Uma capa quase artesanal

Em cim: Guilheme Giraldi, Amilcar Rodrigues, Tomás de Souza e Filipe Nader; embaixo: André Vac, Charles Tixier e Biel Basile. (foto de Jonas Tucci)

Em cima: Guilheme Giraldi, Amilcar Rodrigues, Tomás de Souza e Filipe Nader; embaixo: André Vac, Charles Tixier e Biel Basile. (foto de Jonas Tucci)

O grupo paulistano Charlie & Os Marretas está prestes a lançar seu segundo álbum e não contenta-se em fazer seus fãs ouvirem apenas a versão digital, querem que o público tenha o disco em sua forma física – e para isso criou um conceito de discobjeto para a capa de Morro do Chapéu.

morrodochapeu

“O discobjeto vem de uma parada que estávamos pensando sobre a função que um CD físico tem hoje em dia em épocas de mídias digitais, Spotify, Deezer e afins”, explica Filipe Nader, saxofonista da banda. “A gente queria achar alguma coisa que pudesse dar uma função diferente e ao mesmo tempo que não fosse algo tão descartável como um CD padrão é hoje em dia. Nós já éramos fãs do trabalho da Carol (Scagliusi, artista visual) e já queríamos trabalhar com ela há um tempo. Aí foi bater um papo e ela apareceu com várias idéias muito boas.”

“O conceito então foi fazer do disco um quadro em madeira e acrílico que tem três possibilidades de tela diferente, é como se a capa do disco fosse um tríptico e você escolhe uma das três imagens para ser a tela do quadro”, continua o saxofonista. “A ideia foi da Carol, mas o projeto e o desenvolvimento foi todo da turma do Goma Oficina que fez desde a ponte com o Guga Landi que opera uma impressora a laser para pirografar coisas na madeira, até montar manualmente todos os discobjetos.” Eles antecipam a capa em primeira mão para o Trabalho Sujo – e descolaram um vídeo mostrando como as capas são feitas, num processo quase artesanal.

Morro do Chapéu é mais um lançamento do selo Risco e chega essa semana para os fãs, que podem comprá-lo antecipadamente pelo site Partio, aqui. O grupo já havia liberado a faixa “Coração Quadril”, que abre o próximo disco.