“Crescer pra quê?”
Escrevi o release do Moptop à convite da banda, mas não foi um trabalho só feito pela grana (aliás, não tenho essa crise com release, quem me conhece sabe) – o quarteto carioca é realmente legal e tem tanto uma pegada “novo rock” (Franz + Strokes + Los Hermanos, a equação é mapeada pela própria banda) quanto alguma sensibilidade pop pra ouvidos brasileiros. Uma merda o fato de que, pra tocar no rádio no Brasil, quase sempre o requisito jabá seja o único subterfúgio e recurso. Mas, sei lá, a internet tá aí, tem muita gente ouvindo música no computador, podcast ainda é brincadeira diletante, MP3 player custa 100 reais no camelô, banda larga e queimadores de CD-R estão em quase todos os escritórios do país. Vejo essas pontas se juntando logo logo e cada vez mais gente desligando o rádio – e logando online. Talvez assim o Moptop possa atingir seu público-alvo – a massa.
Aqui você assiste o clipe do primeiro single, o ótimo “O Rock Acabou”; aqui você tem o faking-of companhando os “bastidores” da gravação (a direção é do Bruno) e no site da banda (bem istaile) ainda rola de ouvir boa parte do disco (num hotsite feito especialmente pra isso).
Dá uma sacada. E cante comigo:
Está tudo bem acho que sempre foi assim
Nada pra sentir, espero outro dia vir
Eu quero te ligar eu quero algo pra beber
Algo pra encher algo que me faça acreditarSempre ausente me faz sorrir
Sempre distante dorme aquiEnquanto você se produz
Eu vejo o que não vê
Crescer pra quê?
Ser e esquecer
Eu corro contra a luz
Eu fujo sem entender
Vencer para quem?
Ser e esquecerO rock acabou melhor ligar sua TV
Ela nunca está ela nunca vai entender
Gosto da sua saia assim, vem deitar perto de mim
Verdade eu não me importo
Quero um amor que não sei mais sentirSempre ausente me faz sorrir
Sempre distante espere por mimEnquanto você se produz
Eu vejo o que não vê
Crescer para que?
Ser e esquecer
Eu corro contra a luz
Eu fujo sem entender
Vencer para quem?
Ser e esquecer