Abrindo a Porta

Bem boa a primeira edição do Inferninho Trabalho Sujo na Porta, que aconteceu neste sábado com discotecagem minha, da Pérola, da Fran e da Lina e, claro, com o show da banda Celacanto, que está cada vez mais afiada. Com um pé no indie rock e outro no rock progressivo, a banda desbrava um território musical complexo e difícil, trabalhando com o entrelaçamento de texturas, andamentos e timbres ao mesmo tempo em que cantam sobre questões existenciais e sentimentais de nossas vidas. O vocalista Miguel Leite puxa o grupo com sua voz e guitarra, acompanhado de perto sempre do segundo guitarrista Eduardo Barquinho, do baixista Matheus Arruda e o baterista Giovanni Lenti, que singram por melodias tortuosas e arranjos intricados enquanto tem a atenção completa do público que compareceu à Porta. Foi demais!

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Celacanto

A primeira atração do Inferninho Trabalho Sujo em seu segundo ano é o grupo de indie-prog Celacanto, que apresenta-se neste sábado, 17, na festa que agora também acontece na na Porta (Rua Fidalga, 648. Vila Madalena). A casa abre às 18h e fica aberta até a meia-noite e antes e depois do show discoteco com as lindas Pérola Mathias, Francesca Ribeiro e Linda Andreosi. Os ingressos para entrar custam R$ 25. Vamos?

A expansão do Inferninho Trabalho Sujo

A novidade do segundo ano do Inferninho Trabalho Sujo é que a festa vai para além do Picles. Dedicada a apresentar novas bandas às que já existem, criei a festa há um ano transformando as sextas-feiras do Picles numa incubadora de talentos que mistura tanto artistas iniciantes quanto outros já estabelecidos para aproveitar o calor da cena musical brasileira pós pandemia. Em seu primeiro ano, a festa já já contou com artistas novíssimos como Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, Pelados, Varanda, Os Fadas, Monch Monch, Madre, Tangolo Mangos, Desi e Dino, Janine, Mundo Vídeo, Boca de Leoa, Odradek, Fernê, Madrugada, Cianoceronte, Schlop, Monstro Bom, Manu Julian, Celacanto, André Medeiros Lanches, Ondas de Calor, Skipp is Dead, Lauiz, Fernanda Ouro, Grisa e Tiny Bear e nomes já consagrados da cena independente brasileira como Ava Rocha, Yma, Grand Bazaar, Test, Patife Band, Di Melo, Rafael Castro, Tagore, Lulina, Garotas Suecas, Filarmônica da Pasárgada, Xepa Sounds de Thiago França, Luna França, Laurie Briard, entre outros. E a partir deste mês começo a explorar novas casas de shows, novos formatos e horários para espalhar a palavra do Inferninho por aí. A primeira delas acontece neste sábado, dia 17, no Porta, quando recebemos a banda Celacanto. No dia 23, uma sexta, seguimos no Picles trazendo o tradicional show anual da Fernê ao lado da banda Monstro Bom, que está lançando seu disco de estreia. Na sexta seguinte, dia 30, vamos pro Cineclube Cortina, quando teremos o lançamento do segundo disco da banda catarinense Exclusive os Cabides, Coisas Estranhas, com abertura da banda paulistana Os Fonsecas (ingressos à venda por aqui). E na outra quinta-feira, dia 5 de setembro, fazemos uma versão ainda maior na Casa Rockambole, trazendo os trabalhos das cantoras Luiza Villa, Marina Nemésio, Tori e Júlia Guedes, a banda Tangolo Mangos e o grande Sessa (ingressos à venda neste link). Em todas as apresentações estarei sempre bem acompanhado na discotecagem com as queridas Francesca Ribeiro, Lina Andreosi, Pérola Mathias e Bamboloki, que me ajudam a deixar essa nova fase ainda mais quente. Vamos?

Vida Fodona #819: Considerando essa fase de expansão do Inferninho Trabalho Sujo

Vamos ouvir umas bandas brasileiras novas?

Ouça abaixo:  

Aquela vibe

Duas bandas distintas, de gerações e formações diferentes, sintonizaram vibes parecidas nessa sexta-feira no Inferninho Trabalho Sujo. Antes da entrada da banda Ondas de Calor foi a vez do quarteto Celacanto, grata surpresa que foge do indie rock que vem sendo feito no Brasil com letras e melodias complexas que fogem das referências de sempre. O show ainda contou com a participação de Lauiz Orgânico, tecladista e produtor do grupo Pelados que acaba de produzir o primeiro álbum da banda. Formado por Miguel Lian Leite (vocal e guitarra), Eduardo Barco (guitarra e acordeão), Matheus Arruda (baixo) e Giovanni Lenti (bateria), o Celacanto tocou pela primeira vez no Picles e está pronto para desbravar mais palcos da cena independente paulistana – e do Brasil. Fique atento.

Depois do Celacanto foi a vez do grupo Ondas de Calor tocar no Inferninho Trabalho Sujo, fazendo a segunda apresentação de sua carreira. Apesar de novíssima (a banda não tem nem conta no Instagram), o Ondas é formado por músicos veteranos da cena que começaram a tocar juntos acompanhando a cantora Soledad. Todos são multiinstrumentistas e passaram o show trocando de instrumentos: Davi Serrano ia da guitarra pro baixo e pro teclado, Xavier Francisco ia da bateria pra guitarra e pro baixo, Allen Alencar ia da guitarra pro baixo e pro teclado e Igor Caracas ia do teclado e percussão pra bateria e pra guitarra, todos tocando músicas compostas individualmente e arranjadas de forma coletiva. O show ainda teve a participação de Julia Valiengo, vocalista da Trupe Chá de Boldo, que contou a história da banda antes de entrar na versão que o grupo fez para “Portentosa”, da própria Soledad. Dois ótimos shows que deixaram a noite em ponto de bala pra eu e a Fran atravessar a madrugada fazendo todo mundo dançar… Foi bonito.

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Celacanto e Ondas de Calor

Outra sexta-feira, outro Inferninho Trabalho Sujo no Picles – e a noite tá naquela condição ideal de temperatura e pressão. Começamos os trabalhos com dois shows de duas bandas novíssimas, Celacanto e Ondas de Calor, cada uma delas com uma proposta diferente, mas que encontram pontos em comum em vibes distintas. Depois eu e Fran incendiamos a madrugada adentro como aquela saraivada de hits que faz a pista do Picles suar as paredes! Vamos lá? O Picles fica na Cardeal Arcoverde, 1838, e o primeiro show começa às 21h30.