Eis a capa do primeiro trabalho solo de dois vocalistas de duas das novas bandas mais importantes desta década, em primeira mão para o Trabalho Sujo. O compacto que reúne as faixas “Nova Era” e “Ohayo Saravá” lança as carreiras solo de Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro transformando-os em uma dupla, que está junta desde a turnê que fizeram juntos com suas respectivas bandas, Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo e Tangolo Mangos. “Eu gosto muito das composições dele e sempre quis fazer alguma coisa junto”, me explica Sophia por áudio de WhatsApp, comemorando o lançamento o compacto, que será lançado na próxima quinta, numa parceria do selo Risco com o selo português Cuca Monga. “Foi muito gratificante porque além de eu ser muito fã das composições dele, fiquei muito fissurada no jeito que ele toca violão”. Os dois já vinham tocando as duas músicas nos shows que fizeram juntos no ano passado ou separadamente – Sophia tocando “Nova Era” em seus shows solo e Vaqueiro tocando “Ohayo Saravá” com sua banda, mas o resultado em disco fica longe das versões ao vivo, por conta da produção e dos músicos que entraram na dança. Os dois produziram o single ao lado do capo do selo Risco Gui Jesus e contaram apenas com Marcelo Cabral e Biel Basile tocando baixo e bateria, em ambos casos abrindo novas dimensões para as duas canções – “Ohayo” especificamente deixou de ser um rock frenético para assumir um instigante e improvável ar jazz. E a brincadeira não para nessa música, como Sophia reforça: “Esse é o começo de um novo projeto, de uma nova organização, de se pensar música e fazer música”.
Depois corri pro Bona pra conseguir assistir à Sophia Chablau ao lado de seu novo chapa, o baiano Felipe Vaqueiro, vocalista dos Tangolo Mangos, em apresentação apenas com vozes e guitarras. Ela abriu a noite sozinha, cantando músicas próprias como “Hello” e “Baby Míssil”, além de músicas novas, como “Venha Comigo”, recém-gravada por Dora Morelenbaum, antes de chamar Vaqueiro para o palco, quando os dois dividiram algumas músicas, como “Quem Vai Apagar a Luz?” e “Grilos” de Erasmo Carlos. Depois foi a vez do guitarrista ficar sozinho no palco, quando visitou algumas músicas próprias, entre inéditas e algumas de sua sua banda, como “Hipóteses, Telhas, Pandas, Ovelhas”, e depois chamou Sophia de volta para repassarem mais músicas, entre elas a primeira composição dos dois, mostrando que a química entre os dois pode evoluir para além destas apresentações ao vivo. A noite terminou com os dois tocando músicas de seus respectivos grupos, começando por “Segredo” e terminando com a bela “Pocas”. Muito astral.
Yann Dardenne, Otto Dardenne, Thales Castanheira e Martin Simonovich ainda não sabem se sua atual banda é formada só pelos quatro ou se terá mais integrantes nem sequer qual é o nome deste novo projeto, mas usando o epíteto Protoloops – e contando com uma ajudinha dos amigos – colocaram em pé uma transformação musical que vêm acalentando desde antes da pandemia, quando começaram a desconstruir o projeto anterior que tinham – a banda psicodélica Goldenloki – em algo que soasse brasileiro, eletrônico e dançante, mas sem perder o gostinho lisérgico que é característico de quando tocam juntos. E assim apresentaram o espetáculo inédito Protoloops nesta terça-feira no Centro da Terra, mostrando poucas faixas já fechadas, que flertam com a bossa nova internacionalista de Sergio Mendes e Marcos Valle, com os experimentos político-eletrônicos do Stereolab e uma dance music de fim de século que abraça tanto a lounge music como o drum’n’bass. E a partir dessa vibe boa, reuniram outros amigos – como o videoartista Danilêra, que trouxe TVs e mais TVs para o palco do teatro, trazendo um clima retrô VHS para a noite, a dupla ténica Retrato (Beeau Gomez no som e Ana Zumpano na luz), as vozes de NIna Maia e Marina Reis, o violão de Felipe Vaqueiro e os synths Valentim Frateschi, todos comparsas de vida e com links diretos com seu próprio selo, o Selóki Records, enquanto revezavam-se entre instrumentos elétricos, acústicos e eletrônicos, forjando uma nova sonoridade à medida em se sentiam mais à vontade no palco. Uma noite astral.
Maior satisfação ao realizar, nesta terça-feira, o primeiro passo de uma nova jornada, ainda sem nome definido. O espetáculo Protoloops é o primeiro passo de uma nova fase dos músicos que antes faziam parte da Goldenloki, que desfez-se antes da pandemia e agora ressurge em nova formação. Otto Dardenne, Yann Dardenne e Thales Castanheira reuniram-se a Martin Simonovich para criar este novo projeto, que em sua primeira aparição pública contará com várias participações especiais, como as cantoras Nina Maia e Marina Reis (da banda Pluma), Felipe Vaqueiro e Valentim Frateschi, além de ter projeções feitas pelo Danilera e a dupla Retrato (Beeau Gomez e Ana Zumpano) cuidando da parte técnica de luz e som. A noite promete! O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.
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O líder do Tangolo Mangos mostrou nessa primeira segunda-feira de abril no Centro da Terra a promissora carreira solo que tem pela frente. Ao desbravar desfiladeiros musicais bem diferentes do rock de sua banda, Felipe Vaqueiro mostrou que, mais que exímio músico e compositor, mistura essas duas qualidades em uma só, fazendo seu instrumento soar como continuação de sua voz e vice-versa (me sopraram Moraes Moreira depois da apresentação, tem muito a ver). E por mais que sua apresentação tenha contado com ótimas participações ao chamar Sophia Chablau e o percussionista de sua banda, Bruno “Neca” Fechine, para dividir o palco, foram nos momentos solitários no palco que Vaqueiro mais brilhou, mostrando o completo domínio de suas canções que ao mesmo tempo esbarram no seu jeito extrovertido e atrapalhado ao conversar com o público, tornando a noite ainda mais leve. Vai longe!
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Imensa satisfação em começar a safra de apresentações do Centro da Terra em abril deste ano com o espetáculo Dando Nome Aos Bois, idealizado por Felipe Vaqueiro, vocalista e guitarrista da banda baiana Tangolo Mangos, em que ele começa a mostrar formalmente o início de sua carreira solo, trazendo à tona canções que diferem das que apresenta com seu conjunto. A apresentação acontece no formato voz e violão, mas Felipe convida tanto o percussionista de seu grupo Bruno Fechine (que tocará pandeiro) quanto a vocalista Sophia Chablau para participarem desta noite. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda neste link.
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Março chegando ao fim, é hora de anunciar as atrações de música do Centro da Terra em abril. Como o mês tem cinco segundas-feiras, começamos no dia primeiro com uma segunda sem temporada, deixando a abertura do mês para a primeira apresentação solo do baiano Felipe Vaqueiro, líder da banda Tangolo Mangos. Sozinho com seu violão, ele recebe convidados como Bruno Fechine e Sophia Chablau para dar início aos trabalhos no espetáculo Dando Nome aos Bois. No dia seguinte, dia 2, é a vez do quinteto de jazz e música brasileira Orfeu Menino começar sua mutação no espetáculo Orfeutanásia – Presságios da Metamorfose, quando misturam músicas alheias e autorais com sua verve de improviso, finalmente incorporada à apresentação. A partir do dia 8, segunda segunda-feira do mês, o trio Rodrigo Campos, Rômulo Fróes e Thiago França misturam trabalhos na temporada 3 na Ribanceira, trazendo convidados e obras diferentes a cada segunda, recebendo velhos conhecidos para apontar para novos rumos. Na segunda terça do mês, dia 9, é a vez do grupo Música de Selvagem apresentar-se mais uma vez no Centro da Terra, abrindo o processo ao redor do disco que criaram durante a pandemia pela primeira vez, reunindo-se ao trompetista Rômulo Alexis e à vocalista Inês Terra. No dia 16, quem sobe no palco central do Sumaré é a querida Juliana Perdigão, em que convida Chicão, Boi, Barulhista e Filipe Franco para um jogo de perguntas sem respostas chamado Fraga? Quem vem dia 23 é o gaúcho Pedro Pastoriz, que encerra o ciclo de seu disco mais recente, Pingue-Pongue com o Abismo, no espetáculo Replay, em que recebe vários convidados, que participaram do disco ou não. E fechamos o mês com a cearense Soledad apresentando o espetáculo Desterros, em que disseca as canções do grupo conhecido como Pessoal do Ceará, um dos grandes segredos da nossa música popular. As apresentações começam pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda neste link.
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