Clipe

TV Clara Bicho

A sensação indie Clara Bicho vai encerrando um bom 2025 já pensando nos planos pra 2026, mas antes lança mais uma música nova, que vem acompanhada de seu primeiro clipe, que antecipa em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “Confesso que no início fiquei meio perdida porque nunca tinha gravado nada desse tipo, mas a Mariana Barbosa e a equipe da produtora Slimbi foram muito prestativos e me ajudaram a me entender na gravação”, diz a it girl mineira, que surge no clipe fazendo o papel de si mesma dando uma entrevista ao programa que batiza a nova música, “Telejornal Animal”. Assim ela reforça a ideia no título de seu primeiro EP, Cores na TV, da televisão como uma mídia retrô, ultrapassada e, por isso mesmo, digna de ser revisitada. Foi um jeito que ela encontrou de ampliar também seu universo imaginário, essa psicodelia light via Hanna-Barbera que vem estampada em suas ilustrações: “Parece que, nesse clipe, eu tinha entrado na minha cabeça, com meus personagens, cores e cenários vivos”, explica.

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Depois de pegar todos de surpresa com o anúncio de seu próximo disco Lux, Rosalía finalmente mostra alguma música do disco que lançará no mês que vem – e chega enfiando o pé na porta com “Berghain”, lançado nesta segunda-feira. O primeiro single do disco leva esse nome em homenagem ao clássico clube de Berlim, é cantada em alemão, espanhol e inglês, conta com a participação de Björk e Yves Tumor, cada um cantando uma frase específica em determinado trecho da música: ela canta que “a única forma de nos salvar é através da intervençao divina” e ele canta que “vou te foder até você me amar”, isso cercado de cordas dramáticas deixadas ainda mais tensas em cenas deslumbrantes de um clipe que mistura instrumentos de orquestra com cenas do cotidiano. Tem um discaço vindo aí…

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O segundo trio mais importante da carreira de um dos papas do indie rock está de volta! Depois de atiçar os fãs com pistas na internet, Bob Mould – o monstro sagrado que mudou a história do rock dos EUA ao liderar o clássico trio Hüsker Dü – reativa o Sugar, banda que montou com o baixista David Barbe e o baterista Malcolm Travis no início dos anos 90, quando a fórmula criada no Dü finalmente tinha se estabelecido no inconsciente coletivo, graças a grupos como Dinosaur Jr., Pixies, Nirvana e Smashing Pumpkins. O grupo durou pouco tempo, mas foi o suficiente para afirmar a importância de seu principal compositor, que mantém uma bem sucedida carreira solo desde então. Aproveitando a inevitável nostagia pelos anos 90, o grupo resolveu voltar à ativa, anunciando shows para o ano que vem (dois em Nova York, dias 2 e 3 de maio, e depois em Londres, dias 23 e 24, o que deve crescer para uma turnê) e mostrando o clipe de uma música nova, indicando que pode ter disco novo vindo aí.

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Depois de alguns teasers online, a australiana Courtney Barnett lança um novo single que pode ser o início de um novo capítulo em sua discografia. O rock cru “Stay in Your Lane” vem com clipe dirigido por Alex Ross Perry, que além de assinar clipes do Ghost, Soccer Mommy, Sleigh Bells e Kim Gordon também é o autor do metadocumentário Pavements, sobre a clássica banda indie. O clima de inquietação rock da música – característico dos primeiros discos de Barnett – conversa com as estranhas cenas em um hospital que aparecem no vídeo. É seu primeiro lançamento desde o instrumental End of the Day, que ela lançou de surpresa em 2023 com temas que fez para a trilha do documentário Anonymous Club, mas desde que lançou Things Take Time, Take Time em 2021 não lançava mais nenhuma canção mais tradicional. Até agora. Vamos esperar notícias do disco.

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O grupo mineiro Varanda acaba de comemorar o primeiro aniversário de seu disco de estreia, Beirada, e encerra 2025, que viu o grupo, entre outras coisas, ser escalado para tocar na próxima edição do Lollapalooza, com o lançamento de um EP que encerra sua primeira fase. Rebarba é o nome do disco de cinco músicas que chega às plataformas de streaming nessa terça, reunindo composições que o grupo preparou durante a gravação de Beirada mas que só veem a luz do dia agora — e eles antecipam em primeira mão aqui para o Trabalho Sujo um clipe em 360º que fizeram para uma das músicas, “Ela Já Me Ama”, gravado no bunker da banda, o Estúdio LadoBê, em Juiz de Fora, que traz a vocalista Amélia do Carmo tocando violão e o guitarrista Mario Lorenzi se arriscando no synth. “O disco abriu muitas portas pra gente, tem trazido muitas boas oportunidades da gente espalhar o nosso som, tocando em novos lugares e até pra públicos novos nos lugares que a gente já tocou, porque muitos novos ouvintes chegaram esse ano”, explica o baixista Augusto Vargas. “Estamos na ansiedade pro ano que vem, pra além do Lolla, esperamos chegar em novos lugares e lançar outro disco”, continua Augusto, que diz que a banda ainda não está com planos de novo disco por enquanto. “Mas já existem várias músicas pra serem trabalhadas e estamos querendo começar isso logo”, conclui.

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Taylor Swift lançou mais um disco essa semana, mas uma música em especial está chamando mais atenção – e por motivos que vão para além da música. “Actually Romantic” é uma resposta mal educada ao Brat de Charli XCX, disco que, a partir das inseguranças de sua autora, busca tocar em temas delicados na música pop como, por exemplo, a competição entre artistas – especialmente artistas mulheres. Enquanto “Sympathy is a Knife” – que reclama que “toda essa simpatia é uma faca” – parece ser destinada a Taylor Swift (especificamente por mencionar ter que encontrar alguém nos bastidores do show da banda do namorado da Charli – ela que hoje é casada com o baterista do The 1975, cujo vocalista namorou Taylor), mas fala sobre inseguranças com o mundo do entretenimento como um todo. Pois parece que Taylor achou que não só essa música, mas todo o Brat, era sobre ela, a ponto de ela batizar sua faixa de desforra em referência à faixa “Everything is Romantic” do disco de Charli. Só que o mesmo havia acontecido em relação a “Girl, So Confusing” do mesmo disco em relação à cantora neozelandesa Lorde, que em vez de responder à Charli em outra música, preferiu juntar forças à suposta antagonista numa versão remix da música do Brat, rendendo uma versão ainda melhor da música original, uma parceria – e uma amizade – improvável e uma resposta à pretensa inimizade que deve florescer entre quaisquer cantoras. Havia uma expectativa que Taylor participasse do Brat and It’s Completely Different but Also Still Brat (como tantos outros fizeram, da Robyn a Ariana Grande, passando por Addison Rae, Caroline Polachek, Lorde, Tinashe, Julian Casablancas, Bon Iver, Billie Eilish e tantos outros), mas pelo jeito ela não entendeu nada, fez uma música de resposta bem forçada (e, vamo falar a real, bem infantil) e vai dar mais holofote ainda pra Charli, que já tinha desligado seu Brat pra focar na carreira de atriz. E se a gente compara a música da Charli com a da Taylor então, pobre menina rica…

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Kevin Parker cada vez mais abre a cortina para revelar o que podemos esperar do próximo de seu Tame Impala, Deadbeat, desta vez mostrando “Dracula”, terceiro single do disco que será lançado no próximo dia 17. Como os dois singles anteriores (“End of Summer” e “Loser”), a nova faixa reforça a influência eletrônica e de dance music no novo álbum, fazendo parecer que, enquanto esperávamos que Dua Lipa ficasse mais psicodélica ao chamar Parker para produzir seu disco mais recente, foi o produtor australiano que infectou-se da dance alto astral da musa anglo-albanesa. Ao mesmo tempo, “Dracula” é a música mais acessível das que já foram lançadas e acena para um Tame Impala mais tradicional, ainda que o clipe faça referências a Thriller do Michael Jackson, a cena rave australiana e à dancinha que os personagens da turma do Snoopy fazem num baile de formatura do segundo grau dos moleques do desenho animado. O disco ainda é uma incógnita, mas essa música desceu bem.

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A dupla norte-americana Magdalena Bay, autora de um dos melhores discos do ano passado – e possivelmente da década! -, volta a lançar músicas novas, só que agora sem os poucos recursos que tinham quando lançaram o soberbo Imaginal Disk (cuja capa, por exemplo, foi feita com um efeito especial literalmente artesanal). Felizmente a estabilidade comercial não afetou a criatividade dos dois, que lançaram músicas excelentes e complementares ao mesmo tempo em que o clipe que fizeram para uma delas, a ótima “Second Sleep”, dá uma amostra do que pode ser sua prometida versão visual do disco de 2024 e deixa a vocalista Mica Tennebaum à vontade para soltar toda sua performance dramática, tão boa quanto sua presença vocal. O lado B deste single, a jazzy e melancólica “Star Eyes”, não vem com clipe, mas juntas duas canções dão uma bela amostra do caminho que eles podem percorrer já que têm reconhecimento e a atenção do público. E se esse novo single é o aperitivo de um novo álbum (eles não falaram nada sobre isso, mas já disseram que não haverá edição deluxe de Imaginal Disk e tratam as novas músicas como uma nova fase), tudo indica que teremos um disco ainda melhor em breve… Tomara!

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Mês passado Sessa deu um gostinho de seu próximo disco em sua apresentação no Centro da Terra, quando aproveitou para mostrar algumas inéditas, tocar com os músicos que participaram da gravação (Biel, Cabral e Ina), além de apresentar um novo instrumento na formação (o piano) e revelar o nome de seu próximo disco em primeira mão. Pois hoje ele não só mostra a bela capa do novo trabalho, Pequena Vertigem de Amor, que será lançado no dia 7 de novembro e já está em pré-venda, como mostra seu primeiro single, a singela “Vale a Pena”, cujo verso do refrão – “viver vale a pena, minha galera” – sintetiza a onda do disco, gravado logo após ele ter se tornado pai e aberto seu próprio estúdio ao lado do baterista Biel Basile. Ele ainda traz um clipe para comemorar o novo lançamento, que você assiste abaixo: Continue

Aproveitando essa quinta-feira cheia de anúncios sobre marcos da música indie brasileira deste século, quem também faz aniversário é a carreira solo do senhor Pedro Bonifrate, líder dos clássicos Supercordas, que resolveu finalmente colocar pra jogo sua primeira gravação solo nas plataformas digitais como uma forma de celebrar os vinte anos de sua vida fonográfica. O disco Os Anões da Villa do Magma (20º Aniversário Deluxe) chega finalmente chega à era do streaming duas décadas depois de estrear na era do download, como o próprio Pedro lembra-se: “Anões foi lançado como se fazia de forma independente em 2005: no Trama Virtual, que o listou como um dos melhores do ano, no MySpace e como download direto do site”, até transformar-se em CD pelo saudoso selo Peligro, com a capa assinada por Ana Helena Tokutake. Mas a nova edição não traz simplesmente o disco remasterizado a partir das fitas originais, mas também uma série de músicas novas daquele mesmo período, entre versões anteriores das canções, uma música revertida, “canção totalmente inédita que foi abandonada no caminho” e o novo remix para “Estudo Rural em Ré Maior”, que Pedro escolheu como novo single do trabalho, que ganha clipe e chega às plataformas nessa sexta-feira, mas pode ser visto em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

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