De volta
Depois de duas semanas na América do Norte e de mais uma semana de arrumação de coisas (reforma, mudança…) na América do Sul, volto à rotina do Trabalho Sujo. Deu pra sacar um tanto de Canadá (meu irmão do meio foi praquelas bandas e eu fui conferir ao vivo o estilo de vida québécoise do broder) e me overdosar de Nova York, driblando por alguns centímetros a tal gripe suína, que não havia chegado sequer à TV quando estive por lá (os dois assuntos que mais concorriam pela atenção do público era a feiosa Susan Boyle e o “assassino da Craigslist”). Na São Paulo do mundo, tive que fazer a peregrinação entre duas esquinas que são tão importantes na minha formação quanto as esquinas que emolduram a capa de Abbey Road: a do café do Seinfeld no Upper West Side (vizinhança pacata, com vendedores de vinil na rua e caminhões de mudança circulando em marcha lenta) e a da capa do Paul’s Boutique no Lower East Side (maior movimentação, perto do Soho e cheio de barzinhos ao redor). Em Gotham City, circulei basicamente por Manhattan e por alguns templos (cada vez mais encolhidos) do consumo mundial – “buy American” foi um dos tons da viagem, temperada pela total avacalhação da paranóia com a crise, que é uma espécie de tema de 2009 (as revistas anunciavam “dicas para sobreviver à crise”, os restaurantes de esquina anunciavam “especiais da crise”). No decorrer da semana, devo esmiuçar algumas coisas sobre a viagem, acelerar nos melhores de 2008, retomar as velhas seções, comentar os episódios de Lost quando estive fora e eventuais notícias que virão pelo caminho. A previsão é de sol e dia claro nesse meu primeiro dia como editor do Link (rolou uma promoção inesperada antes das férias – e as novidades decorrente disso virão logo), depois que a minha virada cultural aconteceu desencaixotando livros e discos na véspera do meu time ter ganho o campeonato com o Gordo decadente.
2009 tá lindo – e a previsão é que vai melhorar.
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