Elma no Prata da Casa 2012

E por falar em Prata da Casa, fiz uns vídeos do show do Elma, há duas semanas, no Sesc Pompéia. Pesado, sente só:

 

Hoje no Prata da Casa: Elma

Hoje é dia de música pesada no Prata da Casa, que recebe o Elma, que está às vésperas de lançar seu primeiro disco. Abaixo, o texto que escrevi sobre eles para o projeto:

O Elma é uma banda de metal. Mas esqueça todos os estereótipos do gênero: os cabelos compridos, as camisetas pretas, as munhequeiras com tachinhas, o gesto corna (punho fechado com mindinho e indicadores erguidos), as línguas de fora, o pé no retorno e a língua de fora. Estamos falando apenas da sonoridade pura e simples do gênero quarentão, reduzida ao ruído básico e primal da genealogia que começa no Black Sabbath e atinge a maturidade no Metallica, mas atravessada pelo ruído do underground norte-americano da virada dos anos 1980 para os 1990, que une bandas do calibre de Fugazi, Sonic Youth, Melvins, Big Black, Black Flag, Jesus Lizard e Helmet. E sem falar uma palavra: essencialmente instrumental, o quarteto paulistano-uberabense atravessa paredes de ruído e microfonia em riffs colossais, sempre amparados por uma cozinha industrial, precisa e eficaz. Com quase dez anos de estrada, o grupo finalmente lançará seu primeiro álbum em 2012, tanto em vinil quanto no formato digital.

Elma x Mombojó


O longo desabafo de Bernardo, do Elma, no Facebook (dá para ler aqui, se você ainda não tá no Feice) parecia apenas um ataque em câmera lenta aos “meninos” do Mombojó – que sentindo-se atacados, logo se defenderam (na linha “não fui eu, foi meu eu lírico”, como comentou o Hominis Canidae), mas revela uma série de fragilidades na base da cena independente brasileira, que ainda adula artistas e os trata como “seres especiais”, quando ter banda deveria ser um trabalho como qualquer outro. Vilanizar o Mombojó é fácil (e não tou nem falando do Elma, que, acho, tá com todo direito de ficar puto com a banda mas da repercussão que isso vem tomando), o buraco é bem mais embaixo…