Não vai acabar hoje, mal aê.
Rola o papo que toda essa onda de calendário maia e 21 de dezembro de 2012 não é a data do Juízo Final e sim do fim de um ciclo para o início de outro. Já ouvimos essa história desde que descobrimos, lá nos anos 60, que estávamos às vésperas da Era de Aquário e a chegada do terceiro milênio – com todas suas paranóias ao redor dos anos 1999, 2000, 2001 e 2010 – acelerou essa sensação de que ou estamos fazendo hora-extra no mundo ou estamos prestes à presenciar uma mudança drástica na consciência coletiva da humanidade. Fico pensando se não é simplesmente uma questão numérica e depois de séculos e séculos defendendo suas propriedades e sobrevivência com unhas e dentes, imagine se, a partir de hoje, o número de pessoas na Terra mais dispostas a compartilhar (não só no Facebook) começar a ser maior do que o número de pessoas ferranhas em não abrir mão do que é seu. Se a balança virar mesmo para um lado mais generoso e menos egoísta, o que nos pode acontecer enquanto espécie?
Um amigo meu lamentava ontem à noite, quando toquei com a Fer na festa de véspera do fim do mundo do Neu! (valeu pelo convite, Dago), como, de todas as gerações da humanidade, éramos a mais azarada por estar viva justamente quando tudo acaba. Pra mim, é o oposto – somos a mais sortuda por estarmos vivos justamente quando tudo começa.
Bom começo, portanto!
Se acabar assim vai ser barra…