Frank Jorge de Natal

, por Alexandre Matias

frankjorge2017

Dias depois de realizar um sonho – abrir um show de Paul McCartney -, Frank Jorge trancafiou-se no estúdio com o velho cúmplice Thomas Dreher e pariu uma canção de natal sem necessariamente falar da data festiva. “É uma influência direta das sonoridades que sempre ouvi e gosto muito de bandas de rock dialogando com orquestra: The Beatles, The Zombies, The Jam, Eletric Light Orchestra, dentre outras tantas”, explica o epitômico roqueiro gaúcho, que mostra sua “Vida na Vidade (Allegro ma non Tanto)”, que lança oficialmente nesta segunda-feira pelo selo 180 , em primeira mão para o Trabalho Sujo.

“A tecnologia da informação através da internet e das redes sociais, nos proporciona facilidades de acesso aos conteúdos, assim como, avanços comunicacionais. Os governos relapsos e corruptos sonegam à população boas condições de vida e convivência”, teoriza o eterno líder da Graforréia sobre a música nova. “‘Vida na Vidade (Allegro ma non tanto)’ é uma canção sobre esta equação: seguir vivendo e sendo um ser humano em cidades tensas/ superpovoadas e paradoxalmente, abandonadas.”

Temperada por um cravo bachiano surrupiado por Dreher, a faixa se inspira no compositor barroco como ponto de partida. “O tema predominante, a cidade, traz também minha inquietação sobre como deveria ser a vida de do compositor J.S. Bach nos séculos 17 e 18, que mesmo com adversidades do contexto histórico, nos deixou um legado impressionante de concertos, missas, cantatas…” O apego ao pop em relação ao erudito é influência direta da psicodelia mccartneyana na canção do bardo gaúcho.

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