Atenção noventistas! O Garbage acabou de anunciar mais uma passagem pelo Brasil, desta vez fora de festival (como o que veio no ano passado) em uma pequena turnê em março do ano que vem que passará pelo Rio de Janeiro (no dia 21, no Vivo Rio), São Paulo (no dia 22, no Terra SP) e em Curitiba (dia 23, no Live Curitiba) – todos com abertura do grupo L7, que também passou por aqui em 2023. Os ingressos para os shows começam a ser vendidos na próxima segunda-feira, às 13h, neste link para os cariocas (em que clientes Vivo poderão comprá-los a partir desta sexta), neste link para os paulistas e neste link para os curitibanos. Só vem!
Hoje começa uma nova etapa pra aquele que já foi o melhor festival brasileiro. O Terra surgiu no vácuo deixado pelo Tim Festival e entre as primeiras edições na Vila dos Galpões lá no fim da Marginal Pinheiros e as mais recentes, no Playcenter, conseguiu estabelecer-se como o principal evento de shows pop no Brasil. O posto vem sendo lentamente ameaçado por três fatores: a bolha de novos festivais no Brasil (que junta um revigorado Rock in Rio com a grife do Lollapalooza e o novato SWU, entre outros), a ascensão dos shows de médio porte no Brasil e o próprio fato de, em sua edição mais recente, que trouxe os Strokes (com ingressos esgotados em menos de uma semana), o festival ter meio que batido no teto de possibilidades para um evento que se vangloriava do rótulo indie. À sua frente, uma encruzilhada – ou seguir buscando um recorte menos populista, sem nomes tão fortes e ganhando pela variedade, ou tentar sair do nicho e tentar trazer artistas ainda mais pop.
A escalação desse ano aposta nas duas opções, mas já queima a largada, de saída, ao perder uma de suas atrações mais fortes em termos de público, com a saída do Kasabian do evento. Ruim para os fãs da banda (não estou entre eles), melhor para aqueles milhares de trintões que esperam o festival para poder assistir sua banda favorita dos anos 90. Fora a primeira edição, todas as outras trouxeram medalhões da última década do século passado: Breeders e Jesus & Mary Chain em 2008, Sonic Youth e Primal Scream em 2009, Pavement e Smashing Pumpkins em 2010 e Strokes e a banda de um dos Gallaghers (ainda existe?) no ano passado. Este ano, Suede e Garbage surgem para seguir a tradição e a saida Kasabian acabou dando mais tempo para as bandas do palco principal. O Suede foi o mais beneficiado, pois deixou de tocar às 17h para começar às 18h30. A banda de Brett Anderson não é propriamente uma atração para se ver com o por do sol.
E assim ficaram os horários dos shows deste sábado:
Palco Indie
13h – Far from Alaska às 13h,
13h50 – Madrid
15h – Banda Uó
16h15 – Little Boots
17h45 – The Maccabees
19h15 – Azealia Banks
20h45 – The Drums
22h15 – Gossip
Palco principal
15h15 – Mallu Magalhães
16h45 – Best Coast
18h30 – Suede
20h15 – Garbage
22h – Kings of Leon
Meu plano é chegar pra ver a Little Boots, depois ver o Best Coast e emendar com o Suede; se rolar, dar um pulo na Azealia Banks, ver um pouco do Garbage, outro tanto do Gossip e cair fora antes do fim do evento, que deve acontecer pela meia-noite, pra evitar a muvuca. Os palcos ficam assim:
E não custa lembrar que o Jóquei é do lado da Estação Butantã do metrô, o que facilita pacas a vida.
E quais são seus planos pro festival hoje?
O Mac que cravou o lineup final lá no Scream & Yell. Saca só:
Kings Of Leon
Garbage
Kasabian
Gossip
Suede
The Drums
Azealia Banks
The Maccabees
Best Coast
Little Boots
Mallu Magalhães
Madrid
Banda Uó.
Vão ter bons shows, mas no geral a escalação tá fraca, nota 6. Vamos ver como é que isso se comporta no Anhembi Jóquei.
Se esse Planeta Terra que o Lucio cogitou for verdade, será a edição mais caída do festival. Nem o M83 vale a ida. Enquanto isso, o Rock’n’Beats faz um bolão pra ver quem acerta a escalação deste ano.
Poizé, eles voltaram.
Mas esse reggaeinho é fraco (o refrão parece Spice Girls). Vamos esperar o resto do disco.
E por falar na revista Q, vocês viram o tributo que ela fez ao Achtung Baby? Felizmente o disco de 91 vem sendo cada vez mais celebrado como sendo o grande disco do U2, deixando clássicos anteriores como Joshua Tree ou Unforgettable Fire na poeira messiânica do passado. No disco-tributo, que acompanha a edição de dezembro, a revista reuniu nomes como Patti Smith, Jack White, Killers, Depeche Mode, Garbage e Nine Inch Nails, entre outros, para celebrar o primeiro disco europeu do grupo irlandês. O resultado, infelizmente, paira entre a pasmaceira e o horror. Os vídeos (e meus comentários) para cada uma das músicas do tributo seguem abaixo, como eu vi no Scream & Yell.
Lembram deles? Mesmo que seu último disco tenha saído em 2005, parece que eles desapareceram do planeta antes do bug do milênio. E, ao abrir um post em sua página do Facebook para comemorar o Grammy recebido pelo amigo, mentor do Garbage e envernizador do Nevermind, o produtor Butch Vig, Shirley Manson mandou esta:
Anyway…….
on a final note
Guess who I just spent a week in the studio with?
Would you be pleased if I said one of them was called Steve and one of them was called Duke and another was a grammy winning producer?
E como eu já autorizei a volta dos anos 90, eles podiam voltar a ser legais, hein…