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Minha coluna no 2 de domingo foi sobre o ponto em comum entre o boato do iTunes no Brasil e o lançamento oficial do Google Music.
O futuro em streaming
Você ouvirá música pela internet
Mais uma vez, o rumor volta à tona, desta vez com uma data ainda mais específica: o iTunes, a loja online da Apple, estaria finalmente chegando ao Brasil em dezembro deste ano. A informação foi dada no site da revista Época, mas sem confirmação nenhuma e com a própria Apple desmentindo em seguida. Não é a primeira vez que esse boato ecoa no País – só neste ano, a informação já circulou pelo menos em duas outras oportunidades, com a única “garantia” de que a loja estrearia no Brasil ainda em 2011. O novo rumor é mais preciso ao datar a chegada do iTunes para o último mês do ano. Mas ainda é um rumor.
(Como também ainda tem status de boato a informação de que a Amazon, maior loja online do mundo, também desembarcaria no Brasil entre 2011 e 2012, mas isso é outra história.)
A semana passada também viu outro rumor sair da área de especulações com o lançamento oficial do Google Music, serviço que o gigante da internet promete há muito tempo. Em 2005, quando os primeiros rumores sobre o Google Music começaram, ele seria apenas um mecanismo de buscas específico para canções e discos. Mas, desde então, o mundo mudou, assim como o Google e a natureza do serviço. Deixou de ser um sistema de buscas para virar uma ferramenta que faz a ponte entre as duas maiores apostas do site: o Android, seu já estabelecido sistema operacional para smartphones, e o Google Plus, sua novíssima rede social. Com acordos fechados com três das quatro maiores gravadoras do mundo, o serviço apresenta uma novidade que ainda é inédita na maioria desses tipos de serviço: é possível compartilhar músicas inteiras com seus contatos, tanto via celular quanto pela rede social.
Tanto o anúncio oficial quanto o rumor à brasileira apontam para uma mesma direção: o consumo legal de música digital. Se há mais de dez anos era virtualmente impossível comprar músicas pela internet, quase 12 anos após o advento do Napster existem várias alternativas para ouvir e comprar música legalmente através da internet.
Isso já tem mudado e muito nossos hábitos e tende a mudá-los mais ainda. Não estamos apenas nos desprendendo da mídia física – o CD ou DVD – mas também da necessidade de estar em um lugar específico para ouvir o que quiser. Na semana passada também vimos o anúncio do novo iTunes Match (que permite que você ouça de qualquer lugar músicas que comprou via iTunes, não apenas no computador em que foi realizada a compra), extensão do iCloud, o último serviço da Apple apresentado pessoalmente por Steve Jobs. O próprio Facebook fechou uma parceria com o Spotify e, num estalo, também entrou nesse mercado de música. Por isso, se você ainda não escuta música digital, se prepare: o futuro será transmitido via streaming.