Cristina Buarque (1950-2025)
A sina dos Buarque de Hollanda, desde o patriarca Sérgio, autor do clássico da sociologia brasileira Raízes do Brasil, talvez seja viver à sombra do sobrenome, algo que foi desviado pela primogênita Heloísa Maria Buarque ao adotar o apelido artístico e Miúcha, encurtado pela irmã Ana que preferiu apenas o último sobrenome da família e superado pelo único filho homem, Chico, que transformou-se no novo dono do nome familiar para si. Já a caçula Cristina Buarque, que morreu neste domingo vítima de um câncer, ignorava a fama e preferia fazer música, vivendo à parte do mundo das colunas sociais frequentadas pelos irmãos e preferindo cuidar de suas rodas de samba, sua grande paixão. Sambista de corpo e alma – e “avessa aos holofotes”, como escreveu o filho Zeca Ferreira, ao anunciar a morte da mãe em sua conta no Instagram -, era também uma grande teórica do gênero musical pátrio, pinçando pérolas do repertório brasileiro por toda sua discografia.
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