Se acabar assim vai ser barra…
“Cala Boca Galvão”
E se a campanha o calasse?
“Eu com certeza estou nessa campanha”, riu amarelo Galvão Bueno, ao ser entrevistado na Globo, semana passada, para comentar a maior piada interna da história do Brasil. A já clássica frase “Cala Boca Galvão” começou a ser twittada por brasileiros logo que as transmissões dos jogos da Copa do Mundo tiveram início e, como acontece no Twitter, quando um termo é muito repetido por vários usuários da rede, ele foi parar na lista dos “trending topics” – os assuntos mais quentes da hora.
Só que não foi só por uma hora. Nem por um dia. Nem só nos “trending topics” de assuntos brasileiros. Por vários dias consecutivos, a frase – em letras maiúsculas e sem acento – ficou em destaque na lista dos assuntos mais importantes da rede social. Tudo por causa de uma piada, que o jornal The New York Times chamou de “uma das pegadinhas mais bem-sucedidas da história da internet”.
Pois logo que o termo apareceu na rede, quem não sabia português ficou perdido querendo saber que novidade era aquela. Foi quando o humor dos brasileiros se mostrou sagaz e infame, como de praxe. Começaram a explicar que “Galvão” era um pássaro em extinção (pois tradutores online transformavam “Galvão” em “gavião”), que poderia ser salvo via Twitter. Cada vez que a frase era escrita, teoricamente 10 centavos de dólar eram depositados na conta de um certo Instituto Galvão. A campanha, de mentira, logo ganhou cartaz e comercial – tudo em inglês para enganar não brasileiros.
A brincadeira cresceu tanto que logo povoou a mídia – e jornais como o Times americano e o espanhol El País explicaram a piada para seus leitores. E uma faixa com a frase foi estendida na torcida do primeiro jogo do Brasil na Copa.
Até que não deu para Galvão fingir que não era com ele – e deu uma entrevista para a Globo, na terça passada, rindo sem graça da campanha de mentira. Disse que apoiava a brincadeira e começou a falar que era conhecido como “papagaio” no círculo da Fórmula 1, falou de Ayrton Senna e enrolou mais um tanto. Mas não calou a boca.
Muitos brasileiros comemoraram a piada como se fosse um grande trunfo nacional. Claro que não é – toda a campanha para salvar os pobres “galvões” é só uma das inúmeras brincadeiras que começaram na web brasileira e atingiram a mídia tradicional e, finalmente, a rua.
Não dá para comemorar só isso. Como brincadeira, “Cala Boca Galvão” é genialmente cara de pau. Como campanha, é só um trote. Só seria bem-sucedida se realmente calasse Galvão. Sigo na torcida.
Mashup de mídias
Como será a TV do Google
Anunciada no meio deste semestre, a Google TV promete finalmente unir televisão e internet numa mesma interface. Nesta semana, o site divulgou um vídeo que mostra como será o funcionamento do sistema (assista em www.youtube.com/user/Google). A principal novidade é a integração da grade de programação a um sistema de busca. Será que o teclado vai substituir o controle remoto?
Essa história do “Cala Boca Galvão” é boa demais pra ser verdade, parece inventada. Tiveram a manha até de criar uma música fake pra Lady Gaga com o nome disso no site do Vagalume, se liga:
Ca Ca Cala Boca
Ca Ca Cala Boca
Ca Ca Cala Boca
Let’s Save the GalvãoI want you say it
I won’t forgive
The birds are dying
and you just can seebut now there’s a hope
and they will take revenge
lets say Cala Boca Galvão!With just three words
we can do one thing
lets say Cala Boca Galvão!Ca Ca Cala Boca
Ca Ca Cala Boca
Ca Ca Cala Boca
Let’s Save the Galvão
Que idiotice, só falta algum desocupado (alô João Brasil!) transformar essa bobagem numa música de verdade, imagina.
Outro desocupado já fez uma campanha em inglês… Ah, Brasil…
Só mesmo a Sereia pra arrumar isso…