O Êxodo de Ridley Scott

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Ridley Scott vai ampliando seus delírios épicos cada vez mais – a novidade de 2014 é o grandioso Exodus – Gods and Kings (será que vão traduzir como Êxodo ou vão deixar o título no original?). É a velha história do profeta Moisés, desta vez vivido por Christian Bale, transformada numa história de resistência, luta e gritos de guerras, como podemos ver no trailer que acabou de ser lançado:

Não tenho nenhuma dúvida de que o nível de breguice de Gladiador, do mesmo diretor, será ultrapassado com louvor, atingindo níveis de vergonha alheia que o trailer parece antecipar – à exceção da cena das tábuas dos dez mandamentos, que só deve aparecer no filme (será que Ridley Scott filmou o encontro de Moisés com Deus?). Mas há outro subtexto nessa produção – ao contrário dos filmes recentes de Scott, que celebram a Pax Americana dos anos Bush, este filme pode ter leituras diferentes no Oriente Médio, em todos os países árabes e na Ásia Central. Esse sim vai ser o impacto desse filme: político, não estético.