Esse tumblr não prova nada!
Indiezada, preparem os lenços…
E por falar em Radiohead, mais uma playlist do Thom Yorke, pegando leve e assistindo à crise européia à medida em que economias caem como dominós…
E já que eu vou tocar com a Bia e a Julie, botei elas como Garotas Vida Fodona da vez. Aumenta o som!
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Peter Bjorn & John – “Second Chance”
Rapture – “In the Grace of Your Love”
Holy Ghost – “Wait & See”
VHS or Beta – “I Found a Reason”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Architecture in Helsinski – “Escapee”
Paul McCartney – “Temporary Secretary”
Tennishero – “Midnight Love”
Washed Out – “Eyes Be Closed”
Justice – “Audio Video Disco”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Moves Like Jagger”
Vou tocar com as Donde e o Isaac ali no já clássico Jivago, na querida Floripa. Quem anima? As coordenadas estão no Feice ou no site do Jivago.
E segue o papo sobre o que der e vier, com um dos primeiros registros de world music, a Ford da música, as polkas de Mr. Z, mulher de calça, abstração do sentimento, maconheiros de porta de boate, o grupo vocal mais conhecido do Brasil, o melhor clipe do ano, shows do João Donato e do Cidadão Instigado com o Fagner, Gene Kelly x Fred Astaire, a adaptação desse tipo de música pra um mercado mais comercial, o precursor da era do rancor, Pickwick Records, Brill Building e Tin Pan Alley, o primeiro músico a se autoproduzir, ascendência cearense, órgãos de tubos Wurlitzer, o principal nome no exterior nos anos 60, a lenda que ele tomou LSD, Moacir Santos e o tema de Missão: Impossível. Tudo ao som do disco Taboo, de Arthur Lyman.
Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0025“ (MP3)
Alto nível.
E é claro que o Banksy não iria ficar fora dessa…
Vi aqui.
O fim de semana teve shows do Cut Copy e do João Donato (depois falo mais deles), mas nenhum superou o encontro do Cidadão Instigado com o Fagner, que aconteceu em dose dupla no fim de semana. Fui no sábado e encontrei a choperia do Sesc Pompéia tomada por um público bem mais velho que o do Cidadão – era o público do Fagner, que veio assisti-lo sem mesmo se dar conta que teria uma outra banda. O show marcou a conexão cearense dos dois artistas mais como uma celebração à obra de Fagner, mesmo ele tendo cantado duas músicas do Cidadão – “Deus é uma Viagem” e “Lá Fora Tem”, do que propriamente uma passagem de bastão.
Fagner + Cidadão Instigado – “Deslizes” / “Quem Me Levará Sou Eu” / “Borbulhas de Amor” / “Noturno” / “Canteiros”
E nem era o caso, afinal, por mais estabelecido que o Cidadão Instigado já esteja, ele ainda não atingiu a altura de vôo conseguida por Fagner em seus primeiros dez anos de carreira (que é menos que a idade do Cidadão, que vi ao vivo pela primeira vez no Abril Pro Rock de 1998, em Recife), embora caminhe para isso. A diferença crucial entre os dois, claro, está na abordagem: enquanto o Cidadão nitidamente caminhe em paragens pinkfloydianas, Fagner é um bardo sensível, um Johnny Cash que prefere lamentar o pé-na-bunda a fazer juras de vingança. E quando pega o violão sozinho para desfilar seu rosário de canções é que ele mostra que é um dos principais cantores da tristeza na música brasileira recente, puxando um coro de contemporâneos que choraram tantas fossas com suas músicas.
Junte as músicas tristes e conformadas de Fagner ao transe instrumental do Cidadão e temos, mais do que um grande show, uma promissora parceria no futuro. Para, aí sim, Fagner coroar a nova geração do pop do Ceará.
Mais vídeos do show aí embaixo.
…e pra variar, ele humilha os conservadores que, desta vez, reclamam sobre o movimento.