David Johansen (1950-2025)

, por Alexandre Matias

Como disse o John Waters sobre a morte de David Johansen, neste sábado, o “punk rock perdeu um pedaço de sua alma”. O vocalista dos New York Dolls não era apenas a estrela mais brilhante da banda que conectou a Nova York do Velvet Underground à do CBGBs, unindo dois momentos únicos da história da metrópole norte-americana como uma cronologia; ele também era o elo perdido entre o lado mais selvagem do rock clássico ainda nos anos 60 com a música pop daquele mesmo período e o rock do futuro, que descortinaria a partir de sua banda mais famosa. Falastrão e galã, era um showman nato e a versão norte-americana de Mick Jagger e mesmo depois de sair da banda da qual compôs todas as músicas que embalou a cena surgida sob o infame – e literalmente decadente – Mercer Arts Center, manteve sua moral e fama vivendo diferentes personagens no showbusiness dos EUA, às vezes com o pseudônimo que inventou depois dos Dolls, Buster Poindexter, cantando, atuando ou apresentando programas de TV. Infelizmente sua morte não é uma surpresa, pois desde o início ele já reclamava online das dores de um câncer enfim terminal. Uma pena, um ícone do rock.

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