O canal isolado da guitarra de David Gilmour na clássica faixa “Echoes”, épico de 23 minutos que define o rumo da segunda e mais importante fase do Pink Floyd, revela as sutilezas e forças do instrumento elétrico no que vão muito além do solo apaixonado, do riff incisivo ou dos sons de gaivotas alienígenas do final. Gilmour exibe todo seu domínio do instrumento e pode-se ouvir, er, ecos do resto da discografia de seu grupo apenas nesse momento único: o lirismo do Dark Side of the Moon, a tristeza de Wish You Were Here, o ritmo de Animals, o peso do The Wall.
Guitar hero é pouco.
Às vésperas de dois grandes lançamentos, seu primeiro disco de inéditas em mais de quinze anos e uma exposição sobre os 50 anos de sua banda, o baixista do Pink Floyd Roger Waters abre o jogo sobre sua relação com o ex-companheiro de grupo David Gilmour – falei mais sobre isso no meu blog no UOL.
Às vésperas de dois lançamentos importantes, o ex-baixista do Pink Floyd não está muito preocupado em manter as aparências para ajudar a publicidade. “Dave e eu não somos amigos, nunca fomos e duvido que um dia seremos”, disse Roger Waters em entrevista ao jornal inglês Telegraph, em referência ao ex-parceiro de banda, o guitarrista David Gilmour. “E tudo bem, não há razão para sermos”.
“Você pode ser criativo sem ser amigo”, acrescentou. “David e eu fizemos ótimos trabalhos juntos, que nunca teria acontecido nós dois não estivéssemos lá.” O baixista está prestes a lançar seu primeiro disco solo em mais de dez anos e para isso convocou o produtor do Radiohead, Nigel Godrich, para ajudá-lo a polir sua nova sonoridade. O disco Is This the Life We Really Want? está agendado para ser lançado no início de junho e o músico já apresentou o primeiro single, “Smell the Roses”, que ecoa bons momentos de seu grupo original.
Além do novo disco, Roger também está por trás da exposição The Pink Floyd Exhibition: Their Mortal Remains, que será inaugurada no próximo sábado, dia 13, no museu Victoria and Albert Museum, em Londres, e celebra o cinquentenário da banda reunindo todo tipo de memorabilia sobre a banda inglesa, de objetos pessoais de seus integrantes a equipamentos de shows e gravação, passando por rascunhos de canções e capas de discos, entre outras curiosidades. O jornal inglês The Guardian publicou algumas imagens que estarão na exposição, que reproduzo abaixo:
Benedict Cumberbatch sobe ao palco de David Gimour para cantar um dos hinos do Pink Floyd – vê lá no meu blog no UOL.
É inevitável que um dos grandes momentos de qualquer show do guitarrista David Gilmour sejam as músicas que ele eternizou ao lado de sua banda original, o Pink Floyd – especificamente “Comfortably Numb”, um dos muitos épicos do clássico The Wall, palco para um de seus solos mais dramáticos. Mas imagine ir a um show do guitarrista e, logo depois dos acordes de introdução do hino, outro vocalista entra no palco, recitando uma letra mais falada que cantada. Apesar da silhueta esguia, não é Roger Waters, o outro cabeça do Pink Floyd durante seu auge nos anos 70 – e sim o ator inglês Benedict Cumberbatch. Foi isso que aconteceu na quarta passada, quando, durante um show de Gilmour no Royal Albert Hall em Londres, Gilmour abriu espaço, sem anunciar, para o intérprete mais famoso de Sherlock Holmes e futuro Doutor Estranho. E apesar da música não exigir muito do ator (o refrão ficou a cargo de Gilmour, como na música original), Cumberbatch segurou bem a onda – e o risinho entre os versos dava para perceber que ele estava realizando um sonho juvenil.
https://www.youtube.com/watch?v=FaaoTvEdKtA&feature=emb_title
Afinal, quem nunca…?
Três ícones da música pop homenageiam Prince tocando sua música-símbolo ao vivo – postei os vídeos lá no meu blog no UOL.
David Gilmour regravou uma versão correta – mas com aquele solo – de um clássico do Revolver, “Here, There and Everywhere”, para seu próximo disco solo, Rattle That Lock, mas a versão apareceu antes no CD que vem de brinde na revista inglesa Mojo deste mês.
O que me lembra que eu ainda tenho de falar sobre o fim do Pink Floyd…
Isso aconteceu na quinta passada, em Londres. Roger Waters tá lançando mais uma turnê em que toca todo The Wall e conseguiu convencer David Gilmour a acompanhá-lo show de estréia.
Muito clássico. Rick Wright morreu, Nick Mason tá ali, na batera, mas a principal rusga era entre o guitarrista e o baixista. Mas como o Floyd está pra lançar uma caixa gigantesca com toda discografia e algumas raridades (entre elas uma versão de “Wish You Were Here” com o Stephan Grappelli), não duvide se o grupo se reunir de verdade nesse ano ou no ano que vem.
“Alone… or in twos…”
Curti brincar de rádio, olhaí o segundo podcast. Tem Fagner, Ace of Base, “Gatas”, covers de Roberto Carlos, Odair José e Michael Jackson, David Gilmour e 2/3 do Mamelo Soundsystem. Behold…