Todo esse papo de Lars Von Trier causando com a lei de Godwin, João Pereira Coutinho com nojinho de mulher pelada (e comparando amamentação com masturbação!), a iniciação sexual de Bolsonaro e Danilo Gentilli fingindo ser politicamente incorreto sem perceber que não mascara a própria escrotice, me lembrou de um dos meus memes favoritos, essa galinha que estraga as piadas logo de saída:
É demais. E aí em seguida eu vejo esse tweet do Antonio Prata, em sincronia:
Acho esse Blog de Notícias bobo, mas essa foi boa.
Pegou mal essa história da Skol com o Ronald Rios. O Bruno vem acompanhando, mas pra resumir, basta tentar assistir aos dois vídeos abaixo:
Se você resolveu pular os vídeos, se deu bem. Nesses comerciais constrangedores, dois desses novos humoristas – Danilo Gentilli e Rafinha Bastos, apresentados como uma dupla – contam piadas bestas envolvendo cerveja pra, no final, dizer que se você passou por alguma situação chata que pudesse rir depois, mandar seu vídeo para a promoção.
(Um parêntese: é isso essa tal nova geração de stand-up comedy brasileira? Esse tipo de “humor”? Prefiro cogitar que o texto tenha sido podado pela marca – a boa e velha desculpa – do que achar que alguém pensou que isso fosse provocar algum riso… E esse Danilo fala engraçado desse jeito ou ele só tá fazendo vozinha de caipira? Preguiça de ir no YouTube atrás disso…)
Retomando – sabe o que aconteceu? O blogueiro Ronald Rios mandou o seguinte vídeo (esse vale ver):
Não que as piadas sejam mais engraçadas que as anteriores (não são), mas o ponto aqui era provocar os limites abertos por uma promoção dessas. Na versão original, Rios colocou um cenário idêntico ao da marca de cerveja, o que causou confusão. A empresa não gostou da brincadeira e o vídeo foi censurado e sofreu o que Ronald chama de “ameaça velada”. Acuado, ele se defendeu em seu blog, mas a censura já havia sido cogitada e não demorou para aparecer posts indignados, notas de jornal e até uma campanha “Free Ronald Rios“.
É engraçado ver como a publicidade patina na internet – além dessas tentativas grosseiras de trazer a linguagem digital para veículos analógicos. Puro desespero. As mudanças que já abalaram o mercado de discos, o de filmes, a televisão, começa a chacoalhar os jornais, ainda não chegou de vez na publicidade. Mas quando chegar…