Castello Branco direto ao ponto

, por Alexandre Matias

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“Dos instagrams às bancadas politicas, quem é que não está pregando sua ideia?”, me devolve a pergunta o cantor e compositor carioca Castello Branco, quando tento traçar um paralelo entre a situação atual do Brasil e seu terceiro álbum, Sermão, que será lançado nesta sexta e pode ser ouvido em primeira mão no Trabalho Sujo. O disco encerra uma trilogia que ele havia imaginado desde o lançamento de seu primeiro disco, Serviço, de 2013, e continuou com Sintoma, em 2017: “Eu tinha uma ideia de que seria assim. Mas não havia certeza, claro. Ter certeza é delicado.”

“Ao longo dos anos, fui construindo uma narrativa sobre educação através do autoconhecimento”, ele continua explicando. “Um tecer que se deu sempre com palavras-síntese começadas pela letra “S” – Serviço, Sintoma e, agora, Sermão – e sempre em anos ímpares. Uma viagem pelo passado, futuro e presente.” Ele o considera seu disco mais provocativo e, de certa forma, é também seu disco mais pop, que mantém a clareza e simplicidade dos trabalhos anteriores, mas soa menos delicado e mais assertivo, ser perder a sensação de acolhimento. “Compus algumas com meu parceiro Lôu Cascudo, primeiro. Depois, fui pra estúdio com meu produtor musical, o Rubens di Souza, e lá, imersos em amor e devoção para com as canções e idéias, realizamos o que hoje é o disco”, lembra.

Apesar do disco sair já, ele ainda está no processo de transformá-lo em show, o que vai levar um tempo – o show de estreia acontecerá em São Paulo, só em novembro. “Estamos justamente nesse momento de conceber isso (o show)”, ele prossegue. “Não é a mesma banda do Sintoma, então muita coisa vai mudar, mas ainda não sei dizer exatamente o quê, estou nesse processo.” Abaixo a capa e o nome das músicas do disco.

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“No Mires Atrás”
“Geral Importa”
“Powerful”
“Fortaleza”
“De Pouquinho em Pouquinho”
“Juntos com Certeza”
“Eu Ouço”
“Cola Comigo”
“Back to Myself”
“Pãma”
“Uma Flecha Para o Futuro”

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