Projeto formado pelos capos da Easytiiger – André Sakr, Guto Nunes e André Palugan – o quarteto Sue, liderado pela vocalista Suellen, começa os trabalhos de 2016 para o selo com o single “Carnaval”.
As operações do primeiro encontro Noites Trabalho Sujo de 2016 começam celebrando o novo giro ao redor do sol do cientista-fundador do evento, o pesquisador sênior Alexandre Matias, que reuniu um time de pós-acadêmicos catedráticos para por em prática experiências realizadas entre frequências sonoras e o comportamento humano. Como sempre, ele conduz seus experimento ao lado dos doutorados Luiz Pattoli e Danilo Cabral, que expõem os presentes a graves distorcidos e frequências expansoras de consciências. Antes desta apresentação, haverá uma exibição das graduandas Karen Ercolin e Priscilla de Castro, que aquecem os presentes com execuções de testes recentes. No outro lado do complexo de pesquisas Trackertower, localizado na altura calculada do centro histórico da maior cidade do continente sulamericano, os pesquisadores do instituto Easytiiger Records, ativam ondas sonoras rumo ao psicoentrosamento coletivo, contando com as engrenagens sônicas dos doutores Guto Nunes e André Palugan, que demonstram o experimento Sam y Mayo, do revertor de psicoses Carlos Costa e o cientista de campo André Sakr, recém-chegado de uma série de apresentações nos Estados Unidos da América do Norte. Na área comum das instalações, o pesquisador lisérgico Ricardo Spencer exibirá uma pesquisa sobre a interrelação entre os registros feitos em discos de vinil e como diferentes áreas do cérebro podem ser ativadas a partir de sequências específicas de ondas sonoras. Durante a madrugada será realizado pontualmente um experimento único de sicronização nesta apresentação, quando tentaremos uma invocação espiritual de um velho cientista. A participação no experimento requer a confirmação anterior por correio eletrônico através da endereço noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18h da data da realização, que acontece às 23h45 do dia 16 de janeiro de 2016. Contamos com sua presença, consciência e compreensão.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
A primeira de 2016!
Sábado, 16 de janeiro de 2016
No som: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), André Sakr, Carlos Costa, Sam y Mayo (Easytiiger Records), Ricardo Spencer, Karen Ercolin e Priscilla de Castro.
A partir das 23h45
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com (e chegue cedo – os 100 que chegarem primeiro na Trackers pagam R$ 20 pra entrar)
Em uma das Noites Trabalho Sujo do ano passado, um trio apavorou a pista preta ao misturar dance music e indie rock na mesma pegada – a dupla Sam y Mayo e o produtor Carlos Costa debulharam metade da Trackers dando um aperitivo de um novo selo paulistano, o Easytiiger Records. Fundado pela dupla Sam y Mayo – Guto Nunes e André Palugan, que também são dois terços da festa em vinil Puro Sulco -, o selo também conta com o produtor curitibano André Sakr (ex-E.S.S.) no comando e começam os trabalhos em 2016 fazendo sua primeira festa em São Paulo, a Fábrica, que acontece neste sábado, nos Jardins, em São Paulo (mais informações na página do evento no Facebook).
“Essa é a primeira festa do selo, mas não somente com a galera do selo”, me explica o intagueável André Palugan, dessas raras pessoas que não têm conta no Facebook. “A ideia era realmente armar uma festa legal, que representasse o som e a vibe que a gente gosta, e que por enquanto não tem periodicidade nem local definidos – o que eu posso dizer é que a gente tá armando muitas coisas legais com uma série de convidados que a gente admira muito, seja bandas ou DJs”, seguindo a vibe do selo. Abaixo, o resto do meu papo com o Palugan, que fala do recente passado e das novidades para esse ano.
Paluga tenta descrever essa vibe: “Uma mistura entre groove torto do Can, pós-punk no naipe do Durutti Column e algumas das mutações da música eletrônica. Às vezes mais disco, às vezes mais kraut, às vezes mais house, às vezes tudo isso. Dar formato e vida às esquisitices também tá no alvo”, explica. Para a primeira festa, eles reuniram o mesmo trio que tocou na Trackers – a dupla Sam y Mayo e o produtor Carlos Costa -, o próprio Sakr, que baixa de Floripa, onde está morando, direto para São Paulo e o convidado gringo San Proper: “Um holandês muito louco e gente fina. A gente escolheu o San pq ele é bem nossa vibe – nem house nem disco nem rock. É uma feliz imprevisão. Os sets dele são nada menos que incríveis, vide o do Dekmantel em 2014”
Conta a história do Easytiiger.
Resumidamente, em 2012 eu abri um tumblr que tinha esse nome – Easytiiger – e comecei a testar minha vontade em escrever sobre coisas legais – mais sobre música -, mas mais por prática da escrita do que por outra coisa. Corta pra 2013, eu e Guto começamos a conversar sobre uma vontade que eu tinha sobre ter um nano selo de música que não fosse só rock ou só eletrônico, e dali demos o start numa pequena ideia: o que viesse a fazer parte, a gente queria lançar fisicamente, mesmo sabendo da dificuldade. A gente veio de uma época que música = vinil e nada mais natural botar no físico as coisas que a gente resolvesse lançar – fazer é um outro problema, mas a vontade é essa. A gente queria entregar, além do som, a experiência que é ter um disco em mãos. Nesse meio tempo surgiu o André, querendo reativar um projeto de longo tempo dele, a Our Gang. Qdo a gente ouviu o single de “People Get Together”, deu um estalo: ‘É isso’. Nesse tempo, o Sakr foi incorporado ao selo e os três respondem pela Easytiiger. Ele tem muita experiência com produção e tá na mesma sintonia fina que a gente.
A criação do selo tem inspiração na atual cena dance paulistana?
Sim e não. Quando a ideia de selo se estabeleceu no tipo de som que a gente queria botar na praça, me veio a cabeça o Sambaloco, que aparentemente tá voltando. Eles eram muito fodas porque botavam coisas legais no radar da época – e essas paradas entravam em circulação e saíam daquele estado pra um bem mais visível. O que a gente quis foi trafegar num espaço que não era nem rock, nem eletrônico absoluto. A facilidade de ter banda e DJs dá essa liberdade, e a gente vai pelo mood mesmo. São Paulo tem selos incriveis, como a Balaclava e os muitos de música eletrônica, mas eles ou se concentram mais em bandas de rock ou em produtores de música eletrônica. A gente queria a mistura das duas coisas, casando com o som que a gente vestiu, digamos assim.
Quais lançamentos que vocês já fizeram até hoje e quais os planos pra 2016?
O que lançamos foi o EP da Our Gang, com dois sons inéditos – “People Get Together” e “Love Song” – e mais dois remixes, uma pra cada. O de “People Get Together” foi feito pela Selvagem e o de “Love Song” pelo Fabo, um DJ foda da cena curitibana que a gente ama. Um segundo remix de “People Get Together” vai ser lançado quando finalmente o vinil der as caras, e vai ser como o bônus online pra quem comprar. Esse remix é assinado pelo Caio Zinni.
No gatilho, de banda temos o Mootron, de Curitiba, e Sue, de São Paulo. Mootron provavelmente single em 7″, com a original e remix. Sue ainda em hold, mas provavelmente um EP. Mootron é mais “eletrônico orgânico”, e o headman é o Lu Frank, de Curitiba. Sue navega entre Portishead e Chromatics, e trás a Suellen no vocal e eu, Guto e Sakr em todo o resto, mas mais como sombra apoiadora. A mina é foda.
Como DJs, tem o Fumio, de Londres, e os trabalhos-solo do Carlos Costa e San Y Mayo, em formato single provavelmente digital apenas, pela facilidade.
Voltamos para mais uma edição do nosso experimento psíquico-social em que estimulamos a euforia, a autoestima e o bem estar através de ondas sonoras que fazem seres exaustos e entendiados, ansiosos por luzes no horizonte de sua alma, se mexerem em transe hipnótico e arrebatador. Nesta volta ao mítico prédio da Associação Brasileira de Empresários de Diversões no centro histórico da mais intensa cidade da América Latina, os pesquisadores Alexandre Matias e Danilo Cabral, do laboratório noturno Noites Trabalho Sujo, induzem o público cobaia a uma entrega total ao alto astral com a presença de ilustres convidados: a dupla Angus, formada pelos estudiosos da good vibe Gustavo Abreu e Andrey Bertella; os cientistas do instituto de aceleração de corpos Easytiiger Carlos Costa, André Palugan e Guto Nunes e o eminente acadêmico dos quadris Guab. A presença no experimento só pode ser confirmada mediante a participação por correio eletrônico no endereço noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18 horas do 12 de setembro de 2015, data da atividade, e recomendamos chegar um pouco antes da meia-noite para evitar desconfortos na sala de espera vertical ao ar livre. Uma vez lá dentro, quem foi já sabe…
Noites Trabalho Sujo na Trackers
Lançamento da coleção de hits primavera/verão 2015 / 2016
Sábado, 12 de setembro de 2015
No som: Noites Trabalho Sujo (Alexandre Matias e Danilo Cabral), Guab ,Sam & Mayo (André Palugan & Guto Nunes), Carlos Costa e Angus (Gustavo Abreu e Andrey Bertella)
A partir das 23h45
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com (os 100 primeiros pagam R$ 20 pra entrar)