Freaks and Geeks dez anos depois

, por Alexandre Matias

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Freaks and Geeks, para quem não sabe, é o átomo partido que deu origem ao universo de Judd Apatow. O diretor e produtor talvez seja um dos melhores retratistas de uma geração norte-americana que, nascida entre os anos 60 e 70, viu ruir uma série de fantasias e ilusões que funcionavam como liga social no século 20, para abraçar, indefesos, a overdose de tudo num século 21 deslumbrado com a própria juventude. É o que une comédias tolas e existencialistas como O Virgem de 40 Anos, Superbad, Pineapple Express, Ligeiramente Grávidos e os recentes Bem Vindo aos 40 (que ainda não estreou no Brasil) e o seriado Girls. Toda a origem deste universo está na única temporada de Freaks and Geeks, uma longa peça de teatro sobre a convivência (e posterior aproximação) de dois grupos alheios ao centro do universo social de uma escola de segundo grau em 1980: os jovens roqueiros que odiavam estudar e os primeiros nerds jogadores de RPG, unidos pela personagem de Lindsay Weir (Linda Cardellini), que, depois da morte da avó, passa a andar com os maconheiros da escola. Com apenas 18 episódios e um final aberto mas conclusivo, Freaks and Geeks mexe com sentimentos eternos reempacotados para um mundo que, em pouco tempo, viraria do avesso justamente à medida em que os freaks e os geeks começassem a se reconhecer uns nos outros, gerando o mundo que vivemos hoje. A revista Vanity Fair reuniu o elenco do seriado para uma longa conversa sobre sua produção, no início da década passada, e aproveitou para fazer retratos do elenco mais de uma década depois, abaixo:

http://www.vanityfair.com/hollywood/2013/01/freaks-and-geeks-oral-history

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