Eis a primeira faixa do novo disco do Goblin Rebirth, uma das três bandas que sobrevive da fama de um dos grupos mais importantes do rock progressivo italiano, o Goblin, que alcançou fama mundial ao musicar os primeiros experimentos do mestre Dario Argento com o cinema de horror. A longa “Book of Skulls” começa com uma groove funk com um pé no Black Sabbath que, com solos de teclados que aos poucos vão acelerando o ritmo rumo uma perseguição anos 80 com guitarras que passeiam do drama David Gilmour no final do Pink Floyd aos delírios progressivos que Steve Harris proporcionava às guitarras do Iron Maiden. Uma longa faixa instrumental que intercala momentos empolgantes e outros bregaços – às vezes ao mesmo tempo – que mostram que a banda vai além de um mero cover de si mesma.
Fãs de filme de terror e de rock progressivo são entidades quase paralelas que se encontram em raros momentos – um deles está na existência da banda italiana Goblin, que já tinha uma carreira estabelecida em seu país quando começou a aceitar serviços de um certo diretor que a fizeram atingir um novo público, além de influenciar diretamente na evolução de seu som. O Goblin era a banda favorita do mestre Dario Argento, que a convidou para fazer a trilha sonora de vários de seus clássicos (como Suspiria, Profondo Rosso e Tenebre) e mostrou um caminho sonoro que a banda ainda não havia cogitado, ao propor-lhes que instigasse o medo e a paranoia através de suas músicas.
O grupo sobrevive até hoje como cover de si mesmo como três bandas com diferentes formações: o New Goblin contava com o tecladista Claudio Simonetti e o guitarrista Massimo Morante, mas brigas internas fizeram o tecladista montar seu próprio Simonetti’s Goblin, enquanto a cozinha do Goblin original (o baxista Fabio Pignatelli e o baterista Agostino Marangolo) seguiam como Goblin Rebirth. Este grupo agora anunciou seu primeiro disco de composições próprias, batizado com seu próprio nome e com lançamento previsto para o fim de junho. Abaixo, uma amostra do que vem por aí.