Vida Fodona #488: Clima de pista

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Daqueles Vidas Fodonas noturnos…

Banda Black Rio – “Chega Mais”
Barbara Keith – “All Along the Watchtower (Rayko Edit)”
George Benson – “Give Me The Night”
Florence & the Machine – “What Kind of Man (Nicolas Jaar Remix)”
Dolly Parton – “Jolene (Todd Terje Remix)”
Nicki Minaj – “Anaconda (Bo$$ in Drama Remix)”
Earth, Wind & Fire – “Let’s Groove”
Taylor Swift – “Style”
Lana Del Rey – “Brooklyn Baby (Yuksek Remix)”
BaianaSystem – “Playsom”
Cybass – “Crystal Blue”
Daftside – “Fragments of Time”
AlunaGeorge – “Attracting Flies”
Yumi Zouma – “Catastrophe”

Chega mais chegando.

Vida Fodona #381: Dias estranhos

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É o inverno que chegou…

Doors – “Strange Days”
Do Amor – “Mindingo”
Feelies – “Fa-Ce-La”
Wilco – “Marquee Moon”
Mahmundi + Silva – “Balada do Amor Inabalável”
Madrid – “The One”
Phoenix – “Trying to Be Cool (Breakbot Remix)”
Daft Punk – “Lose Yourself to Dance”
Hot Chip – “Dark & Stormy”
Daftside – “Giorgio By Moroder”
Knife – “Full of Fire”
Bárbara Eugênia – “Não Tenho Medo da Chuva e Não Fico Só”

Vambora.

Daftside e como soaria o disco novo do Daft Punk se ele não tivesse a sonoridade dos anos 70

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Um dos grandes trunfos de Random Access Memories, o recém-lançado e alardeado novo disco do Daft Punk, é o fato de ele ser uma obra fechada, um disco conceitual sobre o universo disco nos anos 70 e a influência sobre a sonoridade da dupla francesa. Isso também o tornou alvo de várias críticas, vinda de gente que esperava que os dois explorassem novas fronteiras dos universos paralelos que habitam – a música eletrônica e a música para dançar. Eu particularmente entendo Random Access Memories como um disco de época, que dá uma grandiosidade épica à disco music que o gênero só foi adquirir ao ser cooptada pela indústria do disco.

Aí vem o prodígio Nicolas Jaar e seu compadre Dave Harrington e remixam, na íntegra, todo o disco lançado há menos de dois meses sob o nome de Darkside – ou Daftside, neste caso. Random Access Memories Memories picota trechos do disco, altera a ordem das músicas, enfatiza a guitarra de Niles Rodgers, praticamente elimina todos os vocais e dá ênfase às distorções digitais, tanto glitches quanto timbres. Um exercício consciente e ousado de plunderfonia, que contesta a sonoridade setentista e a provoca para refletir o estranho ano que estamos vivendo: saem os sorrisos felizes típicos da disco e entra uma obscuridade desconfortável mas familiar, filtrado por uma ótica digital torta. Dá pra ouvir essa jóia na íntegra aí embaixo: