A mudança mais perceptível na minha curadoria de música no Centro da Terra em 2018 foi o acréscimo das terças-feiras à programação que começou em 2017 apenas às segundas. Mas ao contrário da sessão já estabelecida – Segundamente, com suas quatro apresentações distintas -, a terça-feira não ganhou um nome e tinha uma característica mais fluida e menos radical que a proposta do início da semana. Assim, tivemos temporadas tradicionais, com um artista experimentando o mesmo repertório ou formações sem necessariamente mudar drasticamente entre uma semana e outra: Luedji Luna, Negro Leo, Tassia Reis, o Corte de Alzira Espíndola, Tika e Kika, Guizado, Gui Amabis, Mawaca e o Mdm Duo dos guitarristas do Hurtmold optaram por manter um repertório base e mexer – quando mexiam – nos convidados, azeitando experimentações sonoras que vinham testando sem necessariamente pensar em transformar o show em disco, valorizando mais o processo que um futuro produto final. A terça também abriu para shows únicos, opções de aprofundar apresentações tradicionais para um ambiente mais acolhedor, comunitário e introspectivo que vem sendo criado no pequeno teatro do Sumaré. Assim aconteceram as apresentações de Filipe Catto, do produtor Grassmass, do Redemunho de Mariá Portugal, da Papisa de Rita Oliva, dos Vermes do Limbo, da Nomade Orquestra, do Lux Aeterna de Fábio Golfetti, do Porcas e Borboletas, expandindo para além do música, adotando elementos cênicos à apresentação.
Se a lógica da segunda-feira invadiu algumas temporadas de terça – como a do Garotas Suecas -, o inverso também acabou influenciando as segundas-feiras. Rico Dalasam, Rakta, Metá Metá, Vítor Araújo e Universal Maurício Orchestra aproveitaram suas temporadas para criar uma experiência fechada, o espetáculo como um fim em si mesmo. A atmosfera criada ao redor daquele palco propicia momentos de reverência e êxtase que cala conversas paralelas – mesmo ao celular -, registros audiovisuais e coloca todos os espectadores imersos no que acontece durante a apresentação. Mas a lógica do Segundamente manteve-se aberta em temporadas plurais em que artistas como Edgard Scandurra, Larissa Conforto e Bárbara Eugenia pudessem explorar facetas distintas de sua própria musicalidade. Ainda exploramos, no susto, uma ideia que eu vinha acalentando de abrir espaço para um futuro próximo que foi a temporada Sem Palavras, que reuniu quatro apresentações de diferentes grupos instrumentais para abrir espaço também para a sonoridade além da canção no Centro da Terra.
A experiência de 2018 foi menos radical que a do ano anterior e é reconfortante perceber que o público já desfruta deste um desafio artístico e comercial abraçando tais experiências como se fizesse parte delas – como realmente faz. Por mais que o espectador apenas observe passivamente o que acontece no palco, o ritual criado a partir da apresentação ao vivo transcende o que músicos poderiam fazer no estúdio ou em salas de ensaio. A formalidade do espetáculo exige uma apreciação focada, em que a atenção e a audiência atingem um equilíbrio intenso entre o artista e o público. Todas as distrações do puro entretenimento – a balada, o xaveco, a bebida, as redes sociais – ficam em segundo plano nestes momentos em que prevalece o apreço pela arte. Foram 84 apresentações durante todo o ano que tornaram este sentimento palpável – e algumas noites, e temporadas inteiras, históricas. Aproveito para agradecer publicamente à Keren por esta oportunidade e aprendizado constante e mútuo. Tem sido uma senhora viagem!
2019 segue este fluxo – mas vamos ainda além. Prepare-se.
É com imensa satisfação que anuncio que o último show do Centro da Terra em 2018 é a primeira apresentação paulistana de um ousado projeto que finalmente é lançado. Depois de anos recriando em estúdio Coisas, disco clássico que o músico e arranjador pernambucano Moacir Santos lançou em 1965, o produtor conterrâneo Rodrigo Coelho, que apresenta-se sob a alcunha de Grassmass, por fim lança seu Coisas2018, em que revisita uma das mais importantes obras do jazz brasileiro à luz da música contemporânea, injetando elementos de música eletrônica e de pós-produção. Nesta primeira apresentação, que acontece nesta terça-feira, dia 4 (mais informações aqui), ele contará com as presenças de Bruno Bruni e Thomas Harres para transpor este monumento a um dos maiores – e infelizmente ainda pouco conhecido do grande público – nomes da música brasileira para o palco. Conversei com Coelho sobre este projeto e a primeira incursão ao vivo no ano de seu lançamento – e ele antecipa uma das faixas em primeira mão para o Trabalho Sujo.
https://soundcloud.com/uivorecords/grassmass-coisa-n-5/
Como você conheceu o Coisas?
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Como surgiu a ideia de fazer um tributo a este disco?
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Como foi o desafio de recriar o Coisas neste outro contexto?
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Como é o Coisas2018 ao vivo?
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Semana que vem encerramos os trabalhos de música em 2018 no Centro da Terra e a primeira atração desta semana de conclusão de ano é a estreia do projeto Redemunho, da baterista do Quartabê Mariá Portugal. Concebido originalmente para ser realizado na rua, o projeto abre conversas musicais de improviso livre com artistas convidados e para esta primeira edição, Redemunho Zero, ela convidou os músicos Maurício Takara, Marcelo Cabral, Joana Queiroz, Bella e Thomas Rohrer para um salto no abismo dos sons (mais informações aqui). Bati um papo com ela sobre o projeto, sua relação com os outros músicos e sobre o conceito de improviso livre no contexto de sua sessão.
O que é o Redemunho Zero?
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Fale sobre os músicos que participarão desta primeira edição.
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Improviso livre é vale tudo?
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Há algo pré-definido antes de vocês entrarem no palco?
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Imenso orgulho em contar com o grande Gui Amabis nas terças-feiras deste novembro no Centro da Terra. Um dos principais compositores, cantores e arranjadores da nova geração, Gui está fechando este 2018 fechando um ciclo da primeira fase de sua carreira, e toma conta do pequeno teatro do Sumaré para consolidar novos formatos e testar novos padrões na temporada chamada Amáveis Amigos, que reúne velhos conhecidos para celebrar suas canções. A primeira terça, dia 6, tem seu disco mais recente, o ótimo Miopia, como base e ele é acompanhado de Régis Damasceno (violão), Bruno Serroni (cello) e Zaffi Costa (clarone). Na terça dia 13, ele volta mais uma vez com Régis Damasceno e Zaffi Costa, mas chama Dustan Gallas, parceiro em três discos, para acompanhá-lo, além da presença da diva Juçara Marçal. Na terça dia 20, ele convida Negro Leo e o pianista Zé Ruivo, com quem nunca se apresentou, além da companhia do clarone de Zaffi Costa. E na última terça, dia 27, ele chama Rodrigo Campos e Juçara Marçal para apresentar seu projeto Sambas do Absurdo. Os shows começam sempre às 20h (mais informações aqui) e eu conversei com ele sobre sua expectativa para esta temporada.
Como surgiu a ideia da temporada?
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A temporada é meio um balanço de sua carreira até aqui?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/gui-amabis-a-temporada-e-meio-um-balanco-de-sua-carreira-ate-aqui
Quem são os convidados de cada terça-feira?
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Conte a história do título da temporada.
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Como você vai dividir seu repertório?
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Faz sentido assistir a todos os quatro shows?
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Você irá experimentar algum material ou formato novo nestes shows?
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Maior satisfação em anunciar que a baterista e vocalista Larissa Conforto passará as quatro segundas-feiras de novembro no Centro da Terra explorando recantos de sua musicalidade com amigos e parceiros. A temporada Àiyé foi dividida de acordo com as fases da Lua e explora diferentes sonoridades e formatos a cada semana. A primeira apresentação, dia 5, começa sob a lua nova, reúne Desirée Marantes (do Harmônicos do Universo), Luccas Villela e Lucas Theodoro (do E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante) e é descrita como “darkzeira pós catástrofe eleitoral. Climão de reviravolta. Goticismo pós moderno com um toque de malícia paulistana. Melancolia esperançosa em camadas generosas de synths, violino, baixo, guitarra, baterias e pedais de efeito”. Depois vem a lua crescente, no dia 12, com Guilherme Marques, dia de “introdução à Gira transcendental. Macumba braba, sim senhora. Os cantos e os tambores sagrados contam a outra história esquecida de minha terra. Bendição ancestral pra lavar o baixo astral. Intervenções em samples de pontos de umbanda e candomblé.” No dia 19, lua cheia, ela vem acompanhada de Helena Maria, Camila Garófalo, do Obinrin Trio e Nana Strassacapa (da banda Francisco, El Hombre), e é noite de “ritual feminoize desplugadão. Cantos de luto e luta, em tambor e voz. O Chamado das manas. Gritaria e grelo duro. O Mito somos nós.” A temporada termina no dia 26, lua minguante, com a participação de Luíza Pereira (da banda Inky) e Guilherme Assis, numa noite de “astrologismos quatizados. Trilha inteiramente plugada e improvisada sob samples de sons da lua captados pela Nasa, synths analógicos e beats overdubeados. No hay orchestra.” Conversei com a Larissa sobre este processo que atravessará as segundas de novembro (mais informações aqui) e a relação deste com seu primeiro registro solo próximo.
Como surgiu a ideia desta temporada?
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Como você pensou em dividir a temporada em quatro noites?
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Cada uma das noites isola uma determinada parte de sua musicalidade?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-cada-uma-das-noites-isola-uma-determinada-parte-de-sua-musicalidade
A ideia é dissecar estes conceitos para depois chegar a alguma conclusão?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-a-ideia-e-dissecar-estes-conceitos-para-depois-chegar-a-alguma-conclusao
Em que estágio está seu primeiro disco e como ele conversa com a temporada?
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Como você pretende levar os colaboradores da temporada para o disco?
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Como o fato de fazer o show em um teatro – e não em uma casa de shows – ajuda você a desenvolver melhor o conceito de cada noite?
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Já tem previsão de lançamento para o disco?
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A última terça de outubro no Centro da Terra fica por conta de um show especial apresentado pelo cantor gaúcho Filipe Catto, que mostra seu O Nascimento de Vênus em formato Unplugged, pertinho do público, apenas voz e violões, tocados por ele e pelos comparsas Felipe Puperi e Jojô, que deixam os beats e loops eletrônicos para entrar num clima de rock acústico dos anos 90. Os ingressos já estão esgotados, mas conversei com Catto sobre o que podemos esperar desta noite…
Como surgiu a ideia de O Nascimento de Vênus?
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Como ele muda nesta versão Unplugged?
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Quem toca contigo neste show?
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Qual será o repertório?
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Haverá alguma participação especial?
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Como o show muda ao ser colocado num teatro em vez de uma casa de shows?
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Como seu espetáculo conversa com o momento tenebroso que atravessa o Brasil?
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Uma banda que nasceu num sonho estreia ao vivo não em apenas um show, mas em quatro: a Universal Maurício Orchestra, que reúne os homônimos de sobrenomes conhecidos na música brasileira (Badê, Tagliari, Bussab, Pereira, Takara e Fleury), finalmente se materializa num palco durante as segundas-feiras no Centro da Terra, trazendo novos músicos com o mesmo prenome (mais informações aqui). A temporada Ilhas Maurício concilia agendas improváveis de pessoas cheias de atividades e projetos paralelos que tornou difícil até mesmo a gravação de seu único disco, gravado em duas sessões praticamente ao vivo. Conversei com os Maurícios Tagliari, Pereira e Bussab sobre o que esperar deste insólito encontro.
Conte a história que deu origem à Orquestra.
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Como foi organizar todo mundo para participar desta temporada?
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Vocês irão recriar o disco no palco ou vão trabalhar a partir do zero?
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A formação da banda muda radicalmente a cada segunda?
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Vocês já estão pensando em fazer um volume 2?
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Quem são os Maurícios novatos da temporada?
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Tika e Kika já tinham carreiras estabelecidas quando começaram a conversar sobre a possibilidade de se transformarem numa dupla – e as duas conversaram comigo sobre isso no mesmo dia sem avisar uma pra outra que fariam isso. Incentivei o gesto na hora, principalmente conhecendo o alcance vocal e as personalidades complementares das duas, e a partir disso elas criaram a temporada Colar, que apresentam nas próximas terças-feiras de outubro no Centro da Terra. As duas são acompanhadas por Igor Caracas e recebem amigos durante toda a temporada (mais informações aqui). Conversei com as duas sobre esta nova fase de suas carreiras e como irão fundir duas carreiras em uma só.
Como vocês duas se conheceram?
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O que já fizeram juntas?
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Como surgiu a ideia de se transformar em uma dupla?
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Por que a temporada chama-se Colar?
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Como vão funcionar os shows?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/tika-e-kika-como-vao-funcionar-os-shows
Passada a temporada, vocês vão lançar algo em dupla?
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O grupo mineiro Porcas Borboletas apresenta um desdobramento de seu disco mais recente, Momento Íntimo, em única apresentação no palco do Centro da Terra, na próxima segunda-feira, dia 1° de outubro. Banheiro Químico parte dos dilemas do homem moderno apresentados no disco do ano passado para se aprofundar num aspecto ainda mais épico desta questão – “sondar a beleza deste ícone da modernidade”, como diz o vocalista Danislau. Para isso, a banda formada por Danislau TB (voz), Enzo Banzo (voz e guitarra), Moita Matos (guitarra), Chelo Lion (baixo), Ricardo Ramos (Synth e MPC) e Pedro Gongom (bateria), convidou nomes de peso para participar da única apresentação, como Tulipa Ruiz, Luiz Chagas, Nath Calan e Rafael “Chicão” Montorfano, além de iluminação de Gabriela Luiza e a trupe da Panamá Filmes. Conversei com Danislau e Enzo sobre o que eles irão aprontar nesta segunda.
O que é Banheiro Químico?
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Como este espetáculo se relaciona com o disco mais recente de vocês?
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Qual a diferença de apresentar este show num teatro?
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Como esse espetáculo pode se refletir nos próximos passos da banda?
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Tássia Reis é MC mas começou dançando e canta muito – e começa a explorar novas possibilidades de sua musicalidade na temporada que assume nas terças-feiras de setembro no Centro da Terra. Chamada de Estive Pensando, ela aproveita a série de quatro shows para mergulhar em uma transição de carreira que vai muito além da preparação de um próximo disco. Estabelecida como rapper tanto em carreira solo quanto no grupo Rimas e Melodias, ela quer reinventar sua apresentação para além dos limites que já conhece de espetáculo – e com isso, se reinventar. Conversei com ela sobre o que ela esteve pensando para esta nova fase de sua carreira.
O que significa esta temporada em sua carreira?
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Como você pensou na formação que vai trazer para o palco?
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Os shows vão mudar de um dia para o outro?
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Sobre o que você “esteve pensando”? Como chegou neste título?
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É um show de rap?
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Fazer um show pensado para um teatro é uma novidade em sua carreira?
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Consegue sintetizar o que você quer com esta temporada?
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