Contagem regressiva para a sexta temporada de Mad Men
Falta pouco mais de um mês para começar a sexta temporada de Mad Men e o Ramon está contando os dias de tanta fissura. Aproveitando pra transformar a maluquice em produção, ele está fazendo uma contagem regressiva lembrando dos melhores momentos da série (como o final da primeira temporada ou uma festinha bem específica na temporada mais recente). Óbvio que contém spoilers, é só uma maneira de fazer os fãs relembrarem os bons tempos da série e também de fazer os atrasados começarem a assistir este clássico moderno.
Não sou dos maiores fãs da série e não acho que ela pertença a um escalão específico da TV no século 21, elite frequentada por nomes como The Wire, a Life on Mars inglesa e Sopranos. Como Breaking Bad, a saga de Don Draper ainda não figura neste rol pois é uma obra em aberto e um final apenas regular pode comprometer completamente o todo de uma série (que o digam Lost, Fringe, A Sete Palmos e Battlestar Galactica). Por enquanto, a série segue sendo um exercício estético cinco estrelas, uma ousada narrativa num ritmo muito mais lento que a média atual e um crítico comentário aos costumes de uma época que, de alguma forma, reflete muito nosso presente – mas não é tão profunda pois é ancorada em um protagonista sem a complexidade de um Tony Soprano ou de um Walter White, que esbanja carisma e personalidade, mas cuja angústia e o sofrimento interior são quase nulos. Pode ser que Mad Men culmine justamente com a descoberta da importância emocional do próprio Don Draper, que não parece se importar com as vidas de seus familiares e colegas de trabalho. A última cena da temporada mais recente parece acenar neste sentido, com o protagonista finalmente cedendo as rédeas do controle absoluto e descobrindo o prazer de se envolver emocionalmente num gesto quase trivial, mundano.
Por isso, como Ramon, espero com esperança pela estréia da sexta temporada.
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