“É preciso viver só pra gente se encontrar”

“Pra viver junto é preciso viver só, pra gente se encontrar”, incitando o público a cantar o refrão da inédita “Oração 18”, que faz parte de seu Prece, rosário em forma de disco que lança em abril, e que será lançada como single na semana que vem, a mineira Luiza Brina resumiu a força tanto de sua temporada no Centro da Terra, quando apresentou-se pela terceira vez dentro de Aprendendo a Nadar, quanto de seu novo momento artístico, quando aproximou-se de outros artistas para somar forças e criar algo coletivo, ciente das respectivas individualidades. Desta vez ela chamou o carioca Castello Branco e o alagoano Batataboy e os três criaram momentos únicos, Castelo sempre ao violão, Batataboy entre o piano e o contrabaixo e Luiza entre o violão e o contrabaixo, os três entrelaçando vocais sem pausas entre as canções desde o primeiro dedilhado que abriu o show, parando só na citada última música, que recebeu todos os aplausos da casa. “Pra andar junto é preciso poder andar só, pra gente caminhar”, caminha Luiza!

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Assista abaixo:  

Luiza Brina: Aprendendo a rezar

Com imenso prazer que recebemos a mineira Luiza Brina para a primeira temporada do Centro da Terra em 2024. Integrante do grupo Graveola, Brina comemora dez anos de carreira fonográfica este ano e prepara-se para lançar seu próximo álbum, batizado de Prece, exercitando-o em diferentes formatos às segundas-feiras de março. Na primeira delas, dia 4, ela apresenta as canções cruas, apenas com sua voz e violão, misturando suas próprias orações com as de compositores que a inspiraram neste projeto. Depois, dia 11, ela vem acompanhada de Charlie Tixier, produtor do próximo álbum, que liga os instrumentos eletrônicos para acompanhá-la no palco. Dia 18 ela vem acompanhada do cantor e compositor Castello Branco e com o multiinstrumentista e produtor Batataboy, que costura as vozes e violões dos dois primeiros. Luiza encerra sua temporada no dia 25, quando reúne, na mesma noite, a paulistana Iara Rennó e a baiana Jadsa para saudarem suas fés com seus instrumentos. As apresentações começam sempre, pontualmente, às 20h, e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.

Castello Branco direto ao ponto

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“Dos instagrams às bancadas politicas, quem é que não está pregando sua ideia?”, me devolve a pergunta o cantor e compositor carioca Castello Branco, quando tento traçar um paralelo entre a situação atual do Brasil e seu terceiro álbum, Sermão, que será lançado nesta sexta e pode ser ouvido em primeira mão no Trabalho Sujo. O disco encerra uma trilogia que ele havia imaginado desde o lançamento de seu primeiro disco, Serviço, de 2013, e continuou com Sintoma, em 2017: “Eu tinha uma ideia de que seria assim. Mas não havia certeza, claro. Ter certeza é delicado.”

“Ao longo dos anos, fui construindo uma narrativa sobre educação através do autoconhecimento”, ele continua explicando. “Um tecer que se deu sempre com palavras-síntese começadas pela letra “S” – Serviço, Sintoma e, agora, Sermão – e sempre em anos ímpares. Uma viagem pelo passado, futuro e presente.” Ele o considera seu disco mais provocativo e, de certa forma, é também seu disco mais pop, que mantém a clareza e simplicidade dos trabalhos anteriores, mas soa menos delicado e mais assertivo, ser perder a sensação de acolhimento. “Compus algumas com meu parceiro Lôu Cascudo, primeiro. Depois, fui pra estúdio com meu produtor musical, o Rubens di Souza, e lá, imersos em amor e devoção para com as canções e idéias, realizamos o que hoje é o disco”, lembra.

Apesar do disco sair já, ele ainda está no processo de transformá-lo em show, o que vai levar um tempo – o show de estreia acontecerá em São Paulo, só em novembro. “Estamos justamente nesse momento de conceber isso (o show)”, ele prossegue. “Não é a mesma banda do Sintoma, então muita coisa vai mudar, mas ainda não sei dizer exatamente o quê, estou nesse processo.” Abaixo a capa e o nome das músicas do disco.

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“No Mires Atrás”
“Geral Importa”
“Powerful”
“Fortaleza”
“De Pouquinho em Pouquinho”
“Juntos com Certeza”
“Eu Ouço”
“Cola Comigo”
“Back to Myself”
“Pãma”
“Uma Flecha Para o Futuro”

Vida Fodona #422: Invadindo o frio

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…e lamentando os shows perdidos.

Mac DeMarco – “Blue Boy”
Nina Becker – “Estatuto de Boite”
Disclosure – “You & Me (Flume Remix)”
Telepopmusik + Angela McCluskey – “Don’t Look Back”
Nação Zumbi + Marisa Monte – “A Melhor Hora da Praia”
Nina Simone – “Feeling Good (Nicolas Jaar Edit)”
Chet Faker – “1998”
Black Keys – “Turn Blue”
Chromeo – “Old 45s”
Todd Terje + Bryan Ferry – “Johnny and Mary”
Neneh Cherry – “Cynical”
Juçara Marçal – “Queimando a Língua”
Warpaint – “Feeling Right”
Russo Passapusso – “Paraquedas”
Castello Branco – “Kdq”

Aqui.

Vida Fodona #412: No cômputo geral

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Um balanço rápido do Lollapalooza 2014 e um programa um tanto quanto pensativo.

Afghan Whigs – “Matamoros”
How to Dress Well – “Repeat Pleasure”
Daft Punk + Julian Casablancas – “Instant Crush”
Leo Cavalcanti – “O Momento”
Castello Branco – “Necessidade”
Metronomy – “The Most Immaculate Haircut”
Angel Olsen – “Stars”
Warpaint – “CC”
Madlib – “What Can U Tell Me”
Weeknd + Drake – “Live for”
Daughter – “Get Lucky”
N.A.S.A. + Karen O – “I Shot the Sheriff”
Tears for Fears – “My Girls”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo, Não!”
Bonifrate – “Aldebaran”

Por aqui.