O primeiro trailer da versão filmada do clássico japonês – que agora chama-se Vigilante do Amanhã – é bem fiel ao original, pelo menos visualmente – escrevi sobre isso no meu blog no UOL.
E não é que a versão filmada para o clássico oriental Ghost in the Shell parece convincente? Se há críticas sobre o fato de sua protagonista ser vivida por uma atriz ocidental, o primeiro trailer da adaptação mostra que o diretor Rupert Sanders parece ter acertado a mão ao adaptar o visual do mangá e do anime para o cinema. E a presença de Scarlett Johansson na tela (ainda identificada apenas como Major, sem o nome oriental Motoko Kusanagi da versão origina) prova que o filme pode transpor a polêmica e levar uma complexa história de ação sobre robótica, cibernética e inteligência artificial para as massas. O título em português também foi atualizado – da adaptação do anime para o português como O Fantasma do Futuro, o novo filme, que estreia em março do ano que vem, chama-se Vigilante do Amanhã. O ponto baixo do trailer é o uso brega da excelente “Enjoy the Silence”, do Depeche Mode, gravado em versão pós-apocalíptica à la Jogos Vorazes pelo cantor Ki: Theory. Mas o visual é impressionante:
Além do trailer também foram divulgadas imagens inéditas do filme:
Começam a sair as primeiras imagens da adaptação do clássico mangá para o cinema, com Scarlett Johansson – postei sobre a polêmica lá no meu blog no UOL.
São algumas cenas rápidas, com pouco mais de dez segundos, mas esquentam a polêmica a respeito da adaptação para o cinema do clássico japonês Ghost in the Shell para o cinema. A cena mais crítica não é propriamente uma revelação, mas uma materialização de uma imagem clássica do original, o momento em que a major Motoko Kusanagi despluga cabos de sua nuca, revelando sua natureza artificial.
E agora é realidade: a protagonista de uma das principais franquias de ficção científica do Japão nasce em carne e osso como uma personagem de biotipo caucasiano. Isso acirra as críticas feitas à adaptação, que seria descaracterizada se não se passasse no Japão ou se sua personagem principal não fosse japonesa. Outra polêmica que ocorreu durante a produção do filme é que testes de computação gráfica teriam sido feitos com atores ocidentais para deixá-los com aparência oriental. Ninguém sabia dizer se isso significaria uma orientalização da personagem vivida por Scarlett Johansson que, a bem da verdade, ainda está sendo apresentada apenas como “Major”, sem nome ou sobrenome.
Então ainda não sabemos nem se o filme se passa no Japão.
E a julgar pelo elenco – que inclui nomes como Pilou Asbæk, Michael Pitt, Chin Han, Lasarus Ratuere, Rila Fukushima, Tuwanda Manyimo, Yutaka Izumihara, Juliette Binoche e o grande Takeshi Kitano – é bem provável que o filme mantenha uma natureza internacional, espalhando a trama que antes acontecia no oriente por todo o planeta. Não é a melhor solução, mas é mais tragável do que cogitavam fazer com a adaptação para outro clássico da ficção científica japonesa, Akira, que deixaria de se passar em Tóquio (ou Neo-Tóquio) para ser adaptado para Nova York (ou New New York). E isso com Leonardo di Caprio como o personagem principal. Ainda bem que isso (ainda) não aconteceu.
Pelos outros teasers que foram mostrados dá para ter uma ideia do quão literal – ao menos em termos estilísticos – o diretor Rupert Sanders quer que seja o clima de seu filme.
Ghost in the Shell é uma das principais obras do subgênero de ficção científica chamado cyberpunk, aquele que surgiu nos anos 80 nos Estados Unidos pregando um futuro pré-apocalíptico dominado por máquinas e telas, que tirava todo o otimismo do futuro o substituindo por questões ambientais e crises tecnológicas, além da onipresença da internet. A série originalmente era um mangá e foi adaptada como um anime em 1995.
Em defesa do filme, não custa lembrar o quanto Scarlett Johansson pode convencer num filme desta natureza – principalmente a partir de filmes e personagens tão diferentes quanto a fêmea do genial e estranhissimo Sob a Pele (2013), a espiã Natasha Romanoff nos filmes da Marvel, a assassina modificada geneticamente do filme Lucy (2014) ou a voz da inteligência artificial em Ela (também de 2013). Ghost in the Shell tem estreia programada para o início do ano que vem e, se manter o título do anime em português, também deverá se chamar O Fantasma do Futuro.
Eis mais uma novidade dos 20 anos deste site: o Noitão Trabalho Sujo! Sim, fechei uma parceria com o pessoal do Cine Belas Artes e no dia 11 de dezembro, uma sexta-feira, realizo a primeira incursão Trabalho Sujo relacionada a salas de cinema. São três salas com a minha curadoria começando um pouco antes da meia-noite até o dia raiar -e com direito a café da manhã e outras novidades, que anuncio até lá. Numa delas, a Sala Cândido Portinari, exibimos toda a trilogia De Volta para o Futuro, de Robert Zemeckis, que completa trinta anos em 2015 e a Darkside Books, para quem traduzi o livro De Volta para o Futuro – Os Bastidores da Trilogia vai oferecer alguns exemplares para serem sorteados entre o público. Na Sala Villa Lobos temos uma sessão dedicada aos Beatles cujo conteúdo é surpresa (hehe) mas vai até as primeiras luzes do dia. E na Sala Carmen Miranda uma sessão tripla de anime scifi, que começa com o clássico Akira, de Katsuhiro Otomo, passa pelo não menos clássico Ghost in the Shell de Mamoru Oshi e conclui com o Metropolis de Osamu Tezuka que Otomo adaptou para o cinema em 2002.
Começou como uma homenagem fotográfica feita pelos norte-americanos Ash Thorp e Tim Tadder, mas logo o Project 2501 se desenvolveu em algo maior: uma iniciativa multinacional de recriar o clássico anime cyberpunk Ghost in the Shell, dirigido por Mamoru Oshii e inspirado no mangá de Masamune Shirow, em um filme. O projeto já conta com colaboradores espalhados pelo planeta que cuidam de diferentes partes desta criação – animação, computação gráfica, cinema, fotografia, tratamento de imagem, efeitos especiais, etc. – e uma amostra pode ser vista no vídeo abaixo:
Com o Photoshop, retire a arma de cenas clássicas da história do cinema e reconstrua a mão do protagonista como se ele tivesse fazendo apenas um jóia com o polegar. Depois mande para esse tumblr, que com um simples gesto digital dessacraliza cenas antológicos revelando um otimismo que destruiria a reputação de todos esses psicopatas que fomos condicionados a chamar de heróis. Olha outras aí embaixo:
Clica na imagem que ela fica maior, mas cuidado que tem spoilers.
É do Tremulant Design, mas quem deu a dica foi o Danilo.