O ilustrador japonês Takumi recriou todo o quarto filme da série Mad Max como se fosse uma história contada nas paredes do Egito Antigo.
Sempre eles…
Uns russos esperaram a noite chegar e driblaram a segurança nas pirâmides egípcias para escalá-las e tirar umas fotos incríveis lá de cima. Saca só aí embaixo:
O documentário chama-se 1/2 Revolution, mas a tagline que batiza o post quem mandou foi o Bruno.
O novo alvo do grupo de hackers Anonymous é a Irmandade Muçulmana que, segundo o grupo, “está esperando tomar o poder no Egito para tornar uma nova revolução impossível”, comparando o grupo com a Igreja da Cientologia e frisando a separação entre a Irmandade Muçulmana e o islamismo. Segue a íntegra do anúncio, em inglês, que agenda o ataque para a próxima sexta-feira:
Citizens of the World,
We are Anonymous.
Ever since its revolution that shook the world, Egypt has had its fate undecided. Predators who seek to control are waiting to strike at the right moment. They are waiting to take over the country and make it so that another revolution is impossible. We cannot allow this.
The Muslim Brotherhood has become a threat to the revolution Egyptians had fought for, some with their lives. They seek to destroy the sovereignty of the people of Egypt as well as other nations including the United States.
We will not allow this to happen.
The Muslim Brotherhood is a threat that must be dealt with.
This is not a threat towards the religion of Islam. The Muslim Brotherhood, as well as terrorist organizations affiliating with the religion, defiled and destroyed the very essence of what the religion preaches. Therefore, the Muslim Brotherhood does not represent the true ideas of Islam. In our collective, many of us are Muslim, yet we fight against the corruption in society and the injustice that comes with it.
Infused with its blatant, corrupt ways, the Brotherhood is now a threat to the people.
Therefore, Anonymous has decided to destroy the Muslim Brotherhood. We shall proceed to dismantle any form of its organization from the Internet. Nothing will stop us. We will show no mercy.
Operation Brotherhood Takedown, engaged.
We are Anonymous.
We are Legion.
We do not Forgive.
We do not Forget.
Expect Us.
Vi no Examiner. Não custa lembrar que, na semana passada, o braço mexicano do Anonymous ameaçou entregar os nomes dos envolvidos no tráfico de drogas local, mas voltou atrás pouco depois…
Não custa lembrar também que até há pouco mais de um ano sequer sabíamos da existência do Anonymous. Aliás, há pouco mais de um ano estávamos começando a nos acostumar a ouvir falar num certo Julian Assange…
Minha coluna de domingo no Caderno 2 foi sobre esses novos movimentos populares que buscam reinventar a política atual.
É só o começo
Um novo conceito de política
Ativismo digital não é mais novidade. Usar a internet para conectar pessoas, divulgar causas e reunir multidões é algo que teve início ainda nos anos 90, quando o Subcomandante Marcos, do Exército Zapatista de Libertação Nacional, usava a internet para espalhar o drama dos índios no sul do México. Ou quando uma multidão se reuniu em Seattle, em novembro de 1999, para protestar contra encontros de cúpula da Organização Mundial do Trabalho. Mas a internet e as mídias digitais só começaram a se popularizar de verdade no início da década passada, por isso esse tipo de organização política ainda estava restrito a militantes mais engajados.
Mas a internet deixou de ser uma rede de geeks. Celulares se tornaram o principal meio de comunicação do planeta. Além de fotografar e filmar, ainda se conectam à web para divulgar o que foi registrado onde for.
Foi assim que vimos uma série de novos movimentos utilizarem redes sociais e comunicação móvel para furar bloqueios governamentais e sair às ruas. Essa nova organização política – popular, digital e sem lideranças – cresceu principalmente em 2011, quando vimos esse tipo de movimento ganhar as ruas dos países árabes, ir à Europa (primeiro na Espanha, depois em Londres) e finalmente chegar aos Estados Unidos, onde um grupo de ativistas resolveu seguir o exemplo de árabes e europeus e acampar, sem prazo para ir embora, no centro financeiro de Manhattan.
As críticas que fazem ao movimento Occupy Wall Street são as mesmas que fizeram sobre as manifestações no Egito, na Tunísia, na Síria, na Espanha e na Europa. De que são apenas jovens desempregados, que não têm causa definida, nem reivindicação clara ou outra solução para o problema que apontam. Mas a indignação já deixou de ser localizada em determinada cidade e ontem, dia 15 de outubro (ou 15O, como escolheram codificar), vários manifestantes em dezenas de cidades do planeta saíram às ruas para protestar contra corporações e governos.
O que está acontecendo, na verdade, é o despertar de uma consciência global. Quando os meios impressos surgiram, foi o alcance de sua distribuição que determinou as fronteiras dos países para, num segundo momento, consolidá-los como nações, um conceito que não tem nem 500 anos de existência. Foi a partir disso que a política moderna, a de representação, surgiu. Mas à medida que o século 20 foi despertando a consciência de que todos somos parte de um mesmo planeta (graças à iminência de uma guerra nuclear e pela ecologia), aos poucos vem caindo a ficha de que a política de séculos passados se esgotou. E o que estamos vendo, nessas manifestações populares, é o clamor por um novo tipo de política. É só o começo.
Sim, o melhor seriado atual (em julho de 2011, perceba que estamos no hiato entre as duas temporadas de Fringe) é um programa do History Channel. E Ancient Aliens é só aquilo que aparenta ser: um monte de pseudocientistas, a maioria filhote do Erich von Däniken (autor de Eram os Deuses Astronautas?, também onipresente no documentário), questionando verdades históricas para mexer em velhas perguntas, que linkam Stonehenge aos maias, máquinas voadoras indianas e os tapetes voadores do Oriente Médio, alienígenas, Ilha da Páscoa, Antártida, Atlântida, siderúrgicas portáteis na Bolívia, pirâmides espalhadas pelo mundo, anjos, OVNIs e esse monte de mistério que sempre atiça a curiosidade.
O bom é que a série (cujos episódios têm uma hora e meia) funciona como se tivesse sendo produzida por Fox Mulder – e por mais que costure diferentes aspectos, épocas, ciências e culturas, quase sempre volta para o raciocínio central: de que a civilização moderna é só mais uma das civilizações humanas altamente avançadas tecnologicamente que já habitaram esse planeta e de que sempre contamos como uma mãozinha dos nossos amigos extraterrestres pra chegarmos lá.
Independentemente de ser crível ou não, o ruim desse tipo de teoria é que ele sempre menospreza a capacidade humana, que é sempre vista como júnior demais para conceber projetos arquitetônicos e mecanismos tecnológicos complexos demais em outro momento da história que não fosse depois da revolução industrial.
Mas, por outro lado, eu sempre curto aquela piração do Timothy Leary, que ele diz que todo tipo de aparição que vemos e não conseguimos compreender (espíritos, ETs, assombrações, santos, aliens, anjos, fantasmas) são, na verdade, manifestações de nós mesmos, no futuro, querendo entrar em contato com nós mesmos, no passado. Assim, toda a tecnologia humana teria sido avançada graças ao envolvimento dos próprio humanos do futuro na rotina de seu passado – um clichê em loop, uma fita de Möbius narrativa clássica da ficção científica.
Uma camiseta fodaça com estampa do Aled Lewis.