Começando mais uma semana, lembrando que segunda sempre nos encontramos online no Festa-Solo na twitch.tv/trabalhosujo a partir das 21h – o último foi assim…
Paul McCartney – “Hot as Sun”
David Bowie – “Speed of Light”
Walter Franco – “Mamãe D’Água”
Fabio Goes – “Amor na Laterna”
Letrux – “Ninguém Perguntou Por Você”
Daft Punk – “Get Lucky”
Daryl Hall & John Oates – “I Can’t Go For That (No Can Do)”
Depeche Mode – “Enjoy the Silence”
Roxy Music – “Love Is The Drug (Todd Terje Disco Dub)”
Chemical Brothers – “Hey Boy Hey Girl”
Salt-N-Pepa – “Push It”
Laid Back – “White Horse”
Talking Heads – “Crosseyed and Painless”
Rage Against the Machine – “Killing in the Name”
Smiths – “Heaven Knows I’m Miserable Now”
Duffy – “Mercy”
Radiohead – “Bodysnatchers”
Tulipa Ruiz + Lulu Santos – “Dois Cafés”
Spoon – “Do You”
Unknown Mortal Orchestra – “Ur Life One Night”
MC Carol + Karol Conka – “100% Feminista”
Flora Matos – “Preta de Quebrada”
Tim Maia – “Márcio Leonardo e Telmo”
Clarice Falcão – “Survivor”
Painel de Controle – “Black Coco”
Harmony Cats – “Margarida (Felicidade)”
Lincoln Olivetti & Robson Jorge – “Eva”
Gal Costa – “Meu Bem Meu Mal”
Djavan – “Samurai”
Stevie Wonder – “Isn’t She Lovely”
Luiza Lian – “Mira”
Quartabê – “Morena do Mar”
High Llamas – “The Sun Beats Down”
Beach Boys – “Surf’s Up”
Mutantes – “O Relógio”
Zombies – “Beechwood Park”
Beatles – “I’m Only Sleeping”
Arnaldo Branco, Clarice Falcão, Fabiane Langona, Laerte e Gregorio Duvivier falam sobre a importância do grupo inglês Monty Python, que aos poucos começa a disponibilizar sua obra no Netflix, em matéria que escrevi pro site da Trip. Um trecho:
“Lembro quando soube da existência deles, lendo O diário de um cucaracha, do Henfil, uma coletânea das cartas que ele escreveu quando morava nos Estados Unidos nos anos setenta — o Henfil descrevia a ideia geral do programa, chocado que uma parada que pegava tão pesado com a ideia de Deus passava na TV americana”, lembra Arnaldo, sobre a demora do grupo em chegar ao Brasil.
“Acho que o Monty Python ensinou a desenvolver um olhar meio cômico sobre tudo de ridículo e inerente à sociedade. Aquele esquete da entrevista de emprego idiota é um exemplo. Textos imensos. Timing de piada”, continua a quadrinista Fabiane Langona, que ainda reforça a importância do integrante norte-americano do grupo, o animador Terry Gilliam. “A estética dessas animações parece sempre ter feito parte da minha memória por osmose, muito antes de eu ter qualquer ideia do que era Monty Python”, lembra.
Clarice reforça a seriedade do grupo também do ponto de vista musical. “A primeira sequência que vi deles foi o começo d’O sentido da vida, com a canção do esperma, que me marcou profundamente. Era um número musical levado muito a sério e hilário. Acho que pra uma música ficar engraçada ela tem que ser levada a sério. O Eric Idle especialmente fazia isso muito bem”, explica. “Conheci mais profundamente o Monty Python, também por conta da amizade do grupo com o George Harrison — que armou uma produtora e hipotecou a casa pra bancar A vida de Brian”, continua Fabiane. “Adoro essa amizade. E acho que humor X música tem tudo a ver, ainda mais se tratando desse pessoal.”
“Humor é sempre ligado à circunstância — é difícil rir do mesmo modo com que se ria ao ler Jonathan Swift, ou Voltaire”, continua Laerte. “Mas as chaves que o Monty Python nos deixou abrem ainda muitas e muitas portas, isso é verdade.” “Eles continuam muito atuais. Eles estão no nível dos grandes humoristas que são eternos, como Chaplin e Buster Keaton”, emenda Duvivier. “Eles riem do humano, não do que acabou de acontecer essa semana. Não é humor de revista, trocadilho com o nome do presidente ou piada com uma coisa que acabou de sair do jornal. O humor deles é muito ancorado na realidade, no humano. Por isso que eles são tão duradouros, porque eles riem da condição humana — e também daqueles que estão no poder.”
O produtor carioca Alexandre Kassin lançou seu terceiro álbum, Relax, no Japão em 2017 – e agora prepara-se para mostrá-lo por aqui, puxando o lançamento, com a versão que fez ao lado de Clarice Falcão para “Something Stupid” – imortalizado nas vozes de Frank e Nancy Sinatra -, na versão feita nos anos 60 pela dupla Leno e Lilian. O disco ainda conta com participações do soulman Hyldon e da banda portuguesa Orelha Negra e tem previsão de ser lançado por aqui no final de março, pelo selo Lab 344.
Clarice Falcão saiu do Porta dos Fundos para dedicar-se apenas à carreira musical – e lança seu segundo disco, Problema Meu, com produção do Kassin. Conversei com ela em entrevista em vídeo para o meu blog no UOL.
“I’m going through changeees…”
Instituto + Sabotage + Nação Zumbi + Otto + Sombra – “Alto Zé do Pinho”
Jamie Xx – “Loud Places (Mike Simonetti Dark Places Remix)”
Hot Chip – “Dancing In The Dark”
Disclosure + Lorde – “Magnets (VIP Remix)”
Akase – “Under The Pressure”
NWA – “Fuck da Police”
Criolo – “Demorô”
Clarice Falcão – “Survivor”
Drake – “Hotline Bling”
Floating Points – “Peroration Six”
Deerhunter – “Ad Astra”
Gareth Liddiard – “Birdland”
Em uma época tão intensa de provocações e preconceitos sendo expostos, Clarice Falcão deixa as gracinhas do Porta dos Fundos em segundo plano e lança uma versão acústica para “Survivor” – hit imbatível das Destiny’s Child de onde veio Beyoncé – que pode antecipar o lançamento de seu segundo álbum. O cover apareceu num clipe que superpõe imagens diferentes de todos os tipos de mulheres lidando com o mesmo batom vermelho que incomoda muita gente, num belo manifesto feminista que também está sendo lançado em áudio digital – e cuja renda será revertida para o Think Olga, que está virando fundação.
A cantora Luiza Caspary fez uma versão brasileira praquela brincadeira que a norte-americana Christina Bianco fez com “Total Eclipse of the Heart” e botou dez cantoras brasileiras (nove, pois tem a Shakira) para cantar um dos hits de 2013, veja abaixo:
Enquanto muitos suspiram pelo novo disco do She & Him, uma versão brasileira sem querer surgiu no disco da agora comediante Clarice Falcão, que ganhou notoriedade – e chance para gravar o disco que queria – graças ao sucesso do canal Porta dos Fundos. E embora pareça uma surpresa, o convite de Clarice para Silva participar de seu disco soa natural na medida em que o encontro de suas vozes e universos pareçam iluminar um mesmo canto: um indie brasileiro que não deve nada ao rock nem à MPB.
O nome dessa moça é Clarice Falcão.