Tô de olho no Eiras e Beiras há um tempo e chamei o septeto paulistano para reinventar seu próprio show em uma apresentação no Centro da Terra. Em Dixculpa, Tava Dixtraída – título de uma das músicas de seu primeiro e homônimo EP, o grupo formado por Alice Rocha e Nina Maia (vocais), Rafael Zammataro (baixo), Thalin Tavares (percussão), Vitor Park (bateria), Felipe “Enow” Serson (guitarra), e Edu Barco (teclado) viajam entre a nostalgia da MPB pós-tropicalista dos anos 70 com referências do pop moderno e do indie rock. Os ingressos já estão à venda neste link e o espetáculo começa pontualmente às 20h.
Vamos começar mais uma viagem por universos diferentes da música brasileira, quando outubro chegar para dar início a uma nova fase de nossas vidas. A primeira segunda do mês (que tem cinco segundas-feiras) ainda faz parte da temporada do selo Matraca, quando Lau e Eu encerra a leva de apresentações Tempo Presente, e a partir da outra segunda, dia 10, começamos a temporada em que Fernando Catatau convida compadres e comadres para shows únicos a partir de encontros inéditos – sua temporada, batizada apenas de Frita, conta com quatro noites que prometem ser históricas: na primeira, dia 10, ele recebe Kiko Dinucci; na outra, dia 17, é a vez de Juçara Marçal; no dia 24, ele convidou Anna Vis para dividir o palco, e na última, dia 31, é vez de ele receber Yma e Edson Van Gogh, guitarrista dos Garotos Solventes que acompanham de Jonnata Doll. Como se isso fosse pouco, a primeira terça do mês, dia 4, é com a banda Corte, liderada por Alzira E, que fez uma apresentação especial para o teatro a partir do documentário Aquilo Que Nunca Perdi, que Marina Thomé fez sobre sua história – e quem for ao show na terça pode assistir ao documentário de graça na quarta-feira, dia 5, no próprio Centro da Terra. No dia 11 de outubro é a vez da baiana Paula Cavalcante mostrar seu projeto acústico Corpo Expandido pela primeira vez em São Paulo ao mesmo tempo em que prepara o lançamento de seu primeiro álbum. No dia 18 de outubro recebemos, diretamente de Portugal, o carioca Ricardo Dias Gomes, integrante da banda Do Amor, que chega à cidade para apresentar um espetáculo solo motivado pelo momento em que o Brasil está atravessando, e no final do mês, dia 25, é a vez da irresistível banda Eiras e Beiras mostrar todo seu encanto no pequeno palco do Sumaré. Noites mágicas para inaugurar uma nova fase – garanta seus ingressos antecipadamente neste link.
De um lado os anos 70 do Quarteto em Cy e Edu Lobo, do outro um indie noise shoegaze que vasculha a mesma doçura da musicalidade brasileira, mas em outra frequência. Esse é o universo encerrado no disco Eiras, primeiro EP do sexteto Eiras e Beiras, que chega nesta sexta-feira às plataformas digitais e pode ser ouvido em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “Nossas intenções são simples, fazer música brasileira juntos, criar e viajar nas ideias do que é possível fazer nesse universo gigante”. resume a vocalista Alice Rocha, que canta ao lado de Nina Maia com a banda que ainda é formada por Vitor Park (que também toca na Besouro Mulher) na bateria, Zamma no baixo, Edu Barco no teclado, Thalin Tavares na percussão e Felipe “Enow” Serson na guitarra (estes últimos também atendem como a banda Dupla 02). “Somos amigos e estamos juntos desde 2018, época do colégio da maioria da banda, então o lançamento do EP pra gente representa um amadurecimento como amigos e pessoas, mas também como artistas e músicos.” O grupo lança seu disco em um show nesta quinta-feira, no Fffront (Rua Purpurina, 199), a partir das 20h.