O papo desta semana no meu programa sobre música brasileira parte de um trabalho de conclusão de curso sobre criminologia para falar da importância de um dos movimentos culturais brasileiros mais importantes das últimas décadas. O livro O Funk na Batida: Baile, Rua e Parlamento, escrito por Danilo Cymrot, começou na academia como uma análise sócio-cultural sobre um fenômeno local para transformar-se num registro político sobre o momento em que o funk – antes carioca – torna-se um fenômeno nacional. Danilo aproveita para falar sobre outro lançamento que está fazendo quase que simultaneamente – seu quarto disco solo.
Muito bom o papo que o Sesc Avenida Paulista puxou nesta quarta-feira, ao convidar Thiago Torres, o Chavoso da USP, o Dayrel Teixeira dos Funkeiros Cults e o Thiago de Souza, do Canal do Thiagson, para a mesa Funk na Cabeça – Desconstruções a Partir do Gênero. O evento, gratuito, reuniu tanta gente que no começo da noite, que só restou ao Sesc abrir as portas da discussão para todos em vez de simplesmente impedir a entrada das pessoas – e tudo correu muito tranquilamente. Como puxava o tema, os três discorreram sobre como o funk foi, nos três casos, uma forma de contato com a questão do racismo estrutural do país, do embranquecimento forçado que criou a categoria “pardo” na escala de preconceitos por aqui, da higienização do funk para ser cooptado pelo sistema, do papel da universidade na biografia dos três e como o próprio sistema educacional funciona para restringir o acesso à educação, além de referências contínuas à aula magna proferida pela professora Sueli Carneiro no programa de entrevistas de Mano Brown. Foi muito bom ver a grande maioria dos presentes levantando a mão quando @chavosodausp perguntou quem era da quebrada. Uma discussão valiosíssima que poderia ir muito além das duas horas propostas pela instituição e que deveria estar mais presente quando falamos sobre cultura brasileira.
O produtor Victor Hugo Mafra botou o mestre Paulinho da Viola pra sacudir seu violão na batida do velho funk carioca. Uns vão chamar de heresia, mas acho que até o próprio Paulinho ia curtir…
Essa camada de tambozão que os caras da Avalanche Tropical passaram no hit da Lorde pegou benzaço, dizaê…
Outro dia o Mark Ronson – que já produziu três músicas novas pro disco novo do Paul McCartney – comentou que o beatle veio pedindo uma sonoridade mais moderna para seu som. Disse Ronson à Rolling Stone:
“He came in one day playing some post-Bonde do Role baile funk-moombahton thing, asking, ‘How do we get this kind of energy?’ And then he played me ‘Climax’ by Usher, and he was like, ‘I love where all the sonics sit in this.'”
E hoje o trio mandou, via Feice, um remix funk de “Get Back” pra ver se entra de vez no radar do Paul. Vai que cola, né…
Se você lembra da voz desse garoto…
…você está ficando velho. Jonathan Costa, herdeiro do sangue Furacão 2000, já é maior de idade e pai.
Vi no Extra.
Sério… O rei precisa se submeter a isso pra provar sua majestade? Desse jeito complica… Vamos ter que esperar algum remix pra salvar isso?
A foto acima é do Roberto no enterro da Hebe.
É sério, ele avisou no Feice que é amanhã…
Pra quem achava que só o Sílvio Santos que tava pirando…
É pior do que você pensa: Dylon se enveredando pelo funk carioca, pisando num clássico do gênero.
Felipe Dylon – “Corpo Nu“ (MP3)