O Chico aproveitou a volta do Fubap pra dar um gás em seu Boraê e tem separado entrevistas que políticos brasileiros deram para revistas masculinas dos anos 80 como Ele Ela, Homem e Status, num verdadeiro trabalho de arqueologia digital que já resgatou papos com Martha Suplicy, Gabeira, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Dá uma sacada lá.
E eu não consigo mais pensar na Bidê sem lembrar da abertura de Malhação que o Chico cogitou uma vez. E depois daquelas, ele ainda propôs Tropicaliente com Academia da Berlinda:
Quatro por Quatro com Feist:
Brega e Chique com Móveis Coloniais de Acaju:
E o meu favorito, Supercordas com Renascer:
E essa finaleira Inception, hein? Hans Donner, Hans Donner…
Oh não. Uma das versões paralelas mais densas do Cover Mashups, que o Chico deu o toque.
Ah, e por falar no Super, lembrem-me de não esquecer de um dia escrever sobre All Star Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely, a maior homenagem jamais feita para um super-herói. É uma história tão bem cuidada, ao mesmo tempo complexa e trivial, e é ilustrada como se fosse um sonho. Se Frank Miller conseguiu sintetizar tudo relacionado ao arquétipo do Batman em O Cavaleiro das Trevas (embora alguns reclamem que este trono também é de Alan Moore, em A Piada Mortal), Morrison e Quitely conseguem ultrapassar a saga do homem-morcego e com um agravante – ao optar pelo Super-Homem, os autores abriram mão da ironia, do cinismo, do pessimismo e da violência características a outros super-heróis e abraçaram os valores relacionados ao Super, como a moral, o otimismo, a bondade e o altruísmo de um alienígena que, no fundo, só quer retribuir o carinho ao planeta que o acolheu. A história é dividida em doze capítulos e cada um deles trata de elementos específicos da mitologia do personagem – Lois Lane, Pequenópolis, o Planeta Diário, os supervilões, a fortaleza da solidão, além do onipresente Lex Luthor e o melhor Clark Kent já posto no papel. Como bem disse o Chico, é o quadrinho mais alto astral de todos os tempos – e é uma obra-prima. Não faço a menor idéia se já sair – ou vai sair – no Brasil, mas é quadrinho obrigatório.
Ah, pronto. Já escrevi, não precisa lembrar depois. Valeu.