Eis os 25 melhores discos brasileiros do primeiro semestre de 2019 de acordo com o júri de música popular da Associação Paulista de Críticos de Arte, do qual faço parte.
Alessandra Leão – Macumbas e Catimbós
Ave Sangria – Vendavais
BaianaSystem – O futuro não demora
Black Alien – Abaixo de Zero: Hello Hell
Boogarins – Sombrou dúvida
China – Manual de Sobrevivência Para Dias Mortos
Clima – La Commedia é Finita
Djonga – Ladrão
Dona Onete – Rebujo
Douglas Germano – Escumalha
Fafá de Belém – Humana
Hamilton de Holanda – Harmonize
Jair Naves – Rente
Jards Macalé – Besta Fera
Jorge Mautner – Não Há Abismo Em Que o Brasil Caiba
Larissa Luz – Trovão
Nômade Orquestra – Vox Populi
O Terno – Atrás / Além
Odair José – Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio
Pitty – Matriz
Rakta – Falha Comum
Tássia Reis – Próspera
Thiago Pethit – Mal dos Trópicos
Tiago Iorc – Reconstrução
Yma – Par de Olhos
Além de mim, votaram Marcelo Costa (Scream & Yell), José Norberto Flesch (Destak) e Lucas Brêda (Folha de São Paulo).
Maio passou.
Emicida + Dona Onete + Jé Santiago + Papilion – “Eminência Parda”
Lana Del Rey – “Doin’ Time”
Hot Chip – “Melody of Love”
Mark Ronson + Camila Cabello – “Find U Again”
Chemical Brothers – “Gravity Drops”
Alessandra Leão + Sapopemba – “Vamos, Meu Mestre”
China + Bel Puã – “Moinhos de Tempo”
Black Alien – “Take Ten”
Djonga – “Leal”
Billie Eilish – “My Strange Addiction”
Sleater Kinney – “Hurry On Home”
Pin Ups – “Spinning”
Boogarins – “Desandar”
O Terno – “Pra Sempre Será”
Solange Knowles – “Sound of Rain”
Giovani Cidreira – “Pode Me Odiar”
Sophia Chablau + Uma Enorme Perda de Tempo – “Idas e Vindas do Amor”
Conversei com o cantor e compositor pernambucano China que está lançando disco novo, Manual de Sobrevivência Para Dias Mortos, o primeiro que ele grava no Recife, na edição desta semana da minha coluna Tudo Tanto lá no site Reverb – confere lá.
O vocalista do Mombojó Felipe S. apresenta seu trabalho solo Cabeça de Felipe nesta quinta-feira no Centro Cultural São Paulo (mais informações aqui), que terá participações especiais de Alessandra Leão, China e Ayrton Montarroyos.
E quem imaginaria que o nome de Siba – nascido Sérgio Veloso – vem de “sibito baleado”, porque ele era muito magro?
“Siba veio de “sibito baleado” (magro em excesso), um apelido que ganhei na adolescência. Tinha quase uns 18 anos. Na escola, era pejorativo, tiração de onda porque eu era bem magrinho. Nessa época, não gostava. A gente, quando é novo, é meio besta. Mas já era natural, deixou de ser uma coisa ruim e se tornou meu nome mesmo. Acabou servindo”.
As histórias dos apelidos de vários nomes da cena pernambucana foram contadas nessa divertida matéria do Diário de Pernambuco, que ainda traz Canibal,, dos Devotos do Ódio comemorando ser “único canibal herbívoro”. Leia toda a matéria aqui.
Rodrigo Campos começa a mostrar seu terceiro disco – e como eu já havia comentado por aqui, o acento desta vez é oriental, daí o título Conversas com Toshiro. Ele mostrou sua “Katsumi” pro pessoal do site Azoofa, que chamou o China pra bater um papo com ele sobre o início de sua carreira, samba e a cena independente atual.
Comecei ontem minha participação no Sim São Paulo com a palestra inaugural do evento (O Ecossistema da Música no Século 21) e sigo a tarde inteira dessa sexta-feira no Centro de Sâo Paulo, desta vez puxando outras discussões como mediador. As duas primeiras rodadas acontecem no Cine Olido: numa delas, às 14h, falo sobre jornalismo empreendedor ao lado da Bianca Freitas (do Club NME Brasil) e do Marcelo Costa (do Scream & Yell); na seguinte, às 15h30, converso sobre assessoria de imprensa e mídias sociais com Cassio Politi (da Tracto Content), Francine Ramos e Natalia Birkholz (da Inker), Larissa Marques (da Lema) e Piky Candeias (da Batucada). Depois, a partir das 17h é na Praça das Artes, quando converso sobre rádios com Patrick Torquato (Rádio Frei Caneca FM), Ricardo Rodrigues (do Festival Contato) e Roberto Maia (da 89 FM), e, finalmente, termino o dia a partir das 19h, batendo um papo com o China, a Irina Bertolucci (do Garotas Suecas), Karina Buhr, Thiago Pethit e Tim Bernardes (d’O Terno), para falar do ponto de vista do artista sobre essa história toda. Para saber mais informações sobre o Sim São Paulo, basta entrar no site do evento.
China está aos poucos finalizando seu novo disco e aos poucos começa a mandar notícias. Uma delas, a faixa “Arquitetura da Vertigem”, chega em forma de clipe, com imagens da Ocupação Estelita.
A ocupação foi um eco tardio dos protestos de junho do ano passado que tomou corpo no Recife entre maio e junho deste ano, quando a especulação imobiliária foi rumo a uma área chamada Cais José Estelita disposta a erguer 12 arranha-céus de até 40 andares na região central da capital pernambucana. China explica o que está acontecendo:
“Existe um projeto das construtoras e da prefeitura chamado Novo Recife, em que a idéia é subir prédios altos em áreas ‘abandonadas’ ou ‘em desuso’. A venda da área do Estelita foi facilitada para construtoras e, como foi averiguado, esse leilão não poderia ter sido feito, pois está todo irregular – inclusive porque naquela área do Estelita passa a Ferrovia Transnordestina, que ainda está ativa. Nem o Iphan foi consultado.
Um grupo de pessoas dos direitos urbanos ficou sabendo desse esquema e começou a divulgar isso. As pessoas se identificaram com o lance e aderiram ao protesto. De início, as pessoas iam aos domingos, levar as famílias para curtir… Daí começaram a destelhar de derrubar alguns galpões, e um grupo achou por bem ocupar a área. E durante mais de 50 dias essas pessoas ficaram lá. Artistas, advogados, gente das mais variadas profissões. No dia que fui lá, haviam dois advogados acampados, que estavam de olho no que governo e construtoras resolviam. Tem muita gente envolvida no Ocupe Estelita.
Pra você ter uma ideia, a grande maioria dos pernambucanos não sabe o tamanho daquela área nem o que tem lá dentro. É um lugar gigante, man… Bonito pra caralho, que poderia ser um monte de coisa, menos espigões que vão beneficiar apenas alguns.
Agora a parada tá ‘teoricamente’ embargada e os órgãos competentes só tomarão alguma decisão depois das eleições. Mas, velho, fiquei um dia lá na ocupação e vi umas coisas muito legais. A galera que tava ocupada começou a dar cursos e oficinas pra turma de comunidade carente que mora lá perto. Acho que isso ajudou a criar a consciência nas pessoas. Porra, o espaço público é nosso, a cidade é nossa, também queremos ser consultados e dar pitacos nos rumos dela.
Desde o manguebeat eu não tinha visto uma concentração tão forte de pessoas em prol de algo tão bacana, você ia chapar se tivesse ido lá.
Eu já tinha soltado a música antes. Daí Pedro Escobar e Pedro Vitor, diretores do clipe, tiveram a ideia de pedir imagens pra todo mundo que tinha registrado a ocupação: artistas, ativistas, cineastas… e todos colaboraram. Queria que o vídeo mostrasse o que de fato aconteceu nos 50 dias da turma acampada. Mostrar o lance pra quem não foi la, ou pra quem achava que no Estelita so tinha vagabundo. Pelo contrário: a turma que tava lá fez oficinas, cursos – eram super ativos e todos afim de mudar o contexto das coisas.”
E segue o baile!
John Talabot – “Destiny”
Big Boi + Kelly Rowland – “Mama Told Me”
Lovelock – “Burning Desire”
Sinkane – “Warm Spell”
Grimes – “Genesis”
Juliana R. – “El Hueco”
Sky Ferreira – “108”
Mahmundi – “Corre Corre”
Jessie Ware – “Wildest Moments”
China – “Longe Daqui”
Tame Impala – “Elephant (Canyons Wooly Mammoth Extension)”
Jonny Greenwood – “Time Hole”
Spiritualized – “Hey Jane”
Beatles – “Sun King (Instrumental)”
Pink Floyd – “Wish You Were Here”
Memory Tapes – “Green Knight”
Mutantes – “Ando Meio Desligado”
Aquela calma…
Sirkane – “Jeeper Creeper”
Tame Impala – “Elephant (Canyons Wooly Mammoth Extension)”
Supercordas – “O Céu Sobre as Cabeças”
Gorky’s Zygotic Mynci – “Merched Yn Neud Gwallt Eu Gilydd”
Sepultura – “Kayowas”
Pinback – “Proceed To Memory”
Silva – “Moleton”
Memory Tapes – “Sheila”
The Internet – “Fastlane”
Grizzly Bear – “Yet Again”
Star Slinger – “Mornin'”
Flying Lotus – “Putty Boy Strut”
China – “Longe Daqui”
Poolside – “Just Fall in Love”
Divine Fits – “Would That Not Be Nice”