Sob o signo de Júpiter Maçã

Como neste sábado teremos Chama Festival, em vez de fazer o Inferninho Trabalho Sujo focado em bandas novas, essa sexta viu dois – ou melhor, três! – veteranos da cena independente celebrar um ícone deste mesmo cenário no palco do Picles. A noite começou com a dupla Tatá Aeroplano e Luiz Thunderbird visitando o repertório de Júpiter Maçã em versão acústica – Aeroplano assumia os vocais, que eram acompanhados pelo de Thunder, ele tocando o violão que transformou o Picles num imenso sarau lisérgico, quando os dois tocaram vários clássicos de diferentes fases da carreira de Flavio Basso e convidaram Lucas Hanke, que encerraria o palco daquela sexta em seguida para dividir “Síndrome de Pânico” e encerrar sua participação com a derretida “As Tortas e as Cucas”.

Júpiter também esteve pairando sobre o show que Lucas Hanke e seu Cromatismo de Sensações fizeram em seguida. Bebendo da mesma psicodelia sessentista que a fase clássica de Júpiter Maçã, a banda gaúcha vagava naquele espaço mental entre a Jovem Guarda, a Beatlemania, a Swinging London, a esquina das ruas Haight e Ashbury, a saudosa Funhouse e, por que não?, o Parque da Redenção. Guiado pela guitarra de seu líder, a banda é um raio fulminante de lisergia elétrica e encerrou a noite puxando duas músicas com Tatá e Thunder na formação: a mesma “As Tortas e as Cucas” que a dupla encerrara o show anterior e a inevitável “Lugar do Caralho”, música que bem representa a vibe do Picles, que ferveu depois quando eu e Fran assumimos a pistinha…

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Tatá Aeroplano e Luiz Thunderbird celebram Júpiter Maçã e Lucas Hanke e o Cromatismo de Sensações @ Picles (12.9)

Mais uma sexta-feira com Inferninho Trabalho Sujo no Picles! E às vésperas do Chama Festival teremos duas atrações veteranas para celebrar a importância da cena independente brasileira. A noite começa com o gaúcho Lucas Hanke e o Cromatismo de Sensações, que mescla o rock lisérgico com o indie pop deste século na sua estreia na festa, seguindo com a homenagem de dois ícones a um maior ainda, quando Tatá Aeroplano e Luiz Thunderbird se unem para celebrar o man Júpiter Maçã num tributo que já é histórico. Depois dos shows, que começam às 22h e vão até a meia-noite é a vez de retomar a pista do Picles ao lado da querida Francesca Ribeiro, fazendo todo mundo dançar até altas horas da madrugada. Os ingressos já estão à venda e quem chegar antes das 21h30 não paga pra entrar. Vamo que vai esquentar!

Dois anos de Inferninho Trabalho Sujo!

Picles lotado na comemoração de dois anos do Inferninho Trabalho Sujo em plena quarta-feira, graças ao showzão que Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo fizeram. O quarteto, que tocou na edição de inauguração da festa naquele mesmo palco dois anos atrás, passou músicas de seus dois discos em versão fulminante, aproveitando a melhor sensação proporcionada pela festa, quando público e banda se fundem num mesmo organismo – sempre em êxtase. E ainda tocaram música nova! Foi demais! E semana que vem trago novidades pois estou só começando o terceiro ano do Inferninho…

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Dois anos de Inferninho Trabalho Sujo com Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo @ Picles (9.7)

Parece que foi outro dia, mas fazem DOIS ANOS que comecei o Inferninho Trabalho Sujo para começar a acompanhar o trabalho das novas bandas que vêm surgindo no país após o período pandêmico e qual enorme satisfação em comemorar este aniversário com esta banda querida que acompanho desde que começou seus primeiros shows e que foi a primeira banda a tocar na primeira edição da festa. Por isso, é com imensa satisfação que anuncio que nosso aniversário acontece com o show da Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, banda que me inspirou a descobrir novos talentos de sua geração e que se tornou referência para as bandas que nasceram neste século. A festa acontece daqui a duas semanas, no dia 9 de julho, e como de praxe, discoteco com minha comadre Francesca Ribeiro, a quinta integrante da Enorme. Os ingressos já estão à venda, não dá mole e garante o seu agora – que a festa também abre as comemorações do sétimo aniversário do Picles! Vamo nessa!

Uma noite daquelas

Noitaça daquelas no Picles nessa sexta-feira, quando reuni em mais uma edição do Inferninho Trabalho Sujo duas bandas nada próximas pra mostrar que, mesmo tocando estilos musicais diferentes e estando em fases distintas de suas carreiras, estamos diante de uma safra invejável de novas bandas, que se conversam e se frequentam. Fazendo sua primeira apresentação em São Paulo, o quarteto Movimento Náufrago, de Santo André, faz parte daquela safra de artistas desta década que são igualmente influenciados por indie rock, música brasileira e rock clássico, com um elemento poético colocado em primeiro plano graças à excelente vocalista Jeini Cristina, que além das letras literárias também tem um carisma que entretém o público entre as canções. A guitarrista Mari Oliver traz os elementos rock tocando seu instrumento de forma enxuta, melódica e sem firulas, para que o novo baixista Askov (que também toca na Cianoceronte) e o baterista Matheus Rocha encorpem as canções de forma igualmente concisa e precisa. Entre as curtas músicas que apresentaram, mostraram uma que foi finalizada na tarde daquela sexta, tão bem recebida pelo público que foi tocada pela banda novamente no bis. Bem bom.

Depois foi a vez dos cariocas da Glote infestarem o Picles com uma bruma elétrica pesada, hipnotizando os presentes com o peso do shoegaze tocado com duas baterias. Soando como um cruzamento do Television com o Sonic Youth, o grupo, liderado pela dupla de guitarristas João Autuori e Alvaro Mendes (que também respondem como a banda Drogma, em uma encarnação paralela), é 100% cria do Escritório, escola de indie lo-fi inventada por Lê Almeida no Rio de Janeiro, que converge a estética indie e o modus operandi faça-você-mesmo para uma realidade periférica brasileira. E no Glote essa brasilidade está nas letras – tanto no jeito de cantar quanto nos assuntos -, que trazem essa brasilidade para o mar de noise e microfonia tenro e adocicado que formam seus arranjos, sempre pesados, nunca agressivos. Um sonho bom, em que canções de poucos minutos parecem durar horas de transe coletivo ao redor do som. Uma noitaça que terminou com a minha discotecagem ao lado da Fran, numa madrugada particularmente inspirada para os dois, mesmo ela tendo esquecido parte de suas músicas e de ela ter cutucado o meu passado mashup, que eu nem sabia como estava sentindo falta. Só começando…

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Movimento Náufrago e Glote @ Picles (23.5)

Sexta-feira tem mais @inferninhotrabalhosujo no Picles, quando reunimos duas bandas que nunca passaram pela festa. A noite começa com os cariocas do Glote e depois a bola é passada pro Movimento Naufrágo, apresentando nova formação. Depois dos shows, eu e Fran (aniversariante da semana ❤️) começamos a esquentar a pista pra mais uma noite daquelas. Os ingressos já estão à venda e quem segurar os seus antes pode entrar de graça até às 21h30. Se não chegar essa hora o preço é 20 reais. Se você não pegar antes, o ingresso custa 30 reais. Não dê mole que a noite vai ser quente! Garanta seu ingresso aqui/a>.

Catarse de um homem só!

Apesar da chuva, do frio e da quinta-feira, tivemos uma edição quente do Inferninho Trabalho Sujo no Picles com duas catarses lideradas por um homem só. A priimeira aconteceu na volta ensandecida de Monch Monch para o Brasil. Depois de uma temporada em Portugal, o frontman endiabrado Lucas Monch reuniu seu bando mais uma vez para tirar a poeira de músicas antigas e mostrar algumas novas que estarão em seu próximo disco, programado para sair ainda este semestre. O furacão elétrico de noise, rock e loucura contou com participações espontâneas, incluindo sax free jazz e gaita (esta tocada por ninguém menos que o tangolo mango Felipe Vaqueiro), e hits instantâneos como “Merda” e “Jeff Bezos Me Paga Um Pão de Queijo”. Como ele mesmo diz: “AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!”

Depois foi a vez de Jair Naves fazer sua estreia (!) no Picles e apesar do tom grave e sério que começou sua apresentação (tocando violão), logo logo o cantor e compositor entrou no clima da noite e se jogou pra cima do público, transformando seu show naquela missa catártica e elétrica que quem acompanha sua carreira bem conhece. O público cantava de cor suas letras densas e quilométricas enquanto ele aproveitou para comemorar a inusitada (atrasada e obviamente festejável) prisão de Fernando Collor, pedindo pra que ela abrisse caminho pra que seu xará também chegasse à cadeia. Uma noite e tanto!

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Jair Naves e Monch Monch @ Picles (24.4)

O próximo Inferninho Trabalho Sujo acontece numa quinta-feira, dia 24 de abril, no clássico Picles, quando reunimos dois bardos de gerações diferentes que se entregam para o público em catarses apoteóticas. Abrindo a noite temos o jovem Lucas Monch, que, depois de uma temporada em Portugal, reúne um monte de gente boa para colocar seu projeto solo pela segunda vez no palco do clássico sobrado de Pinheiros. Depois é a vez do mestre Jair Naves trazer suas baladas intensas e rock cru para adensar ainda mais a noite, que vira uma pista de dança logo em seguida, quando eu e a Fran entramos com os hits que transformam a noite em uma pista de dança interminaável. Oa ingressos já estão à venda – e se liga que agilizando essa compra até um dia antes da festa, dá pra deixar seu nome numa lista que permite a entrada de graça antes das 21h. Vamo nessa!

Psicodelia infernal

Guilherme Cobelo e Tagore fizeram uma noite quentíssima na edição desta sexta-feira no Inferninho Trabalho Sujo no Picles, quando trouxeram versões de uma psicodelia brasileira influenciada pela cultura do sertão, cada um à sua maneira. Cobelo trouxe seu Caubói Astral pela primeira vez para São Paulo, acompanhado do guitarrista Jota Dale, do baterista Dinho Lacerda e do baixista André de Sousa, e ainda cantou músicas inéditas, como minhas favoritas “Asa Soul” e “Conversando como Sábado”, esta última dividindo os vocais com sua irmã de Joe Silhueta, Gaivota Naves, que subiu no palco para abrilhantar ainda mais a noite.

Depois foi a vez de Tagore passear por seus discos e invocar a psicodelia nordestina, puxando Alceu Valença e Ave Sangria entre seus vários ídolos musicais em meio às músicas de seus discos clássicos como Movido a Vapor, Maya e o mais recente Barra de Jangada. Ele veio com uma banda azeitadíssima, que contava com seu fiel comparsa João Cavalcanti no baixo, o ás Arthur Dossa na guitarra, o baterista Arquétipo Rafa e o tecladista Gustavo Garoto, e ainda convocou o capixaba André Prando para a celebração de uma noite quente! Showzaço!

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Tagore (que convida André Prando) e Guilherme Cobelo (que convida Gaivota Naves) no Picles!

Essa sexta tá pegando fogo no Inferninho Trabalho Sujo, quando recebemos dois bardos da psicodelia brasileira de fora de São Paulo para o palco do Picles. A noite começa com Guilherme Cobelo mostrando seu disco Caubói Astral pela primeira vez na cidade, com a participação da incrível Gaivota Naves. E depois é a vez do mestre pernambucano Tagore trazer seu disco mais recente, Barra de Jangada, pra esquentar ainda mais a noite – e quem aparece no show dele é o capixaba André Prando. Depois dos shows é a vez de eu e a Fran nos encontrarmos mais uma vez para transformar a pista do Picles em nosso clubinho particular – e vocês sabem como ficam as coisas quando a gente põe as pessoas pra dancar! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, e a casa abre a partir das 20h – os shows começam às 21h30. Vamos?