Deslumbrante a última apresentação da temporada de Ná Ozzetti no Centro da Terra, quando ela se juntou ao violonista e pesquisador Franco Galvão para debruçar-se – e deslizar – sobre a obra de Oswaldo Gogliano, que todos conhecemos por Vadico. Eterno parceiro de Noel Rosa, Vadico é objeto de estudo de Galvão, que está prestes a gravar um disco triplo dedicado ao legado do mestre sambista, incluindo versões para arranjos que o autor escreveu quando estava em turnê pelos Estados Unidos com Carmen Miranda. O espetáculo de voz e violão foi concebido e arranjado pelo violonista, que também abriu um site dedicado ao mestre (vadicogogliano.com/), e passeava por diferentes facetas do compositor, todas conduzidas pela voz angelical de Ná, que aproveitou algumas canções para continuar dançando, atividade que vem desfilando em sua conta no Instagram e que materializou-se no palco nesta temporada do Centro da Terra. Siga a dança, Ná!
Que delícia a primeira segunda-feira de Ná Ozzetti no Centro da Terra, quando ela deu início à sua temporada Três Duos e Um Trio, que ocupará todo início de semana de março no palco mais fértil de São Paulo. Acompanhada dos sopros de Fernando Sagawa e do violão de Franco Galvão, ela nos conduziu ao repertório de Dominguinhos a partir dos arranjos camerísticos criados pelos dois especialmente para sua voz doce e apaixonante, fazendo-nos descobrir recantos aconchegantes de seus maiores sucessos (“Eu Só Quero um Xodó”, “Tenho Sede” e a magistral “Lamento Sertanejo”, uma das músicas mais bonitas do Brasil, estas duas últimas em parceria com Gilberto Gil) e confortos inesperados em canções menos conhecidas (como “Sopro de Flor”, parceria com José Miguel Wisnik, “Poema 3”, composto sobre um poema de Câmara Cascudo, “Contrato de Separação”, “Chegando de Mansinho”, “Sanfona Sentida” e a linda “Arrebol”, que voltou no bis). O casamento da voz perfeita de Ná com sua interpretação contida ao lado dos instrumentos quase mínimos de seus companheiros de noite realçou a beleza nata das composições deste que é um dos maiores nomes de nosso cancioneiro. Uma noite apaixonante.
Que maravilha receber a maravilhosa Ná Ozzetti na primeira temporada no Centro da Terra de 2023. Durante quatro as segundas-feiras de março, ela divide o palco com mais três amigos na série de shows que batizou de Três Duos e Um Trio, que começa nesse dia 6 exatamente com o trio propriamente dito, formado pelos sopros de Fernando Sagawa e pelo violão de Franco Galvão, quando os três navegam pelas canções eternizadas pelo mestre Dominguinhos. Na segunda seguinte, dia 13, Ná recebe o comparsa baixista e produtor Marcelo Cabral para formar um duo de voz e contrabaixo acústico que repassa o repertório dos dois, tanto as músicas de Ná quanto as que Cabral participou em parcerias com Rodrigo Campos Kiko Dinucci e Romulo Fróes, entre outros. Na terceira segunda do mês, dia 20, ela reúne-se mais uma vez com Sagawa e os dois embarcam em um duo de voz e sopro com vasto repertório, para finalmente encerrar estes encontros no dia 27, ao lado dd violonista e arranjador Franco Galvão, celebrando a obra do compositor paulista Vadico, puxando clássicos em parcerias com Noel Rosa, entre outros sambas. Os ingressos já estão à venda e os espetáculos começam sempre às 20h.
Com o número de segundas-feiras de fevereiro reduzido pelo carnaval, deixamos para começar as temporadas no Centro da Terra em março. E para começar o ano em grande estilo, temos a presença da mestra Ná Ozzetti, que nos brinda com a primeira temporada de 2023, Três Duos e Um Trio, em que convida comparsas para passear por diferentes recantos da música brasileira. Na primeira segunda ela forma o trio do título com Fernando Sagawa (sax, clarinete e flauta) e Franco Galvão (violão), quando visitam as Dominguinhos, com arranjos próprios. Na segunda noite, o primeiro duo acontece ao lado do baixista Marcelo Cabral, quando Ná passeia pelo repertório dela e de outros autores contemporâneos. No dia 20, é a vez de formar um duo apenas com os sopros de Fernando Sagawa, quando passeiam por diferentes fases e autores da música brasileira e o último duo vem formado com o violonista Franco Galvão, em homenagem ao compositor paulista Vadico, trazendo também outros sambas do passado. Na primeira terça-feira do mês quem chega ao Centro da Terra é o quarteto carioca Oruã, liderado pelo herói independente do Rio de Janeiro Lê Almeida, que traz seu “free jazz de pobre, kraut de vagabundo, sem neurose” pela primeira vez ao palco do teatro, apresentando o espetáculo Passe. Na outra terça, dia 14, é a vez do grupo de jazz funk Bufo Borealis encontrar-se pela primeira vez com o guitarrista Edgard Scandurra, na apresentação que batizaram de Escuridão. E no fim do mês, as duas últimas terças ficam a cargo de Mestre Nico, que todos nós conhecemos por acompanhar Siba na percussão e vocal, que começa a mostrar seu trabalho solo na minitemporada De Andada no Tempo. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos para todas as apresentações já estão à venda neste link.