Concerto de câmara
Bem bonita a primeira apresentação dos ingleses dos Tindersticks no Brasil, que aconteceu nesta quarta-feira no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina. Um evento sutil e quieto, que prendeu a atenção da plateia calada do início ao fim em mais de duas horas de introspecção, o que deu ênfase ao detalhismo delicado do grupo, reforçado pelo ótimo som do auditório. Banda inglesa de folk formada nos anos 90, o grupo só deu chance à nostalgia no bis, quando pinçou “Tiny Tears”, de seu segundo disco homônimo, lançado há 30 anos – e claramente só fez isso por ser a primeira apresentação do grupo no Brasil. Grande parte do show contou com músicas da última década e meia, quando os fundadores Stuart Staples (violão e voz), David Leonard Boulter (teclados) e Neil Fraser (guitarra) fecharam a formação atual ao lado do baixista Dan McKinna e do baterista Earl Harvin, com ênfase maior em seu disco mais recente, Soft Tissue, lançado no ano passado, cujo repertório foi passado à íntegra. E se o clima de concerto folk de câmara já era incomum quando o grupo surgiu, em 2025 ele parece ainda mais alienígena – e que bom saber que eles ainda têm espaço para este pouso.
#tindersticks #auditoriosimonbolivar #trabalhosujo2025shows 061
Tags: auditorio simon bolivar, tindersticks