E esse remix maravilhoso que o Ganjaman fez para “Me Deixa” do João Donato na voz de Nana Caymmi que ele postou há pouco em suas redes sociais? Fino…
Casa cheia neste domingo pra assistir ao debate que fiz mediação dentro da Feira da Música que aconteceu no festival Campão Cultural aqui em Campo Grande, quando eu, Letz Spíndola, Octavio Cardozzo e Daniel Ganjaman participamos da mesa Conceito Artístico – Como Dialogar Com o Público Em Um Mundo Cheio de Informações no Centro Cultural José Octávio Guizzo. O papo foi além do tema principal do painel e como o público era formado por integrantes da cena cultural do estado (artistas, donos de casas de show, jornalistas e outros agentes culturais) inevitavelmente falamos sobre a dificuldade de artistas locais estabelecerem-se tanto em suas cidades como ter oportunidades nacionais, passando por temas que estão diretamente ligados a isso, como o abismo econômico que abriu-se entre a cena independente e o mainstream depois da pandemia, a submissão ao celular e às redes sociais e a dificuldade de manter público para artistas autorais. Mas o papo foi tão intenso e frutífero que concordamos que eventos desta natureza – e especialmente realizados ao vivo e em carne e osso – são cruciais para o estabelecimento de uma cena cultural onde quer que seja.
Tem alguém de Campo Grande aí? Neste domingo apareço na capital do Mato Grosso do Sul para fazer a mediação do painel Conceito Artístico – Como dialogar com o público em um mundo cheio de informações, que acontece dentro da feira de música do festival Campão Cultural. Também participam da mesa o gestor Octavio Cardozzo, a produtora Letz Spíndola e o produtor musical Daniel Ganjaman. A mesa acontece a partir das 14h30 na Sala Rubens Corrêa do CCJOG. É só chegar
Desta vez chamei um bamba da música brasileira para discutir nossa identidade nacional em mais uma edição do programa O Brasil é Isso. E Daniel Ganjaman volta no tempo para lembrar como a cultura independente, o hardcore e o rap se misturaram nos anos 90 plantando as sementes para as transformações culturais que são a resistência ao bolsonarismo e à extrema direita que empaca o país ao mesmo tempo em que antecipa novidades sobre seu primeiro disco solo. É quente!
O caso Milton Nascimento e Criolo está ficando sério: depois de duetos ao vivo, os dois ícones da música brasileira anunciam o lançamento de um disco em conjunto, o EP Existe Amor, que será lançado no mês que vem e antecipam o que vem por aí ao mostrar regravação da faixa “Não Existe Amor em SP”, com produção de Daniel Ganjaman e arranjos do pianista Amaro Freitas, que acompanha os dois na gravação. E como se não bastasse, o EP também conta com arranjos de outro mestre, Arthur Verocai.
Isso promete…
O grupo BaianaSystem dá as boas vindas a 2020 com mais uma parceria com a dupla conterrânea Antonio Carlos e Jocafi, um dos principais convidados de seu ótimo disco mais recente, O Futuro Não Demora, um dos melhores discos do ano passado. “Miçanga” já vinha sendo cantarolada por Russo Passapusso nos shows mais recentes da banda, mas agora, isolada e com uma espinha dorsal própria – e produção de Daniel Ganjaman -, a faixa ganha um tempero latino e uma malemolência que segue o clima pé no chão do disco de 2019, feita sob encomenda para a trilha sonora do filme moçambicano do diretor João Ribeiro Avó Dezanove e o Segredo do Soviético, baseado no livro do autor angolano Ondjaki.
Camilo Rocha e Guilherme Falcão, em seu podcast Escuta, do jornal Nexo, perguntaram para vários críticos e jornalistas qual canção resumia os anos 10 e eu fui um dos convidados, ao lado dos ilustres Daniel Ganjaman, Spartakus Santiago, GG Albuquerque e Amanda Cavalcanti. O programa pode ser ouvido abaixo:
https://soundcloud.com/escuta-nexo/19-a-musica-dos-anos-2010-parte-2-os-ritmos-da-mudanca
Participei da segunda parte do programa, a primeira contou com as participações de Iza, Sarah Oliveira, Guigo do Quebrada Queer, Ana Morena e Dani Ribas:
https://soundcloud.com/escuta-nexo/18-a-musica-dos-anos-2010-parte-1-hits-da-depressao
A cantora cearense lança o primeiro single de seu novo trabalho, “De Manhã, Logo Cedo”, composta por Juliano Gauche e produzida por Daniel Ganjaman, lançada em primeira mão no Trabalho Sujo.
O single é um lançamento do selo paulistano EAEO.
A Rebeca Oliveira, do Correio Braziliense, entrevistou o produtor Daniel Ganjaman na calada do ano e, no final de uma entrevista em que ele fala sobre o fim de ciclos, preconceitos, mercado independente, da situação da música brasileira atual e dos lançamentos de 2016 em que ele esteve envolvido (os discos novos do Criolo, Síntese, Rael, BaianaSystem e Sabotage), ele comentou sobre a possibilidade de finalmente materializar seu primeiro disco solo:
“Há uns cinco anos falo em fazer meu disco, mas está entre meus planos realizar meu projeto musical, não sei se algo solo, ou com vários convidados. Tenho alguns embriões, diários e coisas do tipo para pôr em prática. Estou decidindo se será um disco de produtor, compositor, colaborativo, ou uma mistura disso tudo. Gosto muito de trabalhar com diversos estilos diferentes porque gosto de ouvir música diferente. Tocar e cantar sem amarras de gênero. Isso, tenho sentido, acaba no DNA dos discos que produzo, faz parte do meu estilo. Não quero ter pressões. Minha vida é menos que isso. Prefiro respeitar o tempo das composições e esperá-las chegar. Bem intimista.”
Estes foram os contemplados com os prêmios na categoria Música Popular escolhidos pela comissão julgadora da Associação Paulista de Críticos de Arte, da qual faço parte. A novidade este ano é que além dos sete prêmios que são dados tradicionalmente, ainda teremos uma homenagem póstuma a Fernando Faro, entidade que carregou o programa Ensaio por décadas, que morreu no primeiro semestre deste ano.
Grande Premio Da Crítica: Rita Lee
Artista: Céu
Álbum: Metá Metá – MM3
Produção e Direção Artística: Rica Amabis, Daniel “Ganjaman” Takara e Tejo Damasceno (“Sabotage”, Sabotage)
Revelação: Mahmundi
Projeto Especial: SIM São Paulo
Show: BaianaSystem
Homenagem: Fernando Faro (In Memorian)