Game

Ninguém segura a pequena skatista brasileira, que agora foi anunciada como parte da novo videogame da franquia do mestre Tony Hawk. A nova versão, chamada de Tony Hawk’s Pro Skater 3+4, foi anunciada na terça passada. Com duas medalhas olímpicas, duas medalhas de ouro nos X Games, duas medalhas de ouro no World Skate, outro ouro nos Jogos Pan-Americanos em 2023 e tricampeã do maior campeonato do mundo, o Street League, Rayssa Leal não precisa provar mais nada para ninguém e já é, mesmo aos 17 anos, um dos maiores nomes desse esporte. Aparecer no game mais conhecido do mundo nesta área (e na mesma semana em que Ainda Estou Aqui ganha o Oscar de melhor filme estrangeiro) é só mais um trunfo da jovem atleta, que ainda colocou o Brasil como um dos cenários do jogo. Nada mal.

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Triste a notícia da morte prematura de um dos maiores nomes da história da cultura pop japonesa. Akira Toriyama apareceu nos anos 80 com o mangá Dr. Slump, mas conseguiu fama com sua criação mais famosa, ainda nos anos 80, a saga Dragon Ball, protagonizada pelo heroico Goku, que deu origem a outras sagas, sendo a segunda a mais famosa delas, Dragon Ball Z. A princípio publicada apenas como mangá, tornou-se um anime de sucesso e mudou a paisagem desta cultura em seu país de origem. Mas a influência de Toriyama foi além – sua arte ilustra o primeiro videogame de RPG do Japão, Dragon Quest, e, ao lado do criador de Dragon Quest, Yuji Horii, e do criador de Final Fantasy, Hironobu Sakaguchi, fez o jogo Chrono Trigger, até hoje considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Sua morte aconteceu no dia primeiro deste mês, mas só nessa sexta-feira foi tornada pública, através da conta oficial do Dragon Ball no Twitter.

Jazz como um jogo

O jovem maestro Bruno Bruni pode mais uma vez concretizar uma de suas obsessões no palco, quando apresenta as trilhas sonoras de games clássicos da Nintendo, Super Mario 64 e Mario Kart 64, enviesando-as para o jazz em formato big band. Para isso, chamou Vicente Pizzutiello (bateria), Nino Nascimento (baixo), Thomaz Souza (sax soprano), Anderson Quevedo (sax alto) e Tiago Souza (sax tenor), Pedro Luce (percussão e MPC) e das vocalistas Marina Marchi e Flavia K. para reger, com ele mesmo tocando teclados, seus arranjos para as clássicas composições de Koji Kondo e Kenta Nagata, compositores importantes para sua formação, no último domingo das férias escolares no Sesc Vila Mariana, quando o grupo apresentou-se para grupos de famílias na praça central da unidade. Foi muito astral.

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Super Bruni Bros

Em seu espetáculo N64, que aconteceu nesta terça-feira Bruno Bruni conduziu o público do Centro da Terra para uma viagem à fase 64 bits do personagem de games Super Mario, a partir das trilhas dos jogos Super Mario 64 e Mario Kart. Acompanhado de uma bandaça com vocais de Marina Marchi e Flavia K, saxes com Cassio Ferreira, Thomas Souza e Anderson Quevedo, Felipe Pizzu no baixo, Vincente Pizzu na bateria e Pedro Luce nas percussões e MPC, o jovem maestro regeu as paisagens sonoras dos games com um pé no jazz e outro na música brasileira instrumental, temperando com algumas canções do seu próprio repertório – e sem nunca deixar o astral cair. Uma noite surreal!

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Bruno Bruni: N64

Nesta terça-feira, o palco do Centro da Terra recebe um desafio autoimposto pelo músico Bruno Bruni: tocar ao vivo a trilha sonora do jogo Super Mario 64 com uma banda de nove músicos. Mas N64 não é uma mera transposição do game para o palco e mistura as influências de jazz e música brasileira do músico e arranjador costurando-as com suas canções próprias. O espetáculo acontece pontualmente a partir das 20h e os ingressos – que já estão quase esgotando – podem ser adquiridos aqui.

Começou mais uma Bienal do Livro em São Paulo e me convidaram para participar de quatro atividades a partir desta segunda-feira. As duas primeiras acontecem já na segunda: a primeira delas às quatro da tarde, quando faço a mediação de um bate-papo sobre game e cultura com o Rafael Evangelista, que escreveu o prefácio do livro que traduzi para ano passado The Playstation Dreamworld, e o compadre Pablo Miyazawa, e depois, às sete da noite, converso com Aline Zouvi, Hugo Canuto e Rafael Calça na mesa Fazer HQ no Brasil hoje. Na quarta-feira, dia 6, faço a mediação de um bate papo com Danilo Cymrot, autor do livro O Funk na Batida: Baile, Rua e Parlamento, e ninguém menos que MC Bin Laden, na mesa que leva o nome do livro. E, finalmente, na quinta-feira, às 19h, converso com os grandes Kalaf Epalanga e Allan da Rosa na mesa Poesia, Música e Letras. A semana promete!

Palco digital

Emicida chega ao Fortnite nesta sexta-feira em mais um passo que o rapper ao desbravar novas fronteiras. Aproveitei o acontecimento para conversar com Benoni Hubmaier, da YB, Thiago Adamo, da Game Audio Academy, e Samuel Ferrari, do estúdio Mdois sobre a relação entre música e games para o jornal Valor Econômico. Além da reportagem (que pode ser lida aqui), ainda fiz uma entrevista só com o rapper, que atravessa um 2022 intenso, que além da volta dos shows e de sua aparição como ator no filme Medida Provisória, ainda lançará documentário e livro, sobre sua relação com os jogos.

Finalmente saiu mais uma tradução minha: no livro Política, desejos e videogame: The Playstation Dreamworld, que está sendo lançado pela Edições Sesc SP, o pesquisador inglês Alfie Bown desenvolve uma leitura psicoanalítica dos videogames partindo do pressuposto que os jogos eletrônicos se assemelham mais a sonhos do que a livros e filmes – e como isso mexe em nosso subconsciente. Mais informações sobre o livro no site da editora.

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Um ótimo vídeo-ensaio feito pelo site brasileiro Overloadr mostra como a série de David Lynch influenciou forte as narrativas dos jogos eletrônicos.

Sonic, o filme

sonic

O personagem-símbolo da Sega vai ganhar o próprio filme, produzido pelo Tim Miller, de Deadpool – falei das conexões do novo filme com outras animações lá no meu blog no UOL.