Contra-ataque
Resenhinha que saiu hoje na Ilustrada. Tem entrevista com o autor do livro aqui nesse link.
Livro reconta a história sob a ótica iconoclasta
A expressão “contracultura” nos remete aos anos 60 de passeatas, hippies, drogas, rock sério e sexo livre, tempos de uma transição entre o Technicolor da psicodelia e o vermelho e preto de maio de 68. Esta lembrança desdobra-se mais adiante nos pais e filhos desta geração clássica – antes, os beats, o jazz e o blues, James Joyce e os xamãs; e depois, a cultura rave, clubber, nerd e geek, o hip hop e o ativismo político eletrônico. “Contracultura Através dos Tempos” amplia ainda mais este escopo, e reconta a história da humanidade do ponto de vista da quebra dos valores tradicionais e do espírito inquieto das épocas de mudanças. O livro (assinado pelo nome de batismo – Ken Goffman – do ativista e escritor R.U. Sirius) determina um Prometeu hedonista e um Abraão iconoclasta como pais desta cultura da mudança. No cânone, judaísmo, a Paris do século 19, Thoreau e Whitman, trovadores medievais, taoísmo, zen e sufismo, Sócrates e o Iluminismo, apontam para a acid house, a internet, o ambientalismo e a Nova Esquerda, numa grande árvore genealógica desta história paralela. O prefácio de Timothy Leary é só a cereja.
CONTRACULTURA ATRAVÉS DOS TEMPOS – DO MITO DE PROMETE À CULTURA DIGITAL
Cotação: Quatro estrelas
Autores: Ken Goffman (R.U. Sirius) e Dan Joy
Editora: Ediouro
Quanto: R$ 54,90 (432 págs.)