Clipe

Eis “End of Summer”, primeira faixa do que pode ser o próximo disco do Tame Impala, sete minutos do que Kevin Parker descreve como “uma espécie de rave futurística e primitiva” e que, como sempre ao anúncio de cada novo álbum, abre novas possibilidades musicais para seu grupo, ampliando ainda mais a vibe dance para além dos experimentos da década passada. Desta vez parece que o foco do novo trabalho – que nem foi confirmado de fato e segue sem título, capa ou data de lançamento – paira sobre a virada dos anos 80 para os 90, naquele período difuso em que o indie dance, a acid house e a cultura rave criavam o chamado novo verão do amor, em que o ecstasy assumiu o lugar do LSD numa nova psicodelia que era tão lisérgica quanto dançante e sem rosto. É o fim do verão, mas como ele mesmo anuncia no post do Intagram “uma nova era começa…” Chega mais, Kevinho.

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Brinquei outro dia sobre a vibe do show da Schlop dizendo que a banda ligava o modo “lo-fi foda-se”, mas a verdade é que de um ano pra cá, Isabella Pontes tem deixado esse espírito em segundo plano para soar menos foda-se, embora mantenha seu pézinho no lo-fi. Isso tem a ver com o fato de ela ter tirado sua banda do quarto, onde gravou seus dois discos, e ter assumido a formação que montou para levar aquelas músicas para o palco. Acompanhei de perto essa mutação, que culminou no elenco atual que forma o grupo, com Lúcia Esteves na outra guitarra, Alexandre Lopes no baixo e Antonio Valoto na bateria. Para celebrar essa nova fase, ela decidiu regravar boa parte das músicas dos dois discos com essa nova formação em um novo álbum ainda sem nome que lança este semestre. E começa a mostrar essa nova leva de gravações ao apresentar sua já clássica versão para a “New York I Love You But You’re Bringing Me Down” do LCD Soundsystem que se transformou na paulistana. “São Paulo Te Amo Mas Tá Foda Demais”, que ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo, bem como seu clipe, que traz o mesmo Caco dos Muppets que fez sua versão há mais de uma década na internet, só que agora ambientado em São Paulo. A música foi composta depois que Bella voltou a morar em São Paulo, voltando de temporadas que passou em cidades diferentes como Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Piracicaba e Campinas, no interior de São Paulo. E além das músicas já conhecidas, o disco, ainda sem título nem data de lançamento, trará os primeiros registros oficiais para pérolas como “Marquinho Van Halen” e “Rima Triste”.

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Brincando com um passado que não existiu, o Karnak de André Abujamra volta a mostrar coisas novas – e antigas – a partir do lançamento de Karnak Mesozóiko, disco que a hidra de dez cabeças liderada por Abu prepara-se para lançar a partir de um certa demo do grupo descoberta nos escombros de uma casa onde André teria morado em Stüttgard, na Alemanha, nos anos 80. Programado para ser lançado dia 3 de setembro, o novo disco começa a ser mostrado nessa sexta, quando eles lançam o single e o clipe de “Eu Só Nasci”, que antecipam em primeira mão para o Trabalho Sujo, que foi inspirado no genocidio em Gaza. “Sempre que acontece alguma tragédia a minha forma de oração é fazer uma música”, explica André.

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O cearense Mateus Fazeno Rock desde o início do ano vem preparando o terreno para seu novo momento, quando lança seu terceiro disco, Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem, no início do próximo mês, dia 1º de agosto. Produzido por Fernando Catatau (que também toca no álbum) e Rafael Ramos, o artista revela a capa do novo álbum em primeira mão para o Trabalho Sujo, depois de lançar os singles “Arte Mata” e “Melô do Sossego”.

“As ilustrações que compõem a capa foram criadas por Suellem Cosme, aqui do Ceará, que reside em Fortaleza e trabalha com gravura, cerâmica e tal”, me explica o próprio Mateus por email, ao reforçar que a ilustração saiu de uma estampa que a artista fez para a toalha de mesa do clipe de “Melô do Sossego”. “Ela tem uma pesquisa que coincidiu com o nossa nossa pesquisa de identidade visual, buscando imagens e referências de festividades negras em algum sentido, e o trabalho dela, atualmente, está muito baseado nesse lugar”, rerforçando a luz da imagem escolhida, como “dourada, solar, que traz nessas cores a subjetividade que o álbum representa”. Veja abaixo os dois clipes já lançados e a relação do nome das músicas do disco, que ele também antecipou pra cá: Continue

O disco novo de Mac DeMarco – batizado apenas de Guitar – só sai no mês que vem, mas a Balaclava já adiantou que trará o bardo indie canadense para o país no ano que vem, quando farão mais uma vez seu show na Áudio, em São Paulo, dia 4 de abril de 2026. Os ingressos já estão à venda neste link. E ele aproveitou a terça para lançar mais uma música nova do próximo álbum, batizada “Holy”, assista ao clipe abaixo: Continue

Sem novidades fonográficas desde seu disco mais recente, Freakout/Release, lançado em 2022, o grupo inglês Hot Chip acaba de anunciar sua primeira coletânea – Joy in Repetition, frase tirada de um verso do hit “Over and Over “-, que traz uma faixa inédita, “Devotion”, que chega com direito a clipe. O grupo também aproveitou a oportunidade para anunciar três shows que farão esse ano (além das participações em festivais europeus que já estão marcadas faz tempo), que acontecerão em setembro, em Londres (dia 5 de setembro), Nova York (dia 7) e Los Angeles (dia 9). Veja o clipe, a capa da coletânea e as músicas escolhidas abaixo: Continue

Dono de um dos discos do ano, Bad Bunny meteu a bandeira de Porto Rico na testa da estátua da liberdade no clipe de “NUEVAYoL”, lançado de propósito no dia da independência dos EUA. O vídeo é encharcado da vibe latina que a gente bem conhece, com direito a baile familiar e festa de debutante, mas lá pelo final do vídeo, uma voz imitando Donald Trump pede arrego: “Cometi um erro. Quero me desculpar com os imigrantes na América. Quero dizer, os Estados Unidos. Sei que a América é o continente inteiro. Quero dizer que este país não é nada sem os imigrantes. Este país não é nada sem mexicanos, dominicanos, porto-riquenhos, colombianos, venezuelanos, cubanos-“, diz a transmissão, antes de ser desligada e mostrar o mote: “Juntos somos mas fuertes”, em espanhol. Não é a primeira vez que Bad Bunny mira nos olhos do regime Trump, mas a cada nova investida ele sobe o tom. Assim que tem que ser.

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Sem lançar nada desde seus discos de 2023 (quando lançou o ótimo instrumental Five Easy Hot Dogs e o colosso de quase 200 faixas One Wayne G), o herói indie canadense Mac DeMarco finalmente manda notícias e anuncia seu próximo álbum, batizado apenas de Guitar, que será lançado no próximo mês de novembro. “Acho que Guitar é o mais próximo de representar onde está minha vida hoje no que diz respeito ao que eu consigo colocar em prática”, ele escreveu para anunciar o disco (já em pré-venda), que foi todo gravado por ele, em casa, em novembro do ano passado. “Estou feliz em compartilhar essa música e espero tocar essas músicas em todos os lugares que puder”. Para acompanhar o anúncio, ele revelou a capa, o nome das músicas e o primeiro single, a singela “Home”, que também vem acompanhada por um clipe, em que traduz o clima caseiro que parece ser a tônica do disco.

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Agora foi a vez da guitarrista e diretora musical de seus shows Kim Tee chamou a velha comadre para participar do clipe da música que acabou de lançar em dupla com Koby, a grudenta “Lemonhead”, e lá foi ela esbanjar seu carisma pra aumentar o alcance da amiga.

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Kim Gordon atualiza o cartão de visitas de seu mais recente disco solo para se encaixar no clima de pesadelo que paira sobre seu país. A bordoada “Bye Bye” ganha uma versão “Bye Bye 25” que chega às plataformas de áudio nessa sexta-feira, acompanhado de um clipe que clona o clássico clipe do Dylan para sua “Subterranean Homesick Blues”. O alvo, claro, é Trump – mas sem precisar dizer seu nome.

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