As Noites Trabalho Sujo encerram o dia de hoje do festival Circadélica, em Sorocaba, que ainda tem FingerFingerr, Herod, Her, The Shorts e Boss in Drama. Começamos a tocar às 23h e depois retomamos à uma da madrugada até o final… E quem divide os CDJs conosco é a DJ local Gi Rossi, vai ser demais! Mais informações aqui.
Mais uma novidade da minha curadoria de música no Centro Cultural São Paulo: o minifestival Invasão Brasileira SXSW 2017, que acontece neste fim de semana e conta com shows dos Autoramas, Max de Castro, FingerFingerrr, Capela, Lista de Lily, Maglore e Liniker e os Caramelows, as sete bandas que irão representar o Brasil na edição deste ano do SXSW. Além dos shows, haverá duas atrações gratuitas: um debate sobre a importância do festival para bandas brasileiras no sábado (com o Ricardo Rodrigues, que cuida da carreira da Liniker; a Amanda Souza, que trabalha com o Maglore e o Leandro Ribeiro da Silva, da BM&A) e um papo com o Gabriel Thomaz, dos Autoramas, sobre mitos e verdades sobre tocar fora do Brasil, em que faço a mediação, no domingo. Os dois debates acontecem a partir das 14h – mais informações sobre o evento aqui.
O Trabalho Sujo foi convidado pela Budweiser para participar de uma das edições de seu Budweiser Basement, instalado na Barra Funda, em São Paulo, que recebe novas atrações diariamente. A edição Trabalho Sujo do Budweiser Basement acontece nesta quinta-feira, dia 16 de fevereiro, a partir das 20h e trará shows das bandas Garotas Suecas e FingerFingerrr, apresentação do cantor e compositor André Whoong e discotecagem Noites Trabalho Sujo – e o melhor, de graça. Para assistir aos shows, basta inscrever-se neste link para garantir sua presença no Budweiser Basement.
Depois de alguns eventos mensais desfalcados, a equipe de aquecimento mental e aceleração de neurônios em condições ideais de temperatura e pressão do centro de pesquisa Noites Trabalho Sujo estará completa pela primeira vez neste semestre em mais um simpósio de suspensão de boas vibrações a partir da exposição de frequências sonoras. O intelectual orgânico Alexandre Matias, capitão do experimento, volta de uma temporada na estrada que teve passagens por Los Angeles, Brasília e Natal, em busca das filigranas do alto astral em movimento. O cético físico holístico Luiz Pattoli teve encontros com outras dimensões e ainda segue sobre o transe do impacto da recém-paternidade na glândula pineal. E o transnavegador Danilo Cabral acaba de voltar de uma passagem pela América do Norte que incluiu uma estada em Nova York e um ciclo de renovação espiritual em Austin. Os três reúnem-se para uma madrugada de celebração que antecipa uma série de novidades a partir da próxima edição do encontro. E na pista preta, o experimento do sábado cogita a possibilidades de grupos autores musicais passearem pelo controle de canções alheias. São duas duplas que tomam conta do auditório preto do nosso prédio-laboratório: Emmily Barreto e Cris Botarelli respondem pelo instituto de fricção elétrica potiguar Far from Alaska e a dupla Ricardo Cifas e Flávio Juliano são responsáveis pela colisão pós-punk FingerFingerrr – e as duas duplas prometem voos para regiões diferentes do hipocampo dos presentes. O evento começa pontualmente às 23h45 do dia 15 de outubro de 2016 e a presença só é garantida ao enviar o nome dos convidados para o correio eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18h do dia do evento. Abaixo, uma amostra do que nos espera neste encontro:
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 15 de outubro de 2016
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), Emmily Barreto e Cris Botarelli (Far from Alaska) e Ricardo Cifas e Flávio Juliano (FingerFingerrr)
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. E chegue cedo – os 100 que chegarem primeiro na Trackers pagam R$ 20 pra entrar.
A dupla paulistana FingerFingerrr está prestes a deixar o status de promessa com seu primeiro álbum, Mar, que será lançado no mês que vem. Produzido pelo Fernando Sanches do Estúdio El Rocha, o disco foi gravado em fita para que o barulho maximalista de Flavio Juliano (que se reveza entre o baixo e a guitarra) e Ricardo Cifas (tecladista e baterista) pudesse preencher todo o espectro sonoro: “O que queríamos desde o começo era gravar o álbum em rolo, que tem uma característica específica de som: é mais quente e tem uma captação de harmônico maior do que gravar de forma digital. Sendo um duo, a gente quer preencher o máximo de espaço auditivo possível”, me explica Flavio. “E também sabíamos que teríamos que gravar tudo ao vivo porque esta fita te dá apenas 30 minutos – exatamente nossa intenção de capturar o momento, o famoso ‘primeiro take’, o que e revela no estúdio um pouco da energia do nosso show. Então reservamos uma semana de estúdio em setembro de 2015 e gravamos. Foi um processo incrível trabalhar lá, nos isolar do mundo pra deixar a criatividade e técnica fluir e focar somente na gravação.”
O resultado é um disco bilíngue pesado e pulsante (com alguns momentos de leveza) e um ar quase alienígena, principalmente por conta dos timbres e da dinâmica entre os riffs e o ritmo. “Mar tem desde músicas que tocamos há algum tempo, como ‘Quem te Convidou?’ até ‘Embora Agora’ que compusemos no estúdio durante a gravação”, explica Cifas. “Trabalhamos muito na pré-produção e mexemos em todo o nosso material. Todos os ensaios e jams que tínhamos registrado foram ouvidos para fechar as músicas e os arranjos. Mas também queríamos uma música do disco totalmente espontânea e feita na hora.” A música “X”, que a dupla antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo (bem como a capa acima, de Daniela Ometto, que também fez a foto da dupla), é uma boa amostra do que esperar do disco. Ela conta com a participação da cantora Luiza Lian.
O disco foi mixado por Mario Caldato (“quando recebemos a resposta no e-mail elogiando o som e perguntando ‘qual seu orçamento e prazo?’, a gente sabia que a porta tinha sido aberta para trabalhar com um ídolo”, lembra Flavio, sobre o contato com o produtor brasileiro dos Beastie Boys) e sai tanto em CD quanto em todas as plataformas digitais no mês que vem. “Em algum momento sai a fita K7 em edição especial, com tiragem limitada e temos planos de lançar também em vinil”, conta Flavio. “Estamos também fechando a ideia e local do show de lançamento – vai ser em um lugar inédito para esse tipo de coisa. Vai ser um show totalmente novo do que temos feito. Estamos repensando todos os detalhes.”