South Park pegando pesado com Trump – que beleza!

O desenho animado South Park não mediu esforços para destruir Trump no episódio que foi ao ar nessa quinta-feira nos Estados Unidos. O seriado acaba de renovar seu contrato com a Paramount garantindo exclusividade do desenho nos canais do estúdio por um bilhão e meio de dólares, na mesma semana em que a CBS – emissora que pertence à Paramount – anunciou que irá aposentar o programa Late Night, que o humorista Stephen Colbert herdou do criador David Letterman, em 2026, quando termina o contrato do apresentador. O irônico é que a conversa de bastidor nos EUA diz que o fim do programa tem mais a ver com a forma pesada que Colbert vem lidando com o governo Trump, de quem a Paramount quer proximidade. Por isso a bordoada do episódio de South Park vem pesada: além de expor de forma ainda mais caricata a estupidez (e o micropênis) de Trump – que, no desenho, manda bombardear o Canadá e confunde o Irã com o Iraque -, ainda colocou o presidente laranja, que fala com a mesma voz do insuportável Cartman, literalmente na cama com o satã e o senhor das trevas fica enfurecido por ouvir falar que o nome do presidente dos Estados Unidos apareceu na lista de Jeffrey Epstein NO MESMO DIA em que é revelado que o Departamento de Justiça dos EUA avisou a Trump que seu nome estava mencionado várias vezes na lista do traficante sexual. E a notícia é que o episódio bateu pesado no ego de Trump, deixando o clima na Casa Branca ainda mais pesado. Pega fogo, cabaré!

Assista a um trecho abaixo:  

Bruce x Trump

“Tem umas coisas estranhas e bizarras acontecendo”, disse Bruce Springsteen, durante seu segundo show em Manchester, na Inglaterra, no fim de semana passado. “Nos Estados Unidos, estão perseguindo pessoas por usarem seu direito à liberdade de expressão e por manifestarem opiniões contrárias. Isso está acontecendo agora. Nos Estados Unidos, os homens ricos estão abandonando as crianças mais pobres do mundo para morrer. Isso está acontecendo agora. No meu país, estão sentindo um prazer sádico pela dor que prejudicam trabalhadores leais americanos e estão revertendo legislações históricas de direitos civis que levaram a uma sociedade mais justa e moral. Estão abandonando nossos grandes aliados e se aliando com ditadores contra aqueles que lutam por sua liberdade. Estão retirando moradores das ruas americanas e, sem o devido processo legal, os deportando para centros de detenção e prisões estrangeiras. Tudo isso está acontecendo agora.” No primeiro show, realizado na quarta da semana passada, ele já havia levantado a voz contra a administração Trump, o que fez o presidente dos EUA twittar falando mal de Bruce feito uma criança mimada (ele já havia feito algo parecido no dia anterior, falando que foi só ele tornar-se presidente pra Taylor Swift deixar de ser “HOT”). Mas após a fala acima, Trump engrossou o tom e resolveu sair falando mal de todos os artistas que apoiaram sua ex-adversária na eleição do ano passado, Kamala Harris, avisando que iria perseguir os artistas que a apoiaram, incluindo Bono e Beyoncé. Fico pensando na possibilidade dos músicos anti-Trump se reunirem para gravar uma música contra seu regime totalitário e o nível de bizarrice que seria se o “We Are the World” desta geração for uma música contra o presidente dos Estados Unidos. Bem a cara dessa época, se você parar pra pensar…

Assista abaixo:  

DM: A derrota de Trump e o Brasil em 2030

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A eleição de Joe Biden ainda não estava definida quando eu e Dodô gravamos a edição desta semana do DM, em que falamos sobre como a derrota de Trump impacta culturalmente no planeta mais do que sua complexa derrota política – e isso diz respeito não apenas às próximas eleições no país (tanto a desse ano quanto a próxima, daqui a dois anos) como no futuro próximo que, de repente, parece mais promissor do que dez anos atrás.

Eminem x Trump

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Na terça passada, durante os BET Awards, Eminem desceu um cacete verbal em Donald Trump – e além de destruí-lo de todos os pontos de vista, ainda apontou o dedo para os próprios fãs, falando que se eles tiverem dúvida entre escolher entre Trump e Eminem, é melhor ir para o lado de Trump logo.

Publico a transcrição abaixo, se alguém traduzir, publico a tradução, é só colar nos comentários:

“It’s the calm before the storm right here
Wait, how was I gonna start this off?
I forgot… oh, yeah
That’s an awfully hot coffee pot
Should I drop it on Donald Trump? Probably not
But that’s all I got ‘til I come up with a solid plot
Got a plan and now I gotta hatch it
Like a damn Apache with a tomahawk
Imma walk inside a mosque on Ramadan
And say a prayer that every time Melania talks
She gets a mou… Ahh, Imma stop
But we better give Obama props
‘Cause what we got in office now’s a kamikaze
That’ll probably cause a nuclear holocaust
And while the drama pops
And he waits for shit to quiet down, he’ll just gas his plane up and fly around ‘til the bombing stops
Intensities heightened, tensions are risin’
Trump, when it comes to giving a shit, you’re stingy as I am
Except when it comes to having the balls to go against me, you hide ‘em
‘Cause you don’t got the fucking nuts like an empty asylum
Racism’s the only thing he’s fantastic for
‘Cause that’s how he gets his fucking rocks off and he’s orange
Yeah, sick tan
That’s why he wants us to disband
‘Cause he cannot withstand
The fact we’re not afraid of Trump
Fuck walkin’ on egg shells, I came to stomp
That’s why he keeps screamin’ ‘Drain the swamp’
‘Cause he’s in quicksand
It’s like we take a step forwards, then backwards
But this is his form of distraction
Plus, he gets an enormous reaction
When he attacks the NFL so we focus on that
Instead of talking Puerto Rico or gun reform for Nevada
All these horrible tragedies and he’s bored and would rather
Cause a Twitter storm with the Packers
Then says he wants to lower our taxes
Then who’s gonna pay for his extravagant trips
Back and forth with his fam to his golf resorts and his mansions?
Same shit that he tormented Hillary for and he slandered
Then does it more
From his endorsement of Bannon
Support for the Klansmen
Tiki torches in hand for the soldier that’s black
And comes home from Iraq
And is still told to go back to Africa
Fork and a dagger in this racist 94-year-old grandpa
Who keeps ignoring our past historical, deplorable factors
Now if you’re a black athlete, you’re a spoiled little brat for
Tryina use your platform or your stature
To try to give those a voice who don’t have one
He says, ‘You’re spittin’ in the face of vets who fought for us, you bastards!’
Unless you’re a POW who’s tortured and battered
‘Cause to him you’re zeros
‘Cause he don’t like his war heroes captured
That’s not disrespecting the military
Fuckk that! This is for Colin, ball up a fist!
And keep that shit balled like Donald the bitch!
‘He’s gonna get rid of all immigrants!’
‘He’s gonna build that thang up taller than this!’
Well, if he does build it, I hope it’s rock solid with bricks
‘Cause like him in politics, I’m using all of his tricks
‘Cause I’m throwin’ that piece of shit against the wall ‘til it sticks
And any fan of mine who’s a supporter of his
I’m drawing in the sand a line: you’re either for or against
And if you can’t decide who you like more and you’re split
On who you should stand beside, I’ll do it for you with this:
Fuck you!
The rest of America stand up
We love our military, and we love our country
But we fucking hate Trump”

Por que ninguém faz isso no Brasil?

Os 100 primeiros dias de Trump, vistos pelos Simpsons

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Os Simpsons fizeram uma retrospectiva dos 100 primeiros dias da presidência de Donald Trump e o resultado é triste:

E, como eles mesmos lembra, ainda faltam mais de 90% do mandato. Ah se fizessem um desses por aqui…

Smiths: “Trump will kill America”

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Os Smiths sempre se posicionaram politicamente contra sistemas políticos autoritários, principalmente por conta da presença incisiva de Morrissey, seu líder e vocalista. E mesmo fora de atividade, o grupo não deixou de se pronunciar em relação à controversa presidência de Donald Trump, ao cravarem a frase “Trump matará a América” em uma edição limitada para o single com uma versão crua para “The Boy with the Thorn in His Side“, lançado no Record Store Day passado.

E como o fã Øystein D Johansen notou no Twitter, o responsável pela arte do single é chamado apenas de Esteban nos créditos – a versão em espanhol para o prenome de Morrissey, Steven.

Lana Del Rey lança um feitiço contra Donald Trump

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Com um tweet aparentemente inocente, Lana Del Rey tornou público um ato global de bruxaria contra Donald Trump:

“Quando der meia-noite: 24 de fevereiro, 26 de março, 24 de abril, 23 de maio”, ela twittou uma maldição que deve ser repetida nestas quatro datas, “os ingredientes podem ser encontrados online”. Segundo o site AV Club, o feitiço está sendo invocado globalmente nas datas de lua crescente, para impedir que Trump continue presidente dos EUA. Os ingredientes mencionados são uma foto ruim de Donald Trump, a carta Torre do tarô, uma vela laranja pequena, um alfinete ou prego pequeno, pequenas bacias contendo tanto água quanto sal, uma pena, fósforos e um cinzeiro. O site avisa que se você não tem uma vela laranja pode usar uma cenoura baby.

Enquanto isso, Lana falou à radialista Jo Whiley da BBC sobre seu próximo disco, que ela “começou pensando que todo o álbum teria uma vibe anos 50, anos 60, com algum tipo de influência das Shangri-Las e de Joan Baez no início da carreira. Mas à medida em que o clima se tornou mais quente em termos políticos, eu percebi que todas as letras estavam se referindo diretamente a isso e, por causa disso, o som deu uma atualizada e eu vi que tinha que falar com o lado mais jovem do meu público. Acho que ele tem um lado um pouco mais consciente em termos sociais. Acho que é um sentimento global.”

Lana acaba de lançar o primeiro single de seu novo disco, “Love“, que tem exatamente essa abordagem que ela se refere a seu público mais novo…

Roger Waters contra Donald Trump

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Publiquei no meu blog no UOL um vídeo em que o ex-baixista do Pink Floyd, Roger Waters, aponta sua munição para o recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump.

Desde os tempos do Pink Floyd, o músico e compositor Roger Waters usa sua música para fazer comentários sobre política – tanto sobre a natureza política do ser humano (em discos como Dark Side of the Moon e Animals), quanto sobre a classe política em si (especificamente em The Wall, quando comparou o conceito do astro de rock a um ícone fascista). Mas desde que saiu em carreira solo, ele é mais proeminente sobre questões específicas, desde a recontextualização de seu The Wall no local da queda do Muro de Berlim quanto à discussão em relação à questão palestina. E, na sexta passada, dia da posse de Donald Trump como novo presidente norte-americano, o baixista postou em sua página do Facebook um vídeo para lembrar que “a resistência começa hoje.

O vídeo traz a apresentação do músico na Cidade do México, no ano passado, quando, em frente a 300 mil pessoas, comparou o personagem descrito em sua “Pigs (Three Different Ones)”, do disco Animals, a Donald Trump. A faixa faz parte do antepenúltimo disco da formação clássica Pink Floyd, lançado há quarenta anos, inspirado no livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell, e descreve um personagem “palhaço” e “que é quase uma piada”. Donald Trump apareceu projetado nos telões do show, sempre ridicularizado e comparado a Adolf Hitler.

A briga promete, pois Roger Waters dá início à nova Us and Them, que atravessa a América do Norte entre maio e setembro. E, como avisou, não deve diminuir o tom.

O início de um filme de terror… B!

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É sério que o lema do governo Trump é o mesmo do filme Purge: O ano de eleição?

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Diz o Washington Post:

Halfway through his interview … Trump shared a bit of news: He already has decided on his slogan for a reelection bid in 2020.

“Are you ready?” he said. “ ‘Keep America Great,’ exclamation point.”

“Get me my lawyer!” the president-elect shouted.

Two minutes later, one arrived.

“Will you trademark and register, if you would, if you like it — I think I like it, right? Do this: ‘Keep America Great,’ with an exclamation point. With and without an exclamation. ‘Keep America Great,’ ” Trump said.

Putz…

Como não ter um mau pressentimento sobre isso?

Presidente dos EUA e vilão de desenho animado

Twitter: Mark Hamill

Twitter: Mark Hamill

Mark Hammil, conhecido por dublar o Coringa, lê tweets de Donald Trump – postei lá no meu blog no UOL.

Se Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos fazendo o papel de supervilão de histórias em quadrinhos, o ator Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker, acertou este nervo com precisão cirúrgica ao ler um tweet de Trump com a voz de um dos grandes personagens do século passado, o Coringa do Batman. O tweet escolhido por Mark para começar o que ele anunciou como um projeto chamado de “Trumpster”, foi o que Trump, na véspera do ano novo, escreve: “Feliz ano novo para todos, incluindo para meus muitos inimigos e aqueles que lutaram contra mim e perderam tanto que nem sabem mais o que fazer. Amor!”:

Hamil, cujo segundo maior personagem de sua carreira é a versão dublada (em videogames e desenhos animados) do Coringa, foi convocado pelo comediante Patton Osvalt a partir da ideia de seu irmão caçula, Matt, que twittou: “UMA IDEIA DE UM BILHÃO DE DÓLARES! Um aplicativo que pode transformar todos os tweets de Donald Trump para serem lidos com a voz do Coringa de Mark Hamill. De nada!”

Hamil reagiu prontamente: “Agora que aprendi a twittar em áudio, eu estou AMANDO! Ninguém escrever melhores diálogos de supervilões do que #Trumputin! #KremlinCandidate”. O resultado final é inacreditável:

Que Hamil promete ser uma série, que venham os próximos!

O governo Trump nem começou e sua relação com o mundo do entretenimento torna-se cada vez mais belicosa. Ontem, durante o prêmio Globo de Ouro, a atriz Meryl Streep fez referência ao novo presidente num discurso emblemático:

“Houve uma interpretação esse ano que me deixou atordoada, afundou suas garras no meu coração, mas não porque fosse boa –não havia nada de bom nela. Mas foi eficaz e cumpriu sua função. Fez seu público-alvo rir e colocar as garras de fora. Foi aquele momento em que a pessoa pedindo para sentar no lugar mais respeitado do nosso país, imitou um repórter deficiente, alguém a quem ele [Trump] superava em privilégio, poder e capacidade de revidar. Partiu meu coração quando vi isso, e ainda não consegui tirar da minha cabeça, porque não era um filme.

E esse instinto para humilhar, quando é demonstrado por uma figura pública, por alguém poderoso, afeta as vidas de todo mundo, porque dá permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Desrespeito convida a mais desrespeito, violência incita violência. Quando os poderosos usam sua posição para fazer bullying, nós todos perdemos.”

A fala da atriz poderia ser resumida emm outro trecho, quando ela se refere aos planos de Trump de expulsar os estrangeiros dos EUA: “”Hollywood está cheia de forasteiros e estrangeiros, e se expulsarmos todos eles, vocês não vão ter nada para assistir além de futebol americano e Artes Marciais Mistas (MMA), que, aliás, não são arte”. A íntegra do texto você lê na cobertura que o UOL fez da premiação.

Mas uma das melhores bravatas contra Trump veio do ator Alec Baldwyn, que interpreta o futuro presidente nas paródias do programa Saturday Night Live a ponto de enfurecer o próprio não-político. Ele mandou fazer um boné que repete o slogan “Make America Great Again” só que escrito no alfabeto russo, em referência à influência do premiê Vladimir Putin na campanha de Trump à presidência. E postou em sua conta no Instagram:

baldwin-trump

Traduzido via Google Translator, diga-se de passagem.