Frank Jorge 2013

frankjorge

E um dos grandes nomes do brega brasileiro e do rock gaúcho aos poucos começa a dar forma à sua obra em 2013. “Sofrimento Nunca Mais” é do ano passado, mas ganhou o clipe abaixo esse ano:

 

OViolão dOEsquema

Fechamos a tal coletânea. Pra quem quer ouvi-la de uma vez só, basta baixar o disco na íntegra aqui. A relação final com todas as músicas ficou assim:

OViolão (zip)

1) Lulina – “Mentirinhas de Verão”
2) Ava Rocha – “Filha da Ira”
3) Lucas Santtana – “Nighttime In The Backyard”
4) Wado – “Frágil”
5) João Brasil – “Orgasmadance”
6) Burro Morto – “Navalha Cega (Violas)”
7) Frank Jorge – “São Tantas Tendências”
8) Momo – “Mas É o Fim”
9) Curumin – “Solidão Gasolina”
10) Kassin – “Pra Lembrar”
11) Nina Becker – “Polyester Tropical”
12) Gabriel Thomaz – “248-6279”
13) Céu – “Cangote”
14) Do Amor – “Mindingo”

Pra quem não sabe o que é OViolão, eu expliquei uma parte aqui e o Bruno explicou a outra aqui. Lembre-se que escrevemos 01 na capa – o que pode dar brecha prum zero dois.

OViolão: Frank Jorge – “São Tantas Tendências”

Vamos lá com a faixa do dia da nossa coleta de fim de verão, cantada pelo mestre Frank Jorge, um hino jovem guarda sobre o cool e o anticool que atira para todos os lados numa espécie de “Arrombou a Festa” dos anos 00, trocando nomes e celebridades por rótulos e hypes. Frank Jorge, né… O Bruno, por sua vez, chama o Momo.


Frank Jorge – “São Tantas Tendências

Os 100 melhores discos dos anos 00: Bonifrate / Frank Jorge

71) Bonifrate – Os Anões da Vila do Magma (2007)

72) Frank Jorge – Carteira Nacional de Apaixonado (2000)

Frank Jorge x MGMT

Ficou altos.

Vou pra Porto Alegre, tchau

Mas volto em seguida. Na real, chego pela manhã e participo de um bate-papo sobre música e internet dentro do evento Coca-Cola Parc, que, além dos shows de bandas como No Age, Matt & Kim, Copacabana Club, Pata de Elefante, entre outros, ainda conta com esse ciclo de debates chamado Indústria Criativa, que reúne bambas e compadres como o Miranda, Frank Jorge, Lucio Ribeiro, Claudia Assef, Pena Schmidt, entre outros. Minha participação acontece no Módulo Música e Tecnologia, onde converso com o Ronaldo Lemos e o Ivo Correa, do Google, com mediação da Ana Carla. Não fico pros shows porque a vida continua uma pilha, mas quero ver se pego pelo menos algum deles aqui em São Paulo, no finde. Na verdade, o que mais me chama atenção é o bom & velho Mickey Gang, que podem até me arrastar pra ver o show do The View. Vamos ver se topo.

Pra quem estiver em Porto Alegre, o papo acontece no auditório da Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000) e, pra participar, você tem que confirmar presença no email imprensa@opuspromocoes.com.br. Cola lá.

Jovem Guarda hoje

O Itaú Cultural fez um especial sobre a Jovem Guarda, com farto material multimídia e vários textos sobre o tema – vale a visita. E entre artigos assinados por bambas como o Fernando Rosa e o Ricardo Alexandre, me pediram para escrever uma matéria sobre a influência do movimento cultural no pop brasileiro do século 21. Olha o texto aê (para o ler o original, entre no site e clique na seção Textos).

***

E que tudo mais vá pro inferno

Geração pop endossa a importância da jovem guarda para a história da música brasileira

Dá para imaginar o que seria da música brasileira se não houvesse a jovem guarda? Mesmo que não possa ser ouvido como um gênero específico – afinal, começou como a diluição do impacto mundial do rock por meio do senso estético e passional da América Latina –, o movimento talvez tenha sido o principal fenômeno musical do século passado no Brasil. Sua força vai além das canções e dos filmes de Roberto Carlos. Jovens, urbanos e elétricos, seus músicos conseguiram atingir o país com o mesmo impacto dos reis e das rainhas do rádio nas gerações anteriores e tiveram suas principais características absorvidas por quase todos os músicos, compositores e intérpretes que vieram em seguida. Do samba-rock ao tropicalismo, passando pela cena funk/soul dos anos 1970, pelos Mutantes e pela própria MPB, e indo até a música sertaneja e o rock dos anos 1980, todos reconhecem que a jovem guarda foi uma das manifestações populares mais autênticas da música brasileira, cuja repercussão ainda é sentida no país.

Por mais diverso e esquizofrênico que pareça ser o cenário pop atual, ele tem suas raízes inteiramente vinculadas ao movimento inaugurado pelo trio Roberto, Erasmo e Wanderléa. E da jovem guarda é possível colher frutos tão improváveis quanto a eletricidade dançante do trio Autoramas, as guitarras do La Pupuña, a autocrítica pop do Cabaret, o romantismo descarado do Cidadão Instigado, as melodias do Mombojó e o apelo direto de Lucas Santtana, além de toda a escola de rock gaúcho inaugurada pela Graforréia Xilarmônica, do carisma do pernambucano China e do tom confessional do Los Hermanos.

Um exemplo dessa influência direta está em Gabriel Thomaz, do Autoramas, que se reuniu com outros músicos de sua geração para, ao lado do tecladista Lafayette Coelho, reverenciar o período com a banda Lafayette e os Tremendões. Já China e alguns integrantes do Mombojó celebram a importância de Roberto Carlos com o grupo Del Rey. Trata-se de uma geração que cresceu ouvindo esse ritmo sem os preconceitos dos que, naquele período, o tachavam de música descartável ou rotulavam os músicos da jovem guarda de alienados políticos.

“Uma pitada sacana”
“Não sei se existe outro movimento nacional mais influente quando se fala em música popular. Todo mundo ouviu e tirou alguma coisa da jovem guarda, de Caetano Veloso ao brega paraense, de Amado Batista ao Autoramas”, explica Gabriel Thomaz. O gaúcho Frank Jorge, fundador da Graforréia Xilarmônica, concorda: “Foi ela quem trouxe o tipo de formação instrumental baixo, guitarra, bateria, voz e órgão, um novo enfoque para os arranjos”. O paulistano Curumin complementa: “Não consigo imaginar, por exemplo, o que teria acontecido com a tropicália, a psicodelia, o samba-rock e o rock dos anos 1980 caso a jovem guarda não tivesse acontecido”. Para Adriano Sousa, baterista da banda paraense La Pupuña, “o maior legado são as guitarras, os teclados do Lafayette e, claro, as letras, ingênuas mas com uma pitada sacana”.

Márvio dos Anjos, da banda Cabaret, teoriza: “Radicalizando, sem a jovem guarda o cenário pop do Brasil teria abraçado esse conceito babaca de linha evolutiva da MPB de raiz. Haveria rock, mas Cabeça Dinossauro [1986], dos Titãs, por exemplo, não seria precedido por canções deliciosas como Sonífera Ilha e Insensível. O Los Hermanos teria inaugurado a carreira com Bloco do Eu Sozinho [2001], e perderíamos Anna Júlia, que é a obra-prima deles. Sem falar o que devem a eles várias bandas do fim dos anos 1990, como Autoramas, e todo o rock gaúcho. Por outro lado, os caminhos de Rita Lee – com o Tutti-Frutti – e de Lulu Santos não teriam sido pavimentados por uma série de corinhos, e talvez eles fossem menos subestimados do que são por parte da geração atual. Enfim, o problema é que, com ou sem jovem guarda, o Brasil ainda é muito preconceituoso com a música adolescente. A galera quer ver maturidade em tudo e não repara que isso é coisa de velho”.

Já o compositor baiano Ronei Jorge pondera a extensão da influência da jovem guarda: “Não sei se dá para precisar o legado da jovem guarda na atual geração. Muitas coisas se passaram e se misturaram: tropicalismo, bossa nova, música cafona, mangue-beat etc.”. Kassin, que participa de projetos como o + 2 e o Artificial, além da banda Acabou la Tequila, pontua: “Acho que as gravações mudaram muito com a jovem guarda – a forma de orquestração, a introdução da guitarra. Isso abriu as portas para o que veio depois”. BC, guitarrista da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, complementa: “Houve um lado tecnológico, quando surgiram guitarras, baixos e amplificadores nacionais”.

Liberdades individuais
O fenômeno pop da jovem guarda deve-se em grande parte à expansão da cultura rock ’n’ roll pelo planeta, que estabeleceu um novo parâmetro para a música feita no Brasil. “A jovem guarda é a precursora do rock no país e tem um papel importantíssimo num conceito de rock sobre e para a diversão”, continua Márvio. “Hoje, o engajamento político está cada vez mais démodé, as democracias estão aí como queríamos, os movimentos sociais e as ONGs, mas o que a nossa geração quer mesmo são as liberdades individuais. A jovem guarda falava disso e virou referência, mesmo com uma rebeldia mais ingênua. ‘Manter a fama de mau’ para sair com mulheres, o sonho com o carro, a insatisfação com a ilegalidade dos prazeres ou com a rigidez da moral vigente”. Kassin emenda: “Para mim, aquelas músicas do Chico Buarque falando coisas pelas beiradas não faziam o menor sentido quando eu era adolescente. Minha reação era: ‘Por que ele não fala o que está pensando?’. Claro que hoje entendo melhor o período, mas a jovem guarda não precisava ser explicada”.

“Música emociona ou não emociona”, diz o cearense Fernando Catatau, guitarrista e líder do Cidadão Instigado. “As pessoas queriam ouvir canções politizadas no Brasil, então qualquer uma que não fosse assim parecia não ser legal. E na jovem guarda era tudo muito simples e puro”. Frank Jorge concorda: “Os tempos pediam posicionamentos. E eles diziam coisas que faziam sentido para eles e, é claro, para milhões de brasileiros. Podiam não ter uma postura política orgânica, engajada, mas a exerciam na prática”.

“Quase orixás”
Lucas Santtana cita uma música como exemplo da força do movimento: “Quero que Vá Tudo pro Inferno, de Roberto e Erasmo Carlos, já começa negando a tradição da canção popular brasileira ao indagar: ‘De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar?’. Símbolos que sempre foram orgulho nacional são postos à prova para no refrão culminar no que Fausto Fawcett chamaria de ‘puro-desabafo-egotrip-adolescente’: ‘Só quero que você me aqueça nesse inverno/E que tudo mais vá pro inferno’”. Gabriel concorda: “A jovem guarda reside no trio Roberto, Erasmo e Lafayette, e Quero que Vá Tudo pro Inferno tem o dedo dos três. É o som característico da jovem guarda”. “É uma obra-prima”, afirma China. “Como um artista consegue fazer sucesso com uma música que manda tudo pro inferno? É meio surreal se levarmos em conta todo o momento político da época.”

A dupla Roberto e Erasmo tem papel crucial nessa história: “É clichê falar deles como Lennon/McCartney, Jagger/Richards, mas a alimentação entre os dois, a provocação, as piadas internas, a competição e a busca por aprofundamento de caminhos musicais sem sair do pop os tornam artistas muito mais interessantes. Como se não bastasse o repertório”, lembra Márvio.

Lucas Santtana pontua que “a canção popular brasileira foi geneticamente modificada pela dupla e sua herança é nítida até hoje quando ouvimos artistas atuais como China, Ronei Jorge, Catatau, Rubinho Jacobina e Flavio Basso”. “Os dois são quase orixás”, arremata Kassin.

Vida Fodona #146: Como é que foi de carnaval?

Hoje temos Beck tocando Dylan, muita psicodelia e algum samba, dub de Franz Ferdinand, nova do Yeah Yeah Yeahs, Olivia Tremor Control ao vivo, b-side do Elliott Smith, Tom Waits com os Stones, Frank Jorge, White Stripes, Jorge Ben em Paris e Phantom Band.

Mussum & Os Trapalhões – “Descobrimento do Brasil”
Of Montreal – “Alter Eagle”
Yeah Yeah Yeahs – “Dull Life”
Franz Ferdinand – “Feel the Pressure”
White Stripes – “We’re Going to Be Friends”
Rômulo Fróes – “Amor Antigo”
Frank Jorge – “Não Espero Mais Nada”
MGMT – “The Youth”
Olivia Tremor Control – “Holiday Surprise”
M. Ward – “Shangri-La”
Elliott Smith – “Suicide Machine”
Jupiter Maçã – “Beatle George”
Led Zeppelin – “Ten Years Gone”
Tom Waits & Rolling Stones – “The Ghost of Tom Waits”
Jorge Ben – “Caramba… Galileu da Galiléia”
Beck – “Leopard-Skin Pill-Box Hat”
Papercuts – “Future Primitive”
She & Him – “I Put a Spell on You”
Phantom Band – “Crocodile”

Vamo?

Verãozinho

Tá frio? Tá quente? Choveu? Nevou? Deixa pra lá: olha essa coleta que a Carol fez pra inspirar o verão, independente da temporatura lá fora…

Pro dia:
Beach Boys – “Wouldn’t it be Nice”
Mallu Magalhães – “Tchubaruba”
Das Pop – “Fool for Love”
Frank Jorge – “Elvis”
Homiepie – “Flying Machines”
Albert Hammond jr – “In Transit”
Motormama – “Meu Problema com a Bebida”
Franz Ferdnand – “Turn it On”
Pixies – “Hey!”
R.E.M. – “Orange Crush”
Shout Out Louds – “Shut Your Eyes”
The Decemberists – “The Perfect Crime No.2”

Pra noite:
Cérebro Eletrônico – “Dê”
Beatles – “Blackbird”
Sebastien Tellier – “Divine”
Little Joy – “Unattainable”
Here We Go Magic! – “Fangela”
Emmy the Great – “We Almost Had a Baby”
Dan Auerbach – “Heartbroken in Disrepair”
Nick Cave – “Today’s Lesson”
Motormama – “Coração Hardcore”
Wilco – “Sky Blue Sky”

Baixe aqui.

Hoje só amanhã: a segunda semana de 2009

Tonight: Franz Ferdinand
A casa do Justice
Britney diz: “F.U.C.K. Me”
Supercordas
Cilibrinas do Éden
Beatles no videogame
Maaaallu
Wilco fazendo covers
Guerra nas Estrelas contado por alguém que nunca viu os filmes
Coppola filmando Little Joy?
Pôsteres de filmes honestos
Diplo x MGMT
A volta do Los Hermanos? Só pruns shows (e bem ao lado do Vanguart?)
A foto oficial de Obama
Nova do Calvin Harris
A primeira geração influenciada por Guerra nas Estrelas
Sérgio Cabral Filho paga mico
Radiohead e o Grammy
Olly Moss
Marcelo Camelo fala sobre Mallu Magalhães
Naomi Klein e o boicote a Israel
Leiloando a virgindade
Novo do Frank Jorge
Pavement no Coachella 2009?
Little Joy em Araraquara?
Um conselho de Lily Allen
10 coisas que você precisa saber para entender Battlestar Galactica na reta final
Photoshop na Britney