Douglas Rushkoff: Emprego não é trabalho e trabalho não é emprego
Recomendo a leitura do texto do Douglas Rushkoff que publicamos na edição dessa semana do Link:
As novas tecnologias estão causando grandes estragos nas cifras de emprego – dos sistemas de cobrança eletrônica de pedágio a automóveis sem motoristas controlados pelo Google, que tornam os taxistas obsoletos.
Cada novo programa de computador está basicamente fazendo alguma tarefa que antes era o trabalho de uma ou mais pessoas. Com o agravante de que o computador, em geral, faz isso com maior rapidez, maior precisão, por menos dinheiro e sem nenhum custo de assistência médica.
Gostamos de acreditar que a resposta apropriada é treinar as pessoas para trabalhos de níveis mais elevados. Em vez de coletar pedágios, o trabalhador treinado ajustará e programará robôs coletores de pedágio. Mas as coisas não funcionam realmente assim, já que não são necessárias tantas pessoas quanto as que os robôs substituem.
E aí o presidente Obama vai à televisão nos dizer que a grande questão de nosso tempo é empregos, empregos, empregos – como se a razão para construir ferrovias de alta velocidade e consertar pontes fosse recolocar pessoas no mercado de trabalho. Vejo algo de retrógrado nessa lógica. E me pergunto se não estaremos aceitando uma premissa que merecia ser questionada.
Temo até fazer essa pergunta, mas desde quando o desemprego é um problema de fato? Entendo que todos queremos pagamentos – ou ao menos dinheiro. Queremos comida, moradia, roupas e tudo que o dinheiro compra. Mas será que todos queremos realmente empregos?
A íntegra do texto segue aqui.
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