Não é brincadeira, não. A caixa da quinta temporada da série em Blu-ray vem acompanhada de uma fita de vídeo contendo os filmes de orientação Dharma. Vi lá no Dude We Are Lost – que também avisa que a caixa não será lançada no Brasil. E uma dica: GRANDE PARTE – e não só quem já comprou player de Blu-ray – dos fãs de Lost compraria essa caixa SÓ para ter uma cópia dessa fita, mesmo que nunca a assistam. Afinal é uma relíquia, um objeto de decoração, puro fetiche táctil, uma versão portátil do parque temático Lost que a Disney quer construir ano que vem.
Existe a possibilidade deste tipo de produto ser exclusivo para a nova mídia justamente para obrigar os fãs a comprarem o player, funcionando como isca. Tenho minhas dúvidas. O momento para o Blu-ray é péssimo devido à digitalização inevitável, mas a indústria ainda vai insistir alguns anos em vender discos para pagar as contas. Já a possibilidade do suporte se transformar em um objeto de decoração e, no fim das contas, arte, está lançada e não é de hoje – e estamos às vésperas de ver a mesma indústria que hoje fabrica discos aos milhões patrocinar artistas para produzirem objetos carésimos, personalizadíssimos e de tiragem minúscula (vinculados a franquias de filmes/jogos/músicas que serão, nos finalmentes, gratuitos). Se Damien Hirst pode, por que não a cultura pop?