E quando você acha que o próximo mês de novembro não consegue melhorar em termos de show, eis que Lianne La Havas marca mais uma passagem pelo Brasil. A diva soul faz mais dois shows por aqui, tocando no dia 21 no Rio de Janeiro (no Circo Voador, ingressos à venda aqui) e no dia 24 em São Paulo (no Cine Joia, ingressos aqui). E quem foi no show que ela fez no início do ano passado no mesmo Cine Joia (tocando sozinha com sua guitarra e dois únicos convidados, Mestrinho e Pretinho da Serrinha) sabe do estrago emocional que essa mulher causa. Mas se você não foi, confira abaixo:
E se você estava esperando as datas dos shows da Luedji Luna cantando Sade em São Paulo anote aí: o espetáculo acontece três vezes durante o mês de novembro, além da data no Circo Voador (dia 19), que já teve seus ingressos esgotados. Na cidade, a musa toca dias 27 e 28 de novembro na mitológica sala Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo, e no dia 30 no Festivalzinho, evento que será realizado no Parque Villa-Lobos, e pretende unir atividades para pais e filhos, trazendo shows infantis (como os palhaços Patati Patatá, o espetáculo Os Saltimbancos, a Galinha Pintadinha, o grupo Tiquequê e a banda Beatles para Crianças) e para o público em geral (e além de Luedji ainda se apresentarão Mariana Aydar com Mestrinho, Céu com seu Baile Reggae, Maria Gadú e a dupla Anavitória. Teve quem pedisse que ela fizesse esse show na abertura do show que vai fazer para Erykah Badu no dia seis de novembro, mas ela vai apresentar seu próprio show – mesmo porque além de fazer bonito frente à gringa com suas próprias músicas, ela não precisaria invocar outra diva gringa da soul music para dividir atenção com Badu. Os ingressos para os shows no Centro Cultural ainda não estão disponíveis para compra, mas os do Festivalzinho já estão à venda neste link.
O sueco José González acaba de anunciar mais uma passagem pelo nosso continente, com datas no México, Colômbia, Uruguai, Chile, Argentina e Brasil, quando passa por São Paulo (no Cine Joia) no dia 20 de setembro e pelo Rio de Janeiro (no Circo Voador) no dia 21. Os ingressos começam a ser vendidos nesta quinta-feira – tem os links certinhos lá no site dele.
Eis os vídeos que fiz nos três shows da já clássica turnê da banda pelo país.
No Circo Voador:
No Popload Festival:
No Auditório Ibirapuera
Foi demais.
O mágico show que o Wilco fez no Circo Voador ainda teve uma participação improvisada de um fã no palco – e o César contou o depoimento sobre como foi tocar no mesmo palco que seus ídolos lá no meu blog no UOL.
Quem esteve no Circo Voador no dia 6 de outubro de 2016 (uma data palíndroma – 6102016 – vejam só) sabe que assistiu a um dos shows de sua vida. Mesmo quem não é fã da banda norte-americana Wilco teve que dar o braço a torcer e comemorar a incrível conjunção de fatores que levaram a tal momento histórico. Mas ninguém teve uma história ou um show melhor do que o fã carioca Cesar do Couto, que subiu ao palco após uma discreta insistência, recebeu uma guitarra do próprio Jeff Tweedy e acompanhou a banda na música “California Stars”, com direto a fazer um solo junto com os ídolos.
Ninguém entendeu nada. Estava combinado? Eles já se conheciam? Quem era esse César? Será que ele iria roubar a cena ou fazer um papelão? Mas à medida em que ele começou a tocar a música que a banda compôs sobre uma letra de Woody Guthrie, os fãs perceberam que estavam vendo um dos seus realizar um sonho: tocar ao vivo com seus ídolos em sua cidade natal e delirou junto com o fã-guitarrista, que não parava de sorrir. Cesar toca na desconhecida banda Mimesis, que apesar do nome de banda hippie tem uma sonoridade equivalente à do Wilco (veja no final desse post), e vem para o show de São Paulo que conseguiu comprar o ingresso – e quer entregar um CD de sua banda para seu grupo do coração (além de ver se alguma alma caridosa lhe arruma ingresso para o show de domingo). Ele contou como foi sua aventura com o Wilco, que reproduzo – junto com algumas fotos dele mesmo – abaixo:
“Alguém saberia dizer a distância entre o sonho e a realidade? Pois bem, ontem (quinta, 6) eu percebi, mais uma vez em minha vida, que é possível nossos sonhos se tornarem realidade.
Minhas emoções estavam afloradas desde o anúncio da vinda do Wilco ao Brasil e isso contagiou as pessoas à minha volta. Como todo fã desesperado, comprei o ingresso no primeiro minuto de venda do festival Popload e desde então começou a contagem regressiva para finalmente assistir os caras ao vivo e em cores.
Logo depois, a surpresa de um show na minha cidade. Fiquei louco! “Mais um show?! Que maravilha!” Da mesma forma, comprei o ingresso no primeiro minuto de venda.
Quis o destino que os irmãos uruguaios tivessem seu show cancelado (César se refere ao show que o Wilco faria no Uruguai à época da vinda ao Brasil, que foi cancelado), e abriu mais uma data na agenda dos caras. E aí vocês já sabem o que aconteceu!
Só estou contando tudo isso, porque foi aqui que nasceu a ideia do que fiz ontem.
Como muitos fãs mortais da banda, montei uma operação para comprar os ingressos para o show do dia 9 de outubro. Minha esposa ficou no aplicativo e eu no PC. Aquele dia foi o momento triste da turnê. Não foi triste só para mim, muitos foram lesados pela incompetência da Popload e Ingresso Fácil. Não preciso entrar em detalhes que todos os fãs, até os que estão com ingresso em mãos, sabem o quanto foi escroto o que fizeram conosco. Minha indignação foi externada no Facebook. Logo percebi que não tinha mais o que fazer; era se conformar e ponto. Então comecei a procurar ingressos, mas… nada! Percebi que iria ficar de fora.
Minha frustração era enorme, mas ‘eu queria sonhar meus problemas pra fora’* e então surgiu a ideia de tentar fazer algo que iria marcar positivamente minha vida.
Eu duvido de que alguém, principalmente músico, nunca tenha sonhado em dividir o palco com seus ídolos referenciais. Eu sempre sonhei isso… e, no dia 6 de outubro de 2016, vislumbrei a oportunidade de realizá-lo. E realizei!
Como tudo em minha vida, dividi com minha esposa Roberta Magalhães e, como sempre, ela prontamente comprou a ideia, apoiou-me e encorajou-me a todo instante. Definitivamente eu ‘senti sua mão tocando a minha, e me dizendo por que deveria continuar trabalhando’. E é por essa e outras que eu a amo tanto.
Daí escolhi a música ‘California Stars’, por ser uma música de que eu sempre gostei, e também é a música que vez ou outra há participações. Além disso, não seria uma música que comprometeria a performance da banda, afinal a única coisa que eu não queria era atrapalhar banda e fãs.
Eu já sabia tocar a música como Jeff (Tweedy, líder da banda), mas eu não iria fazer o que ele faz na música, por isso a estudei algumas vezes. Cheguei a fazer umas linhas de guitarra ao estilo Nels (Cline, guitarrista do Wilco), fiz o solo e tudo! Estava tudo de muito bom gosto.
Minha esposa entrou em cena mais uma vez e fez o cartaz. Partimos cedo para o Circo Voador e ainda vimos a chegada da banda, quando conseguimos tirar uma foto, às pressas, com Jeff. Mas até aí ele nem imaginava que eu tinha um cartaz, quanto mais o que nele estava escrito.
Chegou a hora do show… Eu e minha esposa estávamos em frente ao Jeff. Éramos os primeiros da fila. Começou a todo vapor, e após ‘Art of Almost’ mostrei timidamente o cartaz ao Jeff. Ele leu e deu um sorriso. Eu não queria parecer chato e nem “entrão”, por isso recolhi o cartaz, afinal ele já sabia da minha intenção.
Decidi mostrar o cartaz a todos os integrantes e, quando cada um olhava em minha direção, o mostrava. O John (Stirratt, baixista) também deu uma risada ao lê-lo. Como disse, não queria ficar sufocando os caras.
Antes de iniciar ‘Late Greats’, percebi que Jeff estava com o violão e o capotraste na segunda casa, pensei : ‘babou. Ele vai tocar Califórnia Stars e eu vou ficar de fora.’ Mostrei o cartaz, ele riu e falou: ‘Wait.’ (Espera) Ali, me enchi de esperança… sentia dentro de mim o paradoxo da certeza de que iria rolar e do medo de que não acontecesse.
Eles saíram e eu coloquei o cartaz no palco. Quando voltaram, Jeff olhou e riu de novo. Tocaram ‘Jesus, Etc.’ e, ao terminar, Jeff foi falar com Nels sobre minha intenção, o qual olhou o cartaz, fazendo uma expressão duvidosa, em seguida olhou para mim, que estava com cara de pedinte e mãos de súplica. Talvez por isso, por ter externado meu imenso desejo de estar entre meus ídolos, concordara. Jeff veio me perguntar se eu sabia tocar guitarra e autorizou a minha subida ao palco.
Eu só sabia agradecer. A primeira coisa que falei com ele foi: ‘Obrigado por ter vindo ao Brasil!’ Fiz questão de cumprimentar todos. E aí fui marrento, pedi a ele a guitarra SG. Aquela guitarra é um sonho. Aposto que cairia muito bem em mim! Mas ele disse que aquela não estava preparada, perguntou se eu me importava em usar a Strato – como o cara é humilde! ‘Como assim?! Eu? Me importar? No Problem, Jeff’.
E começou a música. Aí, eu pergunto: ‘Quem, em sã consciência, vai conseguir manter o equilíbrio ao estar do lado de seus ídolos?’ Todo meu estudo foi por água abaixo, então pensei: ‘Vou fazer o trivial, sem medo de ser feliz!’ Afinal, estava me sentindo intimidado com as olhadas do Nels em minha direção. Senti-me sob o julgamento de um professor caxias, mas que, a cada acorde meu, acenava com a cabeça, como quem diz: ‘Você está indo bem, meu aluno’.
Não consegui conter o sorriso, tamanha era a felicidade. Eu só pensava: ‘Não posso decepcionar os caras e nem os fãs’. Eu senti que naquele momento eu devia representar muito bem os fãs brasileiros, deixar a melhor impressão possível, para que eles se sentissem em casa.
Ao terminar aquele momento mágico, só queria mais uma vez agradecê-los. Fiz questão de cumprimentar cada um deles, pois todos têm tamanha importância para a música que fazem. Minhas palavras no palco eram: ‘Thank you, guys! Thank you for coming to Brazil! I love yours songs!’
Foram cinco minutos marcantes na história da minha vida, inclusive acho que consegui desfrutar bem de cada segundo que vivenciei no palco. Ainda deu tempo da minha esposa voar no palco e agradecer também ao Tweddy por ter me oportunizado aquele momento, e em seguida tiramos uma foto.
Dito isso pessoal, gostaria de agradecer a todos os fãs do Wilco que me receberam como um ‘herói’. Senti que vocês ficaram felizes junto comigo. Posso garantir que foram uma plateia sensacional. A energia no palco estava fantástica, era muita vibração boa que estava ali e isso quem proporcionou fomos nós, fãs. Vocês viram a cara deles em cada música? Tipo: ‘Que porra é essa que está acontecendo aqui?’, ‘Que plateia é essa?’, ‘Por que demoramos tanto para voltar?’
Fizemos a nossa parte, pessoal!
Parabéns para todos nós!
E muito obrigado pelo carinho.
PS.: Ainda não tenho ingresso para o show do dia 9 de outubro, se alguém tiver sobrando para vender, eu compro, ou se a Popload se sensibilizar com a minha história, doe-me um par de ingressos, para eu ir com a minha esposa.
Ainda há ingressos para o show de hoje, que acontece dentro do Popload Festival (e, mesmo num festival, terá a duração de mais de duas horas como o show do Rio) e reforço o que disse o Barcinski em sua resenha de estreia aqui no UOL: o preço está salgadaço, mas se você quiser assistir ao melhor show internacional em solo brasileiro em 2016 não perca a oportunidade.
Olha a banda do César aí:
Na torcida pro César conseguir seu ingresso para o domingo. Ou será que ele já gastou sua cota de sorte? Tomara que não.
Emicida pegou o microfone sozinho na quarta passada no palco do Circo Voador no Rio e mandou essa com dedo em riste:
Vai vendo…
Tou indo hoje pro Rio de Janeiro pra ver os queridos Yo La Tengo em um dos melhores palcos do Brasil e aproveito pra discotecar logo depois do show do trio nova-iorquino (quem toca antes é o compadre Rodrigo Lariú, tudo em casa). Ainda tem ingresso à venda pra quem não se agilizou. Vamo aê?
Ao apresentar-se no Circo Voador no fim de semana passada, Tulipa chamou O Terno, que havia aberto seu show, para fazer os vocais de apoio em seu novíssimo samba-reggae “Megalomania”, esquentando os tamborins para o carnaval 2014. Ela toca em São Paulo nos próximos dias 13 (no Cine Jóia), 14, 15 e 16 (as três datas no Sesc Bom Retiro).
A foto que ilustra o post é um regram que o Terno deu numa foto do @michaelrobertm.
A história do encontro de Paul McCartney com Fela Kuti é bem conhecida de quem acompanha do artista nigeriano, mas aproveitando a proximidade de seu aniversário – que cada vez mais ganha contornos de celebração global -, o próprio Paul McCartney se dispôs a contar sua versão para o causo:
E essa comemoração acontece tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. A anual Festa Fela paulistana acontece no Centro Cultural Rio Verde, com a presença do Bixiga 70 (afinal, a banda praticamente nasceu para tocar numa Festa Fela dois anos atrás) e discotecagens do Ramiro e do Vini, do Radiola Urbana, da DJ Haru, e de Fred e Tiago Z, do NaveGroove. Enquanto, no Rio, o Fela Day acontece mais uma vez no Circo Voador, com show da Abayomy Afrobeat Orquestra com participação do Otto e do BNegão, além de discotecagem do Lucio Branco e Zé McGill, da Festa Makula.
Groovezeira!
Outro teaser do disco novo, que será lançado no próximo sábado no Rio de Janeiro, com show no Circo Voador, e no fim de semana que vem, no Sesc Pompéia.