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A grande seca paulistana de 2015

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E você, que mora em Sâo Paulo, já está se preparando para enfrentar a seca de 2015? Ou o plano B é mudar de cidade? Considere uma das opções pois a crise é fato, como dá pra ver por essa entrevista da ambientalista Marussia Whately, do projeto Água São Paulo e do Instituto Socioambiental (ISA). Destaco um trecho:

“O plano de contingência é a principal reivindicação da Aliança pela Água. Em final de outubro do ano passado, fizemos um processo rápido de escuta de mais ou menos 280 especialistas de diferentes áreas. E o plano de contingência apareceu como uma das principais reivindicações desses especialistas.

Naquela ocasião, a idéia predominante era que se adotasse um plano de contingência que permitisse que chegássemos a abril deste ano com um nível de reservação de água nas represas, que desse para aguentar o período da estiagem. Infelizmente, esse plano não foi elaborado e muito menos realizado.

O que aconteceu na prática foi uma negação da crise hídrica por parte do governo do Estado até dezembro de 2014 —uma negação que vai levar para outras instâncias de responsabilização.

O governador terminou o ano dizendo que não teríamos racionamento e que não haveria falta d’água. E começou 2015 dizendo que existe o racionamento e que pode ser que falte água.

Se fosse um novo governador, a gente até poderia aceitar, mas se trata do mesmo cara. Então tem uma questão aí: a forma como a crise foi conduzida nos fez perder muito tempo em termos de ações para chegar a um nível seguro em abril.

Realmente, existe um componente de clima na crise que não dá para negar. Já está confirmado que 2014 foi o ano mais quente da história. O que já seria um quadro de extrema gravidade, entretanto, tem sido agravado porque desde 2011 a Sabesp está super-explorando as represas. Ou seja, tirando delas mais água do que entra.

O governo do Estado deveria ter assumido a liderança em relação à crise da água em São Paulo. No caso do sistema Cantareira, essa liderança deveria ser dividida com o governo federal, por intermédio da Agência Nacional de Águas e do Ministério do Meio Ambiente, a quem compete organizar a Política Nacional de Recursos Hídricos. O problema é que muitos dos nossos instrumentos de gestão vem sendo desmantelados em escala federal, estadual e municipal.

Vale a pena ler tudo antes de entrar em pânico ou desmerecer a crise como “alarmismo”. O texto foi escrito antes do racionamento ser cogitado pelo governo do estado e a foto, da Mídia Ninja, que ilustra o post também ilustra o artigo original.

Políticos comendo pastel

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É tempo de eleições, época do inevitável encontro de todos os candidatos com um dos salgados mais nobres da culinária de rua brasileira, como dá pra ver neste álbum primoroso feito pelo Marlos Apyus.

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Tem outros lá.

Torcendo errado

Pobres crianças… Vi no Esquerdopata.