Ethan Hawke encarna o mítico trompetista em um dos momentos mais complicados de sua carreira quando, no final dos anos 60 e já arruinado pela heroína, Chet Baker tenta voltar à ativa. Born to Be Blue estreia no próximo fim de semana no Festival Internacional de Cinema de Toronto e eu queria saber se é o próprio Ethan quem toca o trompete no filme.
O senhor Breaking Bad finalmente terá grande papel após a série que o consagrou: será o protagonista de Trumbo, que foi o principal roteirista em Hollywood nos anos 50 ao mesmo tempo em que era caçado pela paranóia anticomunista daquela década.
Taí o trailer de All is By My Side, a cinebiografia de Jimi Hendrix que traz o outkast Andre 3000 encarnando o deus da guitarra. Mas parece um filme inofensivo, que vale mais por mostrar Hendrix (e pela interpretação do rapper) a um novo público do que pela história em si.
Cada geração tem o Val Kilmer que merece.
Um filme sobre os anos 70 do Paulo Coelho?
Pode até ser bom, hein…
Impossível não lembrar dessa frase do Zappa ao ver notícias de um filme sobre a princesa Diana, interpretada por Naomi Watts, e outro – produzido pelo Riddley Scott – sobre os últimos dias do presidente Kennedy, com o Rob Lowe no papel principal. Veja os trailers abaixo:
E na primeira cena do trailer aparece o ator que faz o Renato Russo usando o uniforme do mesmo Colégio Marista que estudei. Vou ter que assistir.
Estréia dia 3 de maio.
Finalmente vamos ver a tão aguardada cinebiografia de um dos maiores nomes da música moderna vivido por um dos titãs da dramaturgia cinematográfica. Phil Spector inventou o chamado “wall of sound” ao comprimir uma orquestra inteira em um canal para contrapor a estrutura básica da canção pop e, com isso, elevou seus hits a um patamar de excelência inexistente no universo do rádio de seu tempo (uma espécie de internet do meio do século passado). Com isso, reinventou o papel do produtor musical, transformando o supervisor técnico de áudio do estúdio em uma espécie de diretor da sessão de gravação, sua assinatura reverberada como uma grife. Não à toa seus hits daquele tempo reverberam até hoje – “Be My Baby”, “You’ve Lost That Loving Feeling”, “Spanish Harlem”, “Then He Kissed Me” e “Unchained Melody” são clássicos modernos que pavimentaram o caminho tanto para a ascensão dos Beatles quanto para a consolidação do modus operandi do Brill Building e da Motown.
Não bastasse tudo isso, Spector ainda é instrumental no final dos Beatles, quando produz o póstumo Let it Be (sendo o único produtor dos Beatles nos discos oficiais além de George Martin) e grava os melhores discos solo de John Lennon e George Harrison. Acha pouco? Produziu End of the Century, dos Ramones, e “River Deep Mountain High”, ápice da carreira do casal Ike e Tina Turner. O problema é que esse gênio das gravações era um psicopata ditador obcecado por armas e disposto a ir até o fim, em qualquer situação. Assim, Phil Spector, o filme, mira seu roteiro no histórico criminal do produtor, interpretado por um escandaloso Al Pacino, e em sua relação com sua advogada de defesa, vivida por Helen Mirren. Não bastasse tudo isso (além da chancela HBO), o filme ainda é dirigido e escrito pelo David Mamet, um dos autores mais teatrais de Hollywood atualmente. Eis o trailer, abaixo:
E essa menina da Amelie Poulin de Coco Channel? Isso não vai dar certo…