Uma das pioneiras dos blogs no Brasil, Flávia Durante também acompanha a cena independente brasileira há décadas, trabalhando nos bastidores com diferentes artistas e aos poucos consolidando as bases para sua atual empreitada: o bazar Pop Plus, um dos primeiros a abordar a questão da moda plus-size e ampliar esta discussão para outras áreas. Conheço-a desde o século passado e foi um prazer ouvi-la contando sua trajetória e saber como ela vem repensando seu próprio negócio à luz desta quarentena que atravessamos.
O podcast que Flávia cita é o Profundamente Superficial.
Uma notícia pegou a todos de surpresa no final desta semana quando descobrimos que um dos faróis da boa música apagou-se com a morte de Aretha Franklin. Mito imbatível da soul music, ela ainda era relevante mesmo tendo passado dos 70 anos de vida (quem não lembra da versão de “Rolling in the Deep”, hit da Adele, que tocamos em nossas festas?) e sua despedida funcionou como combustível para celebrarmos seu legado dançando. Por isso, chamamos a doutora em psicologia musical Flávia Durante para nos acompanhar durante um tributo dançante à maior rainha da música cantada em inglês no auditório azul de nosso instituto de pesquisas localizado no centro da maior cidade da América do Sul. Antes e depois dela, os fundadores do laboratório de transformação de frequências sonoras em boas ondas cerebrais Alexandre Matias e Luiz Pattoli conduzem a noite sempre disparando altas doses de astral aberto. No outro lado do experimento, o laboratório preto começa sob a batuta do pesquisador Carlos Costa e depois segue com as descobertas da exploradora Vanessa Gusmão, dois veteranos dos sábados no centro da cidade que ajudam a esquentar essa noite fria de inverno. A entrada no recinto é voluntária mediante a apresentação do nome através do endereço de correio eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18h do do dia do evento.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 18 de agosto de 2018
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias e Luiz Pattoli (Noites Trabalho Sujo), Carlos Costa, Vanessa Gusmão e Flávia Durante fazendo um set em homenagem à deusa Aretha Franklin
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor), bem como os 30 primeiros a chegar na festa.
Hoje é o aniversário de David Bowie e além do lançamento de seu novo disco, também será celebrado o Baile do Bowie, organizado pela Flavia Durante, que acontece no Cine Joia. O nome deixa claras as intenções da festa – é um baile de carnaval pautado pelos personagens e canções do velho inglês. E além das músicas do deus do rock, a festa também vai tocar músicas relacionadas às diferentes fases de sua carreira. A Flavia descolou dois pares de ingressos para quem quiser ir ao Baile – basta responder aí nos comentários qual é a sua música favorita do David Bowie e por que ela tem que ser tocada na festa de hoje, não esqueça de deixar o email para que eu entre em contato. Conversei com ela sobre a ideia da festa e porque ela acontece no começo de 2016… Mais informações na página do evento no Facebook.
Conta a história do Baile de Bowie? Começou por causa do trocadilho, confessa.
Simmm, hahaha! Na verdade foi porque queria fazer uma festa que reunisse rock, maquiagem e fantasia. Como o universo rock anda muito conservador ultimamente, quis trazer a diversidade de volta unindo a montação das festas drag, a maquiagem e o rock. Os fãs e artistas de rock no Brasil encaretaram muito e esqueceram que a maioria de nossos ídolos na música é gay, lésbica ou bi. A ideia foi lembrar isso e também atrair o público LGBTQ que não quer dançar só pop e música eletrônica na noite. Muitos gostam de rock mas não se sentem confortáveis em ambientes onde possam ser encarados ou ofendidos pelos clientes ou pelos donos das casas noturnas. Fiz uma pequena edição ano passado no Alberta #3 mas dessa vez consegui essa data no Cine Joia bem no dia do aniversário do Bowie, o que vai deixar tudo mais legal ainda!
Como vai funcionar? Só David Bowie? Tem hora da música lenta? Vai ter banda? É por fases? Quem discoteca?
Vamos ter DJs fazendo especiais de Bowie e tocando suas influências, artistas influenciados por ele e artistas contemporâneos. Com a imensidão da obra do Bowie seria bem possível tocar só músicas dele a noite inteira mas vamos variar os sets, até pra quem ainda é iniciante no universo bowieano poder curtir bastante também. Vou abrir e encerrar a pista. Quem também vai discotecar tocar vai ser o Daniel MS, que é um super DJ e muito fã de Bowie, e o pessoal do Bloco Tô de Bowie, uma turma de amigos fanáticos por Bowie que estreiam neste Carnaval em São Paulo. Eles vão fazer um DJ set recheado de Bowie, claro, mas prometem surpresas! Vai rolar também uma performance do Ikaro Kadoshi, que é uma das melhores drags do Brasil. Ele faz um estilo andrógino, tudo a ver com o Bowie.
Pode/deve ir fantasiado? Melhor fantasia ganha premio?
A montação é muito bem vinda mas não é obrigatório! Mas pra incentivar, vamos sortear um par de ingressos pra qualquer show no Cine Joia em 2016, além de alguns exemplares do CD de Blackstar, lançado pela Sony.
Como você tem visto a transformação da noite de São Paulo nos últimos dez anos? Estamos em uma nova fase de ouro da música?
Sou uma eterna otimista, mesmo com quase 40 anos continuo me divertindo muito na noite de São Paulo. Gosto de transitar por diferentes estilos musicais tanto como público quanto como DJ e acho que há lugar para todos. Só não gosto quando surgem várias festas com os mesmos temas, acho que há muita música bacana pra gente se prender só em um só universo. Ou olhar só pros EUA e Reino Unido quando aqui ao lado, na América Latina, existem artistas maravilhosos. Não existe fase de música ruim, é questão de saber procurar direito as fontes.
E SP como um todo, como anda? Acha que a cidade melhorou?
Moro em SP há quase 20 anos e como sou de Santos, sentia muita falta de lugares abertos pra passear ao ar livre. Me sentia muito indo de uma caixa pra outra, da casa, pro trabalho e pra boate. Hoje em dia é difícil ficar em algum lugar fechado no final de semana com tantas opções de festas nas ruas, em terraços, feirinhas, parques e avenidas abertas, então melhorou muito nessa questão de sentir a cidade. Reparem que as pessoas que mais amam suas cidades, como Santos e Rio de Janeiro, são as que costumam explorá-la mais a céu aberto. Talvez o efeito disso só seja sentido daqui a alguns anos mas acho que vai ajudar a fazer com que sintam São Paulo como suas terras tambem, não só lugar de trabalhar, ganhar dinheiro ou de simples passagem.
Que noite! Dá pra sacar a vibe pelas fotos da Natália.
Prontos para mais um experimento psíquico-carnal no coração da melhor cidade da América do Sul? Em mais um exercício sobre impacto consensual de frequências sonoras selecionadas de forma específica para melhorar o temperamento de adultos bem resolvidos, abrimos nossa incubadora de boas vibrações para a aglomeração dos melhores sentimentos e sensações inebriantes em um ambiente hermeticamente isolado de tensões negativas externas. O centro de pesquisas Noites Trabalho Sujo desta vez é representado pelos doutores peritos em alto astral Alexandre Matias e Luiz Pattoli, que convidaram diferentes peritos na efervescênca de energia orgônica em diferentes apresentações que acontecerão a partir dos últimos minutos do dia 10 de outubro de 2015. São eles: a séria pesquisadora santista Flavia Durante para testar o impacto de sonoridades latino americanas e timbres femininos em pessoas despidas de preconceitos, a dupla de diletantes Karen Ercolin e Larissa Godoi que encontram-se pela primeira vez em uma redoma de corpos em movimento para testar diferentes fórmulas da fusão entre ritmos sintéticos e guitarras elétricas, o popular linguista Wilson Farina que conduzirá mais uma vez testes com candidatos para transformar um ambiente calmo à meia luz em uma profusão de sorrisos e requebros e a aula magna do doutor Rodrigo Gorky, que pertence ao instituto de aprofundamento hedonista Bonde do Rolê e ao acelerador de partículas sonoras Fatnotronic, em que mostrará como é possível aproximar suas duas áreas de estudo em uma celebração onde ninguém é de ninguém. O encontro acontece mais uma vez no enorme prédio-antena da Trackertower, próximo ao Largo do Payssandu, e há a exigência de confirmação de nomes para garantir a presença – esta pode ser feita através do endereço de correio eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18 horas do dia do experimento. Tenham juízo!
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 10 de outubro de 2015
No som: DJ Gorky, Flavia Durante, Luiz Pattoli, Alexandre Matias, Karen Ercolin, Larissa Godoi, Wilson Farina e… mais alguém?
A partir das 23h45
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com (os 100 primeiros pagam R$ 20 pra entrar)
E por falar em Legião, Flávia foi assistir ao Somos Tão Jovens, a cinebiografia do início da carreira de Renato Russo e do Legião Urbana, e, entre suas lembranças da banda, desenterrou o vídeo do único show da banda que ela assistiu na vida – por acaso, o último show que o grupo fez antes de Renato Russo morrer, em 1996. Abaixo, a íntegra da apresentação caótica do Legião em Santos, no Reggae Night, no dia 14 de janeiro de 1995:
Como curador de uma das datas que promete ser um dos melhores dias de 2012, sugiro no próximo domingo, por volta da hora do almoço, você já esteja a caminho do Parque da Independência para o 16° Cultura Inglesa Festival – porque a vinda do Franz Ferdinand para o Brasil promete! Além de coroar um dia que traz atrações tão diferentes e boas quanto a Banda Uó (tocando Smiths), os Garotas Suecas (tocando Stones), os Horrors e o We Have Band, o show que o grupo faz por aqui deve apresentar algumas músicas do disco novo, como as três que a Flávia pinçou nesse show no sábado, na cidade de Limerick, na Irlanda:
Franz Ferdinand – “WTICSFIFL? Midnight!”
Franz Ferdinand – “Trees & Animals”
Franz Ferdinand – “Sunday Morning”
Eles ainda homenagearam Donna Summer ao incluir “I Feel Love” no meio de “Can’t Stop Feeling”.
Esse show vai ser demais! Mas chegue cedo, porque quando o público chegar à capacidade máxima (20 mil), ninguém mais entra. E é de graça… Quem foi no ano passado sabe como foi foda. Sol com friozinho, evento de graça no parque, sem bebida alcóolica… Outro nível.
Uma noite memorável! Aproveito pra agradecer em público o auxílio luxuoso do Pattoli, da Flávia e das SRY que ajudaram a esquentar a madrugada fria do sábado para o domingo. Abaixo, algumas fotos de divulgação da festa, além do vídeo que foi ao ar ainda no domingo.
E hoje é dia de assistir a um filme ao ar livre, na maior tela de cinema do mundo, e depois se esbaldar na primeira incursão das Noites Trabalho Sujo para além das portas do Alberta. E para tocar na festa do Vivo Open Air de hoje chamei só gente fina – e que você já conhece bem se um dia se aventurou por alguma das minhas festa: Flávia Durante, Luiz Pattoli e as SRY (Giuliana Viscardi e Renata Chebel) me ajudam a incendiar a pista depois do filme Sete Dias com Marilyn, único título do festival que nunca foi exibido no Brasil. As coordenadas para a noite deste sábado podem ser encontradas no site oficial do evento. A noite promete!
Só quem foi na MADRUGADA DA PAIXÃO – também conhecida como a quinta edição da melhor festa de São Paulo, a ANALÓGICODIGITAL – tem noção do que foram aquelas horas. Ou não… Olha as fotos do Leandro Furini aí embaixo: