Porque Newsroom é uma das melhores séries de 2012


Escrevi sobre a nova série de Aaron Sorkin, Newsroom, com Jeff Daniels no papel de sua vida, para o blog do Instituto Moreira Salles:

The Newsroom, badalada nova série de Aaron Sorkin, encerrou sua primeira temporada na semana passada (nos EUA, aqui ainda está pela metade, sendo exibida pela HBO) acertando dois alvos com uma mesma pedra. Primeiro, prova que é possível que o entretenimento moderno tenha um pingo de inteligência. Segundo, traz para a arena do showbusiness do século 21 um ponto de vista pouco ouvido (apesar das paranoias) – o da política progressista. Sempre do ângulo dos bastidores (desta vez de um telejornal), o festejado e premiado roteirista – e agora produtor – encerrou a primeira temporada de sua nova série mostrando que é um dos grandes nomes da cultura pop norte-americana deste século.

Continuo o texto lá no blog do IMS. E não custa esquecer, claro, Sloan Sabbith – Olivia Munn repórter de economia, que grande idéia!

FYI @ IMS

E por falar nisso, faz tempo que não falo da seção FYI do IMS por aqui, mas desde abril eu e a Helô mantemos a coluna com certa regularidade no blog do Instituto Moreira Salles, trazendo novidades de todos os lados – quase todas não associadas necessariamente às notícias, mas trazendo informação e conhecimento de outras áreas. Desde então já falamos da batalha de Kruger, sobre a poética das letras do hip hop brasileiro (em duas partes), sobre o direito de ficar calado, a íntegra de shows do Coachella e trechos do Sónar brasileiro deste ano, a moda para quem não é da moda, sobre a árvore de tweets da Rio +20, do tricô como manifestação artística, de como a presidência norte-americana é tratada pela TV daquele país, da viagem interdimensional do casal Eames, gifs animados do século 19, uma gafe da BBC, além dos obituários de Nora Ephron, Ray Bradbury e Dieter Fischer-Dieskau. Confere .

Ray Bradbury, o colecionador de metáforas

Escrevi sobre a morte e o legado de Ray Bradbury na coluna FYI que eu e a Helô tocamos no site do Instituto Moreira Salles. Um trecho:

A morte de Ray Bradbury é, de alguma forma, a morte do século XX. De todos os escritores de ficção científica – um gênero que existe, na prática, há pouco mais de cem anos, Bradbury deu mais ênfase à prática literária do que aos devaneios futuristas. Não foi visionário como Arthur C. Clarke, nem pragmático como Isaac Asimov – e, diferente destes, pouco tinha de cientista. Não aspirou ao gênio transcendental de Philip K. Dick ou ao vórtex descendente de William Burroughs – e, diferente destes, pouco tinha de artista. Encarava a escrita como uma prática, a literatura como sacramento e dedicava seu suor a melhorar esta atividade diariamente, religiosamente. Tanto que em boa parte de suas fotografias ele aparece na frente de uma estante cheia de livros ou atrás de uma máquina de escrever portátil.

O texto continua lá no Blog do IMS.

FYI: O vampiro europeu, o zumbi americano e o canibal brasileiro

Mais um texto meu e da Helô pro Blog do IMS:

“Fui a Garanhuns e não comi ninguém”, diria uma camiseta inventada em alguma conversa pela internet, mais uma piadinha infame em cima de um dos crimes mais chocantes e grotescos do século 21 brasileiro: um homem, sua mulher e sua amante mataram, mutilaram e comeram um número ainda não definido de mulheres, em Pernambuco. Os canibais preferiam o fígado, mas não desprezavam músculos. Foram encontrados pedaços de carne humana congelados no freezer da casa. E eles admitiram misturar carne humana ao recheio da coxinha (entre outros salgadinhos) que a mulher vendia pela cidade. E assim transformaram a vizinhança em canibais involuntários. Presos no dia 11 deste mês, os canibais de Garanhuns confessaram o crime, fizeram ressalva (comemos o fígado, não o coração – “ah bom!”) e despertaram a ira dos locais. Moradores da região invadiram a casa após a prisão do trio e puseram fogo em tudo.

Duas vezes

Segue lá!

FYI: Mais shows do Coachella na íntegra

Já postei Rapture, Radiohead, Dr. Dre e Snoop Dogg e Pulp por aqui, mas linkei os shows do Real Estate, Weeknd, Beirut, Azealia Banks, Arctic Monkeys, St. Vincent e Florence & The Machine no post de hoje da seção FYI, confere lá.

FYI: A cultura da aparência

Helô deixou o Link para ir para o Paladar, mas arrumamos um jeito de continuar nossa indefectivel parceria – e a partir dessa sexta, eu e ela assinamos a coluna FYI semanal no blog do Instituto Moreira Salles. Para começar, misturamos Lana Del Rey com Nigella com Instagram com Adele com Foodspotting para falar do lado bom de vivermos uma época de aparências:

Se a high society virou a Sociedade do Espetáculo e as redes sociais ajudam qualquer um a criar sua própria alta sociedade, é natural que a mudança de sentido do termo social venha acompanhada de uma preocupação exagerada com a aparência. Não que isso seja novidade na história da humanidade. Índios botocudos aumentavam os lábios, as mulheres gir afa da Birmânia alongam o pescoço e todo mundo se olha no espelho antes de sair de casa. Mas estamos assistindo a uma evolução da consciência da aparência que vem alinhada à possibilidade de mudar drasticamente como nos vemos e somos vistos – além de acompanhar a repercussão dessas mudanças quase instantaneamente.

Continua lá.