“Saigon… shit”

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Francis Ford Coppola volta mais uma vez à sua obra-prima Apocalypse Now em uma versão definitiva para Imax que estreia ainda este mês nos EUA. “Estou animado com esta versão porque percebi que queria fazer uma versão que eu gostasse”, diz o diretor no trailer. Não importa: olha só a qualidade das imagens e imagina isso com um som de uma sala decente. Pode pegar meu dinheiro, Coppola!

https://www.youtube.com/watch?v=VyNwha5hrAo

Mashups de filmes

Tem muito mais aqui.

A Conversação

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A Conversação (The Conversation, 1974, EUA). Diretor: Francis Ford Coppola. Elenco: Gene Hackman, John Cazale, Allen Garfield, Cindy Williams, Teri Garr. 113 min. Por que ver: Basta dizer que é o filme que Coppola fez entre os dois Poderoso Chefão e Apocalipse Now, mas A Conversação é muito mais do que o produto de uma boa fase de um gênio – na verdade, é uma obra-prima muito particular. Acompanhamos o trabalho do detetive Harry Caul (Hackman, em seu melhor papel e filme favorito), um especialista em grampos telefônicos e escutas clandestinas – o melhor, sublinham durante o filme, capaz de registrar uma conversa de duas pessoas em um barco no meio de um lago. Incumbido de gravar um aparente casual papo de um casal que passeia por uma praça movimentada, Caul mobiliza sua equipe, que capta trechos aleatórios da tal conversação do título, que requer diferentes técnicas e aparelhos para ser decifrada. O filme equilibra-se entre o charme vazio registrado por Antonioni em Blow Up e o sonho americano estilhaçado de vez com as fitas de Watergate, que obrigaram Nixon a renunciar. Enquanto Caul trabalha, conhecemos um agente fora-da-lei sem vida pessoal, um detetive noir às claras, sem penumbra para disfarçar o amargo de uma existência vazia e sem sentido. O filme mais europeu de Coppola. Fique atento: À forma com que a conversa entre Mark e Ann vai mudando à medida em que trechos vão se tornando claros, uma dupla homenagem de Coppola à importância da edição em um filme e ao seu editor de som e de imagem, Walter Murch, que foi indicado ao Oscar de melhor som. E à atuação de Hackman, que compõe magistralmente um personagem sem personalidade, escorado na Igreja Católica e no jazz (aprendeu a tocar sax apenas para o filme) como fundações de sua vida. A cena final é free jazz puro, traduzido em imagens.

Apocalypse Now

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Apocalypse Now (Apocalypse Now, 1979, EUA). Diretor: Francis Ford Coppola. Elenco: Martin Sheen, Marlon Brando, Robert Duvall, Dennis Hopper. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes e dos Globos de Ouro de melhor diretor, melhor ator coadjuvante (Duvall) e trilha sonora. 153 min. (versão original)/ 202 min (Redux). Por que ver: Antes de ouvirmos as primeiras palavras ditas em voz alta pelo protagonista, assistimos à mistura de imagens, sons e idéias que, em pouco mais de um minuto, sintoniza nossa consciência ao trauma da guerra dos Estados Unidos no Vietnã: uma floresta de palmeiras, rasantes de helicópteros, uma névoa amarela que cresce junto com o instrumental dos Doors – Jim Morrison saúda as bombas sobre as árvores com seu “This is the end” clássico, enquanto vemos o enorme rosto de Martin Sheen de cabeça para baixo. “Saigon. Merda…”, diz o Capitão Willard, ao olhar a cidade pela veneziana, “ainda estou em Saigon”. Coppola adapta o Coração das Trevas de Joseph Conrad para o cinema transpondo a África e seus entrepostos comerciais do século dezenove para um contemporâneo Sudeste Asiático em guerra, mas preserva sua essência: a viagem a um inferno verde que também é uma viagem ao centro da sanidade mental. A missão de Willard é encontrar um certo Coronel Kurtz, um dos melhores militares do exército americano, que, após ser transferido para o meio da selva do Vietnã, aparentemente pirou e criou sua própria base militar autônoma. Na jornada, Willard é acompanhado de um time de jovens soldados que são uma boa amostra do tipo de jovens americanos que morreram nesta guerra (um moleque do Bronx nova-iorquino – Laurence Fishburne, então com 17 anos – , um ex-campeão de surfe, um chef de cozinha…) e passam por situações tão surreais quanto tétricas. O horror da guerra é transformado em uma ópera de cenas inacreditáveis, com toda a teatralidade do sangue italiano do diretor surgindo em imagens grotescas e hilárias, às vezes, ao mesmo tempo. E com um elenco impecável – a melhor atuação de Sheen, Hopper interpretando a si mesmo, Brando improvisando, Duvall épico –, Coppola supera a saga da família Corleone em um único filme, fazendo sua obra-prima. Mas Apocalypse Now é um filme maior do que sua duração: foi bancado todo com a grana que Coppola faturou com os dois primeiros filmes da série O Poderoso Chefão, levou três anos para ser concluído, teve o set destruído por um furacão, mudou de protagonista duas vezes (Roy Scheider e Harvey Keitel abandonaram o papel), teve problemas com Brando (que se negava a seguir o roteiro), enfartou o ator principal (durante as filmagens da primeira cena) e levou sexo, drogas e rock’n’roll para as Filipinas, onde foi filmado, em escala hollywoodiana. Tanto foi filmado que o diretor lançou sua versão autoral, chamada “Redux”, em 2001, acrescentando 49 minutos de cenas inéditas. Fique atento: Outro show de cenas fantásticas e texto preciso, é difícil sublinhar um só momento ou aspecto: da respiração tensa de Willard ao batalhão de caubóis em helicópteros liderados pelo personagem de Duvall, passando pelo tribalismo psicótico das cenas finais e a atuação plena de Brando – que só aparece no finzinho, mas com menos de vinte minutos de filme já toma o inconsciente de assalto, apenas com a voz, tudo é uma aula de cinema.

Futurologia

Tudo ou Nada era uma coluna que eu fazia entre 98 e 99 para diferentes veículos online: o site London Burning e o mailzine CardosoOnLine eram dois que a reproduziam. Segue um exemplo, er, “rápido”.

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Vocês estão prontos para o Dia 1?

1º de janeiro do ano 2001 será mais importante do que muita gente pensa. Enquanto muitos esperam o início dos novos século e milênio (como se isso fosse mudar algo na vida de alguém), técnicos, executivos, programadores, jornalistas, internautas, telespectadores, comunicadores, acionistas, diretores, presidentes e outros formadores de opinião roem as unhas de ansiedade. Esperam o réveillon mais aguardado do ano por um simples motivo ligado à tecnologia. Não, não é o bug.

O primeiro dia do ano que vem foi escolhido pelo novíssimo gigante do mercado de infotainment (informação + entretenimento), a AOL Time-Warner, para marcar o início de suas atividades. Batizado simples e taxativamente de “Dia 1”, a data marca o que muitos acreditam ser o começo de uma nova era. Não é para menos. Afinal, a publicidade em torno do “Dia 1” começará ainda neste semestre, perguntando-nos se estamos prontos para ele. À medida que a campanha criará uma expectativa sem precedentes no planeta, ela desvendará alguns segredos que o monstro empresarial prepara para o nosso futuro.

A célula deste novo organismo é um aparelho chamado Info. O Info padrão, usado como símbolo da nova mudança, lembra aqueles antigos aparelhos de televisão que eram o próprio móvel, com uma enorme caixa de som abaixo da tela e pés de cômoda. Existem vários modelos de Infos – portáteis, de pulso, de colo, de bolso, recarregáveis -, mas o modelo standard é o ícone da nova mudança. A princípio, o aparelho impressiona pelo design: uma tela de quarenta polegadas na frente de um enorme alto-falante num console prata de um metro de largura por um metro e vinte de altura.

Tanto som quanto imagem ultrapassam os conceitos atuais. Com micro caixas de som espalhadas por seu corpo, o aparelho tem 32 diferentes canais de som, que podem proporcionar sensações muito próximas ao som real. A imagem é perfeita: são 15 mil linhas de definição projetadas sobre uma tela plana, que fica por trás da tela real, também plana. Com duas telas superpostas, podemos ter a sensação de profundidade em qualquer imagem projetada. Juntos, imagem e som (ambos digitais), derrubam qualquer home-theater existente no mercado.

O aparelho sequer funciona à energia elétrica. Para ligá-lo, basta plugar a toma a um fio que a própria AOL Time Warner deverá fornecer. Se você tem TV a cabo, não se preocupe: com o projeto de compra de todos os “pequenos” (lembre-se do tamanho da operação que estou descrevendo) retransmissores de TV a cabo no mundo, basta solicitar o Info à sua própria provedora e ele estará instalado em sua casa – por meros US$ 50! E pronto: você não precisa pagar mais nada para receber os benefícios do Info.

O controle remoto é do tamanho de uma agenda eletrônica e, como tal, tem teclado alfanumérico. Mas para operações mais simples (como mudança de canais e manipulação do som), um outro artefato surge para facilitar a vida de todos: o Strap-it É uma simples tira de borracha que se adapta a qualquer mão adulta (sim, eles têm modelos infantis e para deficientes físicos): na palma da mão, um pequeno sensor identifica seus comandos e os reproduz na tela, como um mouse acoplado à sua mão.

A chegada do Dia 1 será comemorada com um enorme show de 24 horas que marcará o primeiro dia. A partir de Sidney, na Austrália, o mundo inteiro poderá acompanhar um megashow mundial disposto a transformar o Live Aid em papo furado. Serão 24 cidades escolhidas ao redor do mundo para recepcionar, em cada um dos fusos horários do mundo, a meia-noite do dia 1º de janeiro do ano que vem. Em cada uma destas cidades, a megaempresa construiu um enorme ginásio de fibra de vidro (todos poderão ser montados em menos de duas semanas).

Serão 48 horas de show em cada uma das 24 cidades. As 23 primeiras horas terão apresentações de circo, mágicos, personalidades dos países-sede e outras comemorações, sempre com um enorme relógio que contará os segundos para a chegada do grande dia. Em vários pontos do ginásio, os primeiros Infos entrarão em ação pra valer, transmitindo os shows nas várias partes do mundo. Na grande hora, um artista de peso mundial fará um show inédito cujo tema será o início de uma nova era. O grupo AOL Time Warner tem como empregados gente como Ol’ Dirty Bastard, Missy Elliot, Red Hot Chili Peppers, Cornershop, Cibo Matto, Sensefield, Stone Temple Pilots, Ween, Third Eye Blind, Deftones, Mr. Bungle, Pantera, Atari Teenage Riot, Prodigy, Kid Rock, Raimundos, Filter, Paula Cole, Hootie & The Blowfish, Tori Amos, Everything But the Girl, Eric Clapton, Echo & the Bunnymen, Kronos Quartet, Jose Carreras, AC/DC, Metallica, Robyn Hitchcock, Gilberto Gil, Busta Rhymes, Buena Vista Social Club, Lil’ Kim, X, Ministry, os Simpsons, Better Than Ezra, Natalie Merchant, Cure, Rod Stewart, Son Volt, Cher, Sugar Ray, Rush, Quad City DJ’s, Alanis Morrisette, B-52’s, Seal, Nick Cave, Towa Tei, Stereolab, Cesaria Evora, Flaming Lips, Björk, Bad Religion, Junior M.A.F.I.A., Crosby, Stills, Nash & Young, Quincy Jones, South Park, Van Halen, Genesis, Fountains Of Wayne, Soul Coughing, Robin Hitchcock, Brandy, Madonna, Steel Pulse, R.E.M., Depeche Mode, Enya, Built to Spill, Café Tacuba, Kris Kristofferson, Collective Soul, Timbaland & Magoo, Fleetwood Mac, John Fogerty, Superdrag, Paul Simon, Goo Goo Dolls, Lemonheads, Baby Bird, Jimmy Page & Robert Plant, Kid Loco, Philip Glass, k.d. Lang, Dimitri from Paris, Green Day, Pet Shop Boys, Chris Isaak, Latin Playboys, Joni Mitchell, Paul Oakenfold, Lou Reed, Wilco, Neil Young, Gipsy Kings, Matchbox 20, entre outros, e todos farão parte da festa, fazendo o show que querem, convidando os artistas que bem entendessem, culminando com um festival de 24 horas de duração, durante todo o Dia 1.

Quem estiver frente ao Info terá uma noção da revolução pela transmissão dos shows. Qualquer aparelho pode localizar qualquer show em qualquer uma das vinte quatro festas no mundo, desde que este já tenha acontecido. Uma vez no show, pode-se escolher as diferentes câmeras que o registram, focalizando tanto apenas o vocalista quanto todas as câmeras ao mesmo tempo. E você achava que 40 polegadas era exagero.

Abaixo da tela, uma outra tela preta, menor e mais horizontal, traz as últimas notícias da megafesta, intercalando-as com outras notícias do mundo, que podem ser vistas a um simples toque. Sempre que algum artista estiver numa entrevista coletiva o espectador será avisado, caso requeira essa opção. Basta cadastrar-se e você assiste à entrevista, podendo até mandar perguntas para o artista ou comprar objetos e peças de roupa usadas no show.

Não precisa se preocupar em gravar: para o usuário do Info, videocassete é coisa do passado. Basta chamar o canal localizador e digitar algumas palavras-chave para que você seja apresentado a todos os itens relativos ao tema: de shows a videoclipes, passando por discos inteiros, sites de fãs, filmes, participações especiais em programas alheios, entrevistas, resenhas, comentários, curiosidades, fotos e toda infinidade de informações sobre os itens especificados.

Quer assistir a um filme? Não precisa mais programar o vídeo para gravá-lo. Basta descobrir seu código no canal de filmes (ou através do canal localizador) e começar a assistir. Sem comerciais! Tocou a campainha? Dê pause, ué, como em seu videocassete. Precisa sair? Adicione o filme a Favoritos e saia. Quando voltar, basta retornar no ponto que parou. Não lembra o que estava acontecendo? Rebobine o filme, ora.

O mesmo vale para as partidas da NBA, os campeonatos europeu, sul-americano e asiático de futebol, o SuperBowl, finais de torneios mundiais, olimpíadas, Copa do Mundo, o diabo. Um toque e o replay em câmera lenta, em todos os ângulos, com todas as câmeras. Você pode até pedir um tira-teima pra saber a velocidade que o jogador cuspiu no chão. Aliás, você pode pedir um tira-teima para saber a velocidade que o artista do show do réveillon cuspiu no chão. Até nas novelas você pode pedir um tira-teima – que, no caso, pode revelar o making of. Falando em making of, pra quê esperar o Video Show separar os erros de gravação se todo programa traz isso em si, como se o programa fosse um site e, ao mesmo tempo, um DVD?

Um pontinho no canto direito superior do Info é uma microcâmera digital. Através dela, você pode se comunicar com qualquer pessoa que possua outro Info (os “infonautas”), contanto que você saiba o código dele. E passar a tarde toda de papo furado com amigos de todo planeta, enquanto assistem a diversos shows. Quer ficar pelado enquanto conversa com o pessoal? Desative a opção “videofone” e converse só com o áudio. Sua voz é feia? Use o controle remoto/teclado, pois. E se você está apressado para sair enquanto assiste TV, clique na opção “mirror” e a tela do Info vira um espelho.

Mas a câmera não serve apenas para a simples comunicação. Você pode adquirir o Infoing, uma mini-ilha de edição portátil que funciona também como câmera. Filme sua família nas férias, selecione a opção My Info e despeje o filme no canal. Você pode disponibilizá-lo para todas as pessoas que têm acesso ao Info, restringir o acesso com uma senha (assim você pode mostrar seus filhos aos seus pais, que moram do outro lado do país) ou limitar à sua própria audiência. Você pode fazer isso com filmes caseiros ou profissionais, divulgando seu trabalho ou lazer para quem você quiser. O mesmo vale para músicas (também registradas no Infoing, que funciona como uma miniestúdio também), artes plásticas, publicidade e qualquer outro tipo de manifestação artística. O grupo AOL Time Warner tem a intenção de incentivar as pessoas a criar e produzir, superlotando seus próprios arquivos de preciosíssimas informações (de dados e gostos pessoais a correspondência eletrônica, movimentação bancária, fotos de família etc).

Isso é só pra assustar. Tudo ficção, mas dá pra ter uma noção do que vem por aí. Parece que só agora ligaram a internet, que antes era só ensaio ou teoria. Com este futuro “Info” todo aquele mundo prometido pela rede quando ela chegou em seu primeiro auge (cerca de 1995) parece pronto para acontecer. Dá pra passar duas horas falando do que pode acontecer quando a televisão encontrar com a internet: já tem gente falando no fim do conceito de shopping center, pois até o comércio tradicional vai ficar obsoleto com esta mudança. Todo mundo que quiser sobreviver no novo capitalismo infonauta terá que pular na internet e fazer a diferença. É aí que entra o “novo Iluminismo”, um conceito criado pelas grandes corporações para fazer com que o consumidor não se sinta passivo: pelo contrário, neste novo momento do capitalismo irá criar personalidades, pop stars, cientistas, artistas e gênios que nunca saem de seus quartos. Cada vez a vida real vai se tornando virtual.

Por isso, domingo de manhã, sol lá fora: vá dar uma volta. Sai da frente desse computador. Respira um ar novo: ar novo é o que não falta.

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Se você gosta de Beastie Boys e chacoalhou o esqueleto com o último disco do Beck, compra o disco dos mexicanos do Titan, que acabou de sair no Brasil. Na capa de Elevator, o tal disco, tem um som 4 em 1 (com carrossel de 3 CDs) em cima de uma televisão. Grooveseira pesada e setentona, instrumental, retrô e plena durante todo disco.

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Tudo indica que o selo carioca Tamborete Entertainment deverá assinar com os noise rockers do Wry. E algo me diz que, caso isso ocorra, a banda pode se tornar um dos maiores nomes do rock independente brasileiro. Acho que ao apresentar a fórmula guitar band para um público fiel como o de hardcore pode causar um estrago considerável.

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O Astromato, de Campinas, tá com fita nova e já tem planos para as gravações do primeiro CD. Pop daquele jeito e cantando em português, o grupo tem chance no mercadão.

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A Face do mês passado traz uma matéria sobre uma droga que eles chamam de “ya ba” (com um ótimo título: “ya ba dabba doom”) e que está sendo temida como o próximo crack. Calma, não é algo tão novo assim: o ya ba é, na verdade, a temível metanfentamina, também conhecida como “crystal meth”. Uma espécie de remédio de farmácia ultrapotente, a metanfentamina te deixa ligado por três dias seguidos e seu uso contínuo torna a pessoa mais violenta e uma das alucinações mais freqüentes são besouros que andam por baixo da pele, fazendo com que o sujeito rasgue a própria pele. Não precisa nem dizer que vicia, né? A chamada da matéria dá o tom do bagulho: “Os nazistas usavam-no para abastecer suas tropas. Você pode fazer em casa usando ácido de bateria e removedor de manchas. No Arizona, inspirou um homem a decapitar seu filho”. Era só o que faltava.

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A mesma Face cita Coppola numa matéria sobre filmes feitos em casa: “A grande esperança para mim é que, agora com essas câmeras de 8 mm saindo, pessoas que normalmente não fazem filmes irão fazê-los. O chamado profissionalismo cinematográfico será destruído e finalmente teremos uma forma de arte”. A entrevista é de 1990. Qualquer semelhança com aquele papo de “novo Iluminismo” não é mera coincidência.

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Tive o novo disco dos Smashing Pumpkins na mão, ouvi e não me dei ao trabalho de gravar. Chato pacas. Vou esperar sair no Brasil…

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Próxima quarta-feira (26) tem Butchers’ Orchestra com Autoramas na Borracharia, em São Paulo. Não dá pra perder.

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Nesse mundo de informações paralelas, algumas são tão mainstream que passam batido. Saca a Melissa Etheridge? É uma espécie de Cássia Eller country americana, que é casada com uma mulher e tem duas filhas de pai desconhecido. Pois é, sabe quem é o pai das filhas dela? Deu na capa da Rolling Stone: David Crosby! Isso mesmo, aquele bigodudo gordo do Crosby Stills Nash & Young, que disse, na reunião do grupo no fim do ano passado, que “desta vez estarei acordado”.

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Se você seguiu o conselho e não comprou o Breakbeat Era importado, se deu bem: saiu pela RoadRunner no Brasil, com caixinha de papelão e tudo mais.

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Tá começando a circular via email uma notícia que diz que a Copa de 2002 vai acontecer mesmo no Brasil. Parece que tem jornal grande (um americano e um italiano) fuçando naquele papo que o Brasil vendeu a copa passada pra garantir a próxima. O email diz que nos próximos meses a Fifa vai anunciar que as Coréias não têm condição de segurança de sediar um mundial e apontará o Brasil – porque o Mundial de interclubes acabou de acontecer por aqui – como próximo país-sede. O que explica porque depois deste mundial ainda tinha técnico da Fifa no Brasil, verificando os campos do Atlético Paranaense e do Bahia…

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Mas por que raios venderam a copa passada? Porque a França tava na maior merda de desemprego da história deles e o mundial levantou a moral dos caras. E porque a reeleição daquele camarada já havia sido garantida com o fim daquele lei que proíbe o uso da “máquina”. Brincadeira…

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Júpiter Maçã foi pra Inglaterra e deve voltar de lá com contrato assinado…

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Uma colega de trabalho de um amigo meu, do alto de sua ingenuidade, soltou a pérola sobre a nova música do Oasis: “Eu só ouvi essa música uma vez e já não suporto mais!”. Na mosca.

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Disco redescoberto da quinzena: Wild Honey, dos Beach Boys, 1967. Média perfeita entre Burt Bacharach e Stevie Wonder, num outro momento em que Brian Wilson e família chegam próximos da perfeição.

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Como diriam os Beastie Boys, os Doors, os Half Japanese, as Spice Girls, o Accept, Van Morrison, os Bar-Kays, Henry Rollins, Roy Ayers, Neil Diamond, os Buzzcocks e o Yello: “Do it”.